P.O.V Louis.
Dois dias se passaram desde nossa nossa última refeição, meu grupo e eu já estávamos fracos e a caminhada excessiva não ajudava nem um pouco. A pouca comida que ainda havia em nossas mochilas não passavam de algumas barras de cereais, e as mesmas eram guardadas para a refeição de Diana. Por ser criança, Diana precisa mais destas comidas do que qualquer outro no nosso grupo, e não poderíamos deixar minha filha passar fome.
Agora, nós andávamos por uma uma estrada que estava repleta de carros abandonados e queimados. A estrada era dividida em duas partes, e ambos os lados estavam ocupados por carros das mais diversas cores e marcas. A maioria estavam queimados e enferrujados, enquanto uns ainda estavam com a tintura conservada.
Nós andávamos entre os carros, Diana segurava minha mão enquanto caminhavamos na direção da grande cidade que estava a quilômetros a nossa frente. A cidade era composta por prédios altos, e de onde nós estávamos só era possível ver grandes prédios de mais de trinta andares. Meu grupo e eu ainda tínhamos esperança de haver algum mercado dentro desta cidade, mas se caso não houvesse algum mercado em que houvesse comida, nós iríamos morrer em pouco dias por conta da fome.
Não era a primeira vez em que passávamos por isso, na verdade era a quinta vez em que ficávamos sem comida, mas a cada dia que se passava ficava mais difícil de obter comida. Não sei se há sobreviventes como nós, e eu rezo para que haja.
O sol predominava o céu e estava mais forte como nunca esteve. Eu sentia o suor descer sobre minha testa, axilas e barriga.
— Papai, eu estou com muita sede. — Diana chamou minha atenção. Ela estava com sede, e isso todo mundo já estava ciente. Diana já havia falado cinco vezes que estava com sede, mas com a pouca alguma que temos, não podemos desperdiçar nenhuma gota. Eu mandei ela aguentar até onde não dava mais, e assim ela fez.
— Alyssa, me dê a água. — Alyssa veio em minha direção, enquanto retirava a garrafa de água de dentro da sua mochila. Todos nós estávamos com cede, mas assim como a comida, a água também era reservada apenas para Diana.
Alyssa entregou a garrafa em minha mão e ficou ao meu lado. Eu soltei a mão de Diana e me ajoelhei em sua frente para ficar da sua altura.
— Tome, beba. — eu disse, abri a garrafa de água e levei até a boca de Diana. Diana bebia a água com tanta vontade que chegava a dar dó. Meu coração se partia em mil pedaços em ver a minha filha daquele jeito, com fome, cansada, com sede e suja.
A última vez em que todos nós tomamos banho foi a cinco dias atrás, que por sorte tínhamos encontrado um rio enorme.
Eu tirei a garrafa da boca de Diana, e eu vi em seu olhar que ela enplorava por mais um pouco, mas eu não podia e ela sabia disso tão bem quanto eu, por isso ela não falou nada e voltou a caminhar de cabeça baixa.
Não pode segurar uma lágrima, e a mesma desceu cortando minha bochecha corada. O meu grupo começou a seguir a caminhada no momento em que Diana também começara. Apenas Alyssa permaneceu ao meu lado enquanto eu estava tentando segurar minhas lágrimas.
— Ei, Calma. Nós vamos achar um lugar seguro para viver, e nós acharemos comida. Eu prometo. — Disse Alyssa, depois de ter repousado sua mão em meu ombro e começado uma pequeno movimento de carinho.
— E se não conseguirmos ? O que vamos fazer ? — Eu a encarei olhando em seus olhos, a mesma deu apenas um sorriso reconfortante.
— Tenha esperança, Loius. — Ela disse, antes de virar as costa para mim e retornar a caminhar junto ao grupo.
Suspirei fortemente e me obriguei a caminhar junto ao grupo. Meu passos estavam mais rápido para que eu podesse chegar ao lado de Diana, a mesma estava ao lado de Lucas e o mesmo segurava sua pequena mão.
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Ao Cair da noite. ( Romance gay )
Romancecinco anos após um apocalipse causado por criaturas horríveis, Loius e seu grupo de amigos embarcam em uma jornada em busca de um lugar seguro para se viver no meio de um apocalipse, mas tudo é mais difícil quando se tem criaturas escondidas na noit...