Eu estava deitado em uma cama, e ao mesmo tempo em que eu queria me levantar para ver o que diabos estava fazendo barulho em alguma parte do apartamento, eu queria ficar deitado na cama e dormir por toda a eternidade. Claro que isso que acabara de ser pensado por minha pessoa contém uma enorme dose de ironia. eu estava em um luta contra mim mesmo.
decide deixar a minha preguiça de lado e ir ver o que diabos estava fazendo barulho. Diana estava ao meu lado, mas diferente de minha pessoa, Diana estava dormindo como nunca dormira antes em toda sua vida. Com cuidado, eu afastei o confortável edredom que cobria minha perna desnuda, e tentando fazer o mínimo barulho possível, eu comecei a me movimentar para sair da grande cama na qual eu estava deitado.
Quando meus pés acabaram tocando o chão, que por sua vez estava revestido por um tipo de tapete totalmente confortável, dei alguns passos em direção a porta. Antes de sair do quarto em que eu estava hospedado, dei uma ultima olhado em direção a minha filha. por mais que ela não fosse minha filha biológica, ela tinha traços realmente semelhantes aos meus. em toda a minha vida, eu nunca pensei que era possível amar tanto um ser tão pequeno. eu sempre soube que os pais amavam seus filhos, e muitas vezes esse amor era incondicional e gigantesco, mas eu só não sabia que esse amor era tão... incondicional. é um amor tão grande que eu juro estar surpreso de ainda não ter morrido de tanto amor.
eu sai do quarto em que estava e caminhei pelo grande corredor que abrigava varias portas que davam acesso aos quartos, banheiros e outros cômodos que eu infelizmente não tinha conhecimento. o barulho parecia vim de um lugar mais afastado dos quartos, mas mesmo assim o barulho era possível ser ouvido pelo quarto. A cada passo que dava, o barulho parecia ficar mais alto. eu seguia o som assim como os personagens de animações muitas vezes seguiam o cheiro da comida. quando eu cheguei perto da sala e da cozinha, o barulho estava mais alto que nunca. eu sabia que esse barulho pelo qual eu estou procurando, vinha da cozinha. eu me dirigi rapidamente até a cozinha, que não ficava longe de onde eu estava. Sim, o apartamento é imenso.
quando eu cheguei na entrada da cozinha, uma cena um tanto quanto, rara, estava em minha frente. a vontade de rir era enorme, mas, por algum motivo, eu não ri. Eu apenas fiquei o encarando, enquanto ele remexia o corpo como se estivesse dançando uma musica que, provavelmente, tocava em sua cabeça. essa, de todas em que eu vi em minha vida, é a mais rara cena que eu presenciei. não sabia que era possível alguém tão... machão saber dançar tão bem. Lucas se mexia freneticamente parecendo estar dançando uma musica bem animada, enquanto eu o encarava com um riso estampado no rosto. felizmente, ele não conseguia me ver pois estava de costas a minha pessoa. ele usava um avental e parecia estar preparando algo, esse ''algo'', até o momento, era desconhecido, pois como ele estava de costas para mim, eu não conseguia ver o que ele estava a preparar.
eu estava de braços cruzados o observando com um sorriso estampado em meu rosto. eu sei que eu deveria o informar de minha presença, mas eu não queria que ele parasse de dançar, e ele com certeza pararia de dançar por conta da sua vergonha. Então, eu apenas me contentei em o observar dançando. O famoso barulho realmente pertencia a cozinha, pois o barulho era feito por um liquidificador que estava ligado. Ainda de costa a mim, Lucas caminhou até o liquidificador e em seguida o desligou, fazendo com que o ambiente fosse alvo de um silencio amável. A cada passo que o mesmo dava, a sua dança não parava por nenhum momento sequer.
eu finalmente tomei coragem para chamar sua atenção. então, ainda encostado na parede e de braços cruzados, eu chamei a sua atenção fazendo o mesmo se assustar imensamente.
— Não sabia que voce gostava de dançar. — sem conseguir evitar, eu comecei a rir de seu susto e de seu semblante assustado que seu formou assim que eu acabara de falar. Ele me olhava assustado enquanto eu tentava ao máximo parar de rir. — Desculpa, eu realmente não queria ter te assustado. Infelizmente foi inevitável. — eu disse, depois de ter conseguido parar com minhas risadas exageradas.
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Ao Cair da noite. ( Romance gay )
Romancecinco anos após um apocalipse causado por criaturas horríveis, Loius e seu grupo de amigos embarcam em uma jornada em busca de um lugar seguro para se viver no meio de um apocalipse, mas tudo é mais difícil quando se tem criaturas escondidas na noit...