CAPÍTULO 4

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Tempos atuais.

NARRADOR.

Loius e seu grupo caminhavam pela estrada feita de pequenas pedras, enquanto o sol ainda se fazia presente no céu. Loius e seu grupo acordaram cedo para começarem a caminhar, pois quanto mais cedo eles acordassem, mais demorado seria para o sol se despedir.

A longa estrada feita de pedras é cercada por pinheiros, cujo tamanho ultrapassava os quinze metros de altura. O sol estava facilitando o cansaço, pois não fazia pouco tempo em que o grupo caminhavam pela estrada.

Diana estava dormindo tranquilamente nos braços de Lucas enquanto Loius os encarava fixamento por um longo período de tempo. Loius se sentia culpado por deixar Lucas cuidar de Diana por tanto tempo, mas o cansaço que o mesmo estava sentindo o fazia aceitar a ajuda que recebia de seu amigo.

Fazia bastante tempo que Lucas caminhava com Diana no colo, suas costas estavam doendo, mas o mesmo não queria demonstrar seu cansaço, pois sabia que na primeira demonstração de cansaço que o mesmo fizer, Loius correria para tomar Diana de seus braços.

Lucas queria ajudar Loius a cuidar de Diana, Lucas via o quão cansado Loius estava e queria ajudá-lo o quanto pudesse.

— Obrigado, Lucas. — Loius sussurou enquanto se aproximava cuidadosamente de Lucas.

O mesmo não queria acordar sua filha, pois ela estava muito cansada, e uma criança deve dormir. Isso não é vida para criar nenhuma criança, pois crianças não merecem isso. Crianças devem brincar, estudar, dormir, comer e serem felizes não viverem com medo, cansadas e... Passando fome.

Lucas lhe lançou um sorriso.

— Não precisa me agradecer por isso, eu não faço mais que a minha obrigação. — disse Lucas, encarando Loius que acabará de se posicionar ao seu lado.

— Bem, você está cuidando da filha de outra pessoa, então, eu acho que você não tem obrigação nenhuma. — Loius disse, sorrindo enquanto encarava Lucas. Lucas soltou risos sarcásticos e confirmou vagarosamente com a cabeça.

— Por um lado isso é verdade, mas eu prefiro pensar que a segurança dela também faz parte de umas das minhas obrigações.

— De qualquer maneira, obrigada por tudo. Você me ajuda bastante, eu não sei o que seria de mim sem você. — disse Loius, dando algumas pequenas batidas no ombro de Lucas.

Loius voltou sua atenção á estrada longa, e suspirou pensando no longo caminho que ainda havia pela frente. Lucas ainda encarava Loius com um sorriso bobo nos lábios. Lucas admirava cada pequeno detalhe que havia na face de Loius. Lucas continha uma grande admiração pelo amigo, e queria sempre estar do seu lado, mesmo que para Loius, Lucas não fosse nada mais além de um amigo. E isso entristecia Lucas.

— Alguém sabe a quanto tempo nós deixamos a cidade ? — perguntou Alyssa, enquanto caminhava com uma mochila em suas costas. Alyssa estava cansada, e ela quase desmaiva só de imaginar passar mais uma hora caminhando.

— Eu acho que faz mais ou menos três horas que nós saímos da cidade. Nós precisamos continuar a andar até o sol se por. — disse Carl, coçando sua nuca.

Carl e Alyssa estavam andando juntos na frente de Lucas e Loius. Loius acelerou os passos saindo do lado de Lucas, e indo em direção ao lado direito de Alyssa.
Quando Loius chegou ao lado de Alyssa, a mesma o encarou e abriu um sorriso.

— Oi, garoto mais lindo do apocalipse. — Ela disse, fazendo Loius revirar os olhos e sorrir em seguida.

— É sério que vai continuar com isso ? — Loius perguntou, dando risadas. Alyssa apenas deu de ombros confirmando com a cabeça.

— É claro que sim, você é realmente o garoto mais lindo do apocalipse. Não que eu já tenha visto todos os garotos bonitos que sobreviveram no apocalipse, mas eu tenho certeza que é impossível superar você, Príncipe. — Alyssa destacou o "príncipe" com um som debochado, fazendo Loius abrir a boca em um "O" surpreso.

— Como você tem coragem de me chamar deste modo ? Sua vaca. — disse Loius, brincando com a situação. Agora foi a vez de Alyssa abrir sua boca em um "O".

— Você vai se arrepender de ter me chamado de vaca, sua princesinha mimada. — Disse Alyssa.

— E o que você vai fazer ? Me matar ? — Perguntou Loius, com tom debochado.

— Sim, eu vou te matar... De cosquinhas. — Alyssa jogou sua mochila no chão e tentou segurar Loius, mas o mesmo já estava correndo rapidamente enquanto ria alto.

Ao ver a cena, Carl revirou os olhos e riu baixo. Lucas ria, mas não deixava nenhum barulho escapar para não acordar Diana.

— Vocês dois parecem duas crianças bobas. — Disse Carl, rindo balançando a cabeça negativamente.

Alyssa consegui pegar Loius pela cintura fazendo os dois caíram no chão, rindo. Alyssa se posicionou em cima de Loius o prendendo no chão, e começando a fazer cosquinhas nele sem parar. Loius já estava sem ar de tanto rir, mas Alyssa não saia de cima do mesmo. Carl e Lucas pararam de caminhar para observar a cena divertida que estava acontecendo naquele momento.

Carl e Lucas riam daquela cena, e aproveitavam o momento. Mas tudo parou quando um som aterrorizante ecoou por todos os lados da floresta. Alyssa parou de fazer coscas em Loius no mesmo momento. O grito que ecoou pela floresta foi tão alto que acordou Diana, assustada.

— Papai, o que foi isso ? — Diana perguntou, olhando para Loius que no mesmo momento tirou Alyssa de cima de sua cintura e se levantou do chão rapidamente. Loius foi em direção á Diana, e a mesma estendeu os braços.

Loius pegou Diana em seus braços, e forçou um sorriso. Por mais que ele tentasse disfarçar sua cara de preocupação, ele não conseguia. Bom, ele estava conseguindo convencer Diana, mas o resto de seu grupo não.

— Não foi nada, meu anjo. Papai está com você, certo ? — Diana balançou a cabeça confirmando. Loius olhou para o resto do seu grupo, e percebeu que todos estavam ingualmente preocupados.

— Ainda está muito cedo, como isso é possível ? — Perguntou alyssa, que já estava em pé e segurando seu fuzil. Sua mochila estava novamente em suas costas, e a mesma se aproximava de seu grupo.

— Não é possível. Eles não saem de dia, o sol os queima. — disse carl, alternando seu olhar por todos do grupo. Assim como alyssa e Lucas, o mesmo já estava com seu fuzil em mãos.

— Então, que barulho foi esse ? Claramente foi um deles. — disse Lucas.

— É melhor nós continuarmos nosso caminho. Quanto mais rápido nós sairmos daqui, melhor. — disse Loius. Os três confirmaram com a cabeça, e seguiram com sua caminhada. Eles estavam confusos e também com medo, pois nunca viram um da noite andando pela superfície de dia.

Eles continuaram andando por bastante tempo, e em nenhum momento eles pararam para descansar pois eles tinham que estar o mais longe possível daquele lugar onde ouviram um da noite gritar.

Na maior parte da caminhada, Diana andava, mas quando suas pernas cansavam ela alternava em entre o colo de seu pai e ao dos outros membros do grupo.

Ao Cair da noite. ( Romance gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora