Mark, de forma paciente e bastante amigável, me mostrou a metade de toda a cidade. Ele me apresentou vários lugares da cidade, lugares que eu não havia ideia da existência. A cidade é imensa, não haveria como me apresentar ela por completo em apenas um dia. Eu havia tomado ciência da existência de vários lugares, lugares como, a area de piscina, a area de futebol e vôlei, e vários outros lugares legais, entre eles, uma balada. Depois de algum tempo, Mark começou a deixar sua tristeza de lado.
Pois é, até no apocalipse as pessoas não cansam da farra. Em cada lugar que Mark me apresentava, ele soltava uma piada diferente, me arrancando varias risadas. Eu não tinha ideia de que apenas uma volta para conhecer a cidade seria tão divertido como está sendo agora. Parece que Mark torna tudo mais divertido em sua presença. Ele passa a sensação de ser aquela pessoa que todas fazem de tudo para tê-lo por perto. Era tão divertido rir e brincar em sua presença que por momentos eu esqueci de tudo, menos da minha filha, é claro. Ele estava tão diferente. Ele estava exatamente o oposto do cara grosso e mal educado que eu conhecera no primeiro dia.
Neste exato momento, nós dois estamos sentados em um banco que fica em uma das praças que existe nesta cidade. Eu e Mark estávamos apenas observando algumas crianças que brincava de jogar terra umas nas outras. Nós apenas riamos daquela brincadeira, e quando alguma criança caia no chão nossas risadas se intensificavam. Algumas pessoas passavam por nós e nos olhavam com uma cara de surpresa e ao mesmo tempo, confuso. Eu havia percebido isso quando uma mulher passou por nós e nos olhou surpresa, depois eu comecei a prestar mais atenção e, por incrível que pareça, todos que passavam por nós tinham a mesma feição expressada no rosto. Claramente, Mark não havia reparado que estávamos sendo alvo de olhares surpreso, e o motivo nem eu sabia. Talvez por Mark ser o líder da cidade, não sei.
— Já pensou em o que voce quer fazer ? — Ele perguntou quebrando o silencio. Eu o olhei e ele também estava me olhando. — Tipo, é obrigatório fazer alguma coisa para ajudar na cidade. Todas as pessoas devem, mas se voce quiser, eu posso fazer o seu trabalho. Eu não me importaria, juro. Ou eu posso tentar arrumar um alibi para voce.
— Como assim um alibi ? Voce não disse que era obrigatório todos fazerem alguma coisa ? — Perguntei, o encarando com as sobrancelhas franzidas.
— Talvez voce não saiba, mas eu sou o líder daqui. Eu posso fazer tudo o que eu quiser. — Se gabou, me fazendo rir. — Eu posso ter as melhores casas, ou apartamentos, dependo do que eu quiser. Posso tirar e colocar pessoas dentro daqui, posso comprar qualquer coisa sem ter que pagar e por aí vai.
Ah, talvez eu tenha me esquecido de informar a vocês, mas aqui, na cidade, todos nós — Adultos. — temos meio que um saldo. Aqui se voce não cumprir com as suas obrigações, voce não terá direito de comprar algo.
— Nossa, voce é bastante poderoso. O que mais voce pode fazer ? —Perguntei, entrando na brincadeira.
— Por acaso, voce está interessado em meus previlegios ? — Perguntou me, olhando com os olhos estreitos. Eu me fingi de ofendido, coloquei minha mão no peito e abri a boca em formato de O.
— Eu ? Jamais. Assim voce me magoa.
— Hum, sei. — Eu e ele começamos a rir bastante neste momento. — Mas, enfim, respondendo a sua pergunta, eu posso tudo, basicamente. — Falou.
— Legal, mas como voce se tornou o líder dessa cidade ? Tipo, claramente não foi algo fácil. Essa cidade é imensa, e com certeza teve pessoas que não foram a favor da sua liderança.
— Sim, não foi nada fácil. Eu tive que provar que era digno de tanta responsabilidade. Eu passei toda a minha infância e adolescência aprendendo a como liderar, ser forte no sentido emocional e eu aprendi a ser uma pessoa fria. — Eu franzi o cenho.
Como ele vem aprendendo tudo isso por toda a sua adolescência, se não faz tanto tempo assim que tudo isso aconteceu ? No mínimo, estranho.
Ao notar o meu semblante confuso, Mark se apressou a falar.
— Meu pai trabalhava no governo. Eu não sei como, mas ele parecia saber exatamente o que ia acontecer. — Revelou, me deixando ainda mais confuso. — Ele me treinou severamente por toda a minha infância e adolescência, ele me fez de gato e sapato, me deixou dias sem comer, dias no frio e outras coisas doentias que um pai nunca faria com um filho.
Eu estava, simplesmente, confuso com tudo aquilo. Mas eu também estava triste pelo Mark. Ouvir aquelas palavras sendo proferidas por ele quebrou meu coração por completo. Ouvir tamanhas barbaridades, coisas tão pesadas que um pai podia fazer com um filho, me deixou tão triste.
— Eu sinto muito. — Eu falei, baixo. Mark apenas soltou um sorriso anasalado e olhou para mim. Por mais que as coisas que ele falou tenham sido totalmente tristes, Mark ainda estava com um sorriso no rosto. Por mais que não parecesse, seu sorriso parecia demostrar um pouco de tristeza.
— Nao sinta. Eu passaria por tudo aquilo de novo se eu pudesse. Meu pai me treinou para tudo isso. Claro que isso não o transforma no bonzinho da historia, mas pelo menos eu pude entender o por que de tamanha agressão que eu sofria.
Eu ainda queria perguntar muitas coisas á ele. Coisas como: "Seu pai tem alguma coisa a ver com tudo isso que está acontecendo ?" Ou " Voce acha que tudo isso foi culpa do governo ?" E entre outras coisas, mas quando eu estava preparado a perguntar a primeira de muitas perguntas, um som ecoou por toda cidade, fazendo com que todos olhassem em volta, preocupados.
O som parecia ser um som de alerta de tsunami, e isso preocupou a mim. Por incrível que pareça, apenas eu estava me perguntando o que estava acontecendo. No inicio as pessoas estranharam, mas depois eles foram voltando ao normal. As pessoas não paravam de caminhar, elas tratavam aquilo com normalidade. O som continuava soando enquanto as pessoas caminhavam.
Tres garotos, aparentemente adolescentes, passaram em nossa frente comentando sobre algo.
— Quem voce acha que ganha hoje ? — Perguntou um garoto para um de seus amigo que estava ao seu lado.
— O Carlos. Ele é muito foda. — Respondeu o outro.
O som continuava a soar pela cidade.
— O que diabos... — Quando eu estava prestes a perguntar a Mark o que diabos estava acontecendo, uma voz tomou o lugar do som irritante que estava me deixando com dor de cabeça.
— Queremos avisar a todos, que os jogos mensais irão começar daqui a dez minutos. — Disse a voz. — Queremos também deixar claro que todos os envolvidos no jogo estão por si próprios. A administração não irá arcar com nenhuma responsabilidade. Então, se voce se machucar, perder alguma parte de seu corpo ou até mesmo morrer, a administração não irá arcar com as responsabilidades. Em comemoração ao ultimo aniversario do líder, Mark, que aconteceu semana passada a entrada não custará absolutamente nada. — Disse, fazendo algumas pessoas darem alguns pulinhos de alegria. — Se preparem para o mais novo jogo mensal. — Terminou.
Quando eu havia pensado que tinha acabado, uma voz retornou a falar, mas essa voz, diferente da ultima, era mais grave.
— Para poder assistir os jogos mensais, a idade media é de 14 anos. Caso voce seja menor de 14 anos, não compareça pois a sua entrada será recusada.
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Ola, galera. Como vocês estão ? Espero que bem. Eu queria pedir para que vocês apertassem na estrelinha para estar me motivando. Se poderem, compartilhem o livro, por favor.
Eu não estou conseguindo divulgar o livro por conta de um problema no meu nootbook.
Beijos estrelados da web diva Tulla Luana. kkk
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PERSONAGENS- PARTE DOIS.
Mark — Brook dede
Cassandra — Madison beer.
Samuel — Stephen James.
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Ao Cair da noite. ( Romance gay )
Romantikcinco anos após um apocalipse causado por criaturas horríveis, Loius e seu grupo de amigos embarcam em uma jornada em busca de um lugar seguro para se viver no meio de um apocalipse, mas tudo é mais difícil quando se tem criaturas escondidas na noit...