Capítulo 07 - William

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No trajeto até a Mansão Vasconcelos, evitei o máximo pensar na Beatriz. Não queria pensar em como a minha pele ficou quente na presença dela, sentia as batidas do meu coração descontrolado. Há muito tempo não experimentava uma sensação tão intensa, há muito tempo não sinto uma vontade enlouquecedora de transar com uma mulher. 
E posso soar um pouco sem vergonha… quer dizer, muito sem vergonha. Mas não consegui desviar meu olhar do seu decote sedutor, principalmente o colar que se destacava entre aqueles seios lindos e volumosos. 
Caralho… 
Beatriz Oliveira se tornou uma mulher difícil de ignorar. Ela é inteirinha gostosa, não tem um único defeito. Amei os cachos soltos e livres, iguais às nuvens que tornam o céu mais charmoso. 
Bea, mudou muito. Não era mais uma garotinha cabisbaixa que gostava de correr no jardim da Mansão, ela tinha segurança e uma personalidade forte. No entanto, ainda carrega grandes traumas… Engulo em seco! 
Eu compreendo tudo que ela precisou enfrentar, ainda não gosto de relembrar a história da garotinha que iluminou a minha infância, são traumas que podem acarretar sérios prejuízos na vida adulta, conviver com essas lembranças podem se tornar uma tortura. 

“Eu não gozo gritando o nome de ninguém”.

Não, é claro que não! 
Eu deveria ter controlado a minha excitação. Tenho várias experiências sexuais, não sou nenhum santo e amo sexo, nunca neguei a minha falta de pudor. Mas não saberia como reagir ou até mesmo tocar em uma mulher com tais problemas psicológicos. 
Quando rever a Beatriz vou pedir mil perdões por meu comportamento inadequado. Explicar que fiquei sexualmente atraído por ela, e por esse motivo passei dos limites. 
Na hora que cheguei na Mansão Vasconcelos encontrei a minha família reunida na mesa. Meu irmão mantinha uma conversa alegre com nossos pais. Aproximei, puxando uma cadeira para me sentar. 

— Bom dia! 

— Bom dia, filho. Que bom, chegou cedo hoje. — minha mãe bebericou o café. — Geralmente demora três ou quatro dias para visitar os seus pais, prefere ficar na casa das suas amantes. 

— Mãe, por favor. Preciso de um café forte; — peguei uma xícara. — A minha manhã foi conturbada. 

— William, ajudou uma moça que passou mal na festa de casamento da Janaína e do Renan. — Explicou Samuel, analisando meus movimentos. 

Meus pais esbugalharam os olhos na minha direção. 

— Uma moça passou mal na festa de casamento? Céus, pobrezinha. 

— Você ficou com ela no hospital? — Indagou Paulo Vasconcelos, sempre prestando atenção em mínimos detalhes. — Mas está com uma aparência ótima, não parece que passou a noite em um hospital. 

Não estou dizendo: ele repara em tudo! 

— Você está certo, pai. Eu dormi no apartamento dela, no sofá da sala para ser mais exato. Janaína achou melhor levá-la para casa, a moça sofreu um Ataque de Pânico ou uma Crise de Ansiedade, não sei ao certo! 

— Ela já está melhor? 

— Sim, acordou um pouco pálida e abatida, mas estava ótima quando me expulsou do seu apartamento. 

Samuel começou a rir. 

— Ela recuperou a sua vitalidade rapidinho. Eu queria fazer companhia, ajudá-la no banho ou tirar a sua roupa…

— William Vasconcelos, que deselegante. Por favor, quero comer o meu mamão com aveia sem conversas embaraçosas. — A minha mãe bufou. Ignorando os protestos do meu pai. Ele sempre gostou de saber os detalhes das nossas aventuras prazerosas, com meu pai não tem tempo ruim. 

Comemos em silêncio, aproveitei meu café forte e um bolo tradicional de cenoura. 

— Quando o Renan vai viajar? — Perguntei ao meu irmão, ganhando atenção dos nossos pais novamente. 

Milionário Sedutor (DEGUSTAÇÃO).Onde histórias criam vida. Descubra agora