A LUTA

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O que diabos acabara de acontecer ?

Essa era a pergunta que estava frequentando a minha mente neste exato momento. Bom, pelo que eu entendi, irá haver algum jogo mensal... Mas, o que é isso ?

Como eu sei que eu não vou conseguir adivinhar o que está acontecendo, eu resolvi perguntar ao Mark. Mas ele parece estar tão serio. Totalmente diferente de minutos atrás. Ele parece pensar em algo enquanto está de cabeça baixa. Não importa ao que diabos aquela voz se referiu, só sei que mexeu com o Mark de alguma forma.

— Mark... — Eu o chamei, mas ele ainda estava com a cabeça baixa, distraído. — Mark... — Dessa vez eu o chamei mais alto fazendo com que ele se acordasse do seu transe. Ele me olhou com a testa franzida.

— Me chamou ? — Perguntou-me, ainda confuso. Eu apenas suspirei.

— Sim, eu queria saber o que está acontecendo. — Falei. — A voz falou muito e não explicou nada. — Eu disse, fazendo Mark soltar um risinho.

— Eles não explicam o que é os jogos, eles apenas alertam quando os jogos estão prestes a começar. — Ele disse, serio. — Enfim, os jogos são basicamente um tipo de esporte que aqui tem a anos. Bom, algumas pessoas se escrevem para participar, e se alguma pessoa ganhar a luta contra catorze pessoas, ela não vai precisar trabalhar por basicamente dois meses, e terá passe livre.

— Eles lutam um contra o outro ? Tipo uma luta de MMA ? — Perguntei.

— É, quase lá. Só que ao invés de ser duas pessoas, são quinze. Uma contra a outra. Eles lutam até desmaiar ou, na pior das hipóteses, morrer. Eles lutam até sobra apenas um. O que chegar até o fim, acordado e vivo, ganha o jogo. — Ele disse, me fazendo olha-lo com os olhos semicerrados.

— Voce quem inventou isso ? — Perguntei, curioso. Ele me olhou e deu de ombros.

— Fazer o que. As pessoas gostam de ver sangue, gostam de se divertir. Eu faço o que é melhor para a cidade. — Ele disse, me olhando. — Mas por mais que tenha sido eu que tenha dado a ideia, as pessoa concordaram com o jogo. Se elas não tivessem concordado, eu com certeza não o colocaria em pratica. Hoje em dia as pessoas amam esse jogo. É o maior meio de entretenimento daqui. — Ele terminou de falar. Ele estava com um pequeno esboço de sorriso no rosto, e isso só deixava claro que ele estava orgulhoso da propria criação.

— Entendi, obrigado por explicar. — Agradeci, fazendo ele sorrir e olhar nos meus olhos. Por mais que eu quisesse parar de olhar para ele, eu não conseguia. Ele estava me encarando e eu estava com vergonha de desviar o olhar, mas eu não sei o que é mais vergonhoso, ficar encarando ou desviar o olhar. Não sei. Quando eu já estava ficando nervoso, uma ideia veio a minha cabeça. Essa ideia era perfeita para fazer ele para de me encarar. Perfeita, sim. — O que é passe livre ? — Perguntei.

Como eu havia dito, ele desviou o olhar e começou a olhar para sua calça.

— Quando se tem passe livre voce pode participar de qualquer festa mesmo que a festa seja só para as pessoas importantes da cidade, pode comprar qualquer coisa, mudar de casa ou apartamento entre outras coisas bobas. Mas tudo isso, assim como os meses sem trabalho, só dura dois meses. Ao passar de dois meses, o passe é confiscado.

— E eles aceitam correr o risco de morre por isso ? — perguntei, fazendo Mark rir um pouco.

— Eu não te expliquei direito, foi mal. — Se desculpou. — As pessoas não se matam, mas as vezes acontece algum acidente, mas é muito, muito raro. Desde que o jogo foi inaugurado só houve apenas cinco mortes, e faz muito tempo que o jogo foi inaugurado.

— Nossa... — Eu falei.

— Mas eles não participam dos jogos por conta dos meses que eles não vão precisar trabalhar ou pelo passe. Eles participam dos jogos por conta da popularidade, bajulação e essas coisas assim. — Ele disse. — Mas esse jogo tem fases, umas mais difícil que as outras.

Ao Cair da noite. ( Romance gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora