Dystopia ; Roger Taylor.

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(Roger Taylor POV's)

- Perfeito-ele sorri perverso.

- Chega! agora me solta!- Falo gritando.

- Não é assim tão simples...

- O que?- falo baixinho sem entender.

- Você achou mesmo que só falar uma frase era o suficiente? Não roger... Nós vamos injetar todo tipo de informação na sua cabeça, até você ser totalmente submisso ao partido...- explica pegando uma seringa e tirando a tampa, nela tinha um líquido azul.

- O que é isso?!- falo alto, tentando controlar meus batimentos.

- Isso vai te sedar um pouco, e deixar você mais...- pensa em uma palavra- mais manipulavel.

Ele vem até mim e levanta a manga do meu braço direito, eu tento puxar meu braço das amarras, mas estava preso demais. Ele enfia a agulha em mim, e eu solto um grito. Logo tudo fica borrado, até que tudo vira um lugar preto.

***

Acordo sentado em o que parecia uma carteira escolar, mas eu estava preso, e tinha um encosto que me obrigava a olha somente para a frente. A sala o lugar era totalmente preto, a não ser pela tela enorme em minha frente.

- Acordou?- Escuto a voz do prenter.

Eu estava totalmente suado, com o sangue das feridas pelos golpes já seco. Minha respiração estava acelerada e eu sentia como se pudesse sentir cada batida do meu coração.

- Se acalme....- ele vem até mim- apenas repita o que escutar- diz sussurando em meu ouvido.

A tela começa a mostrar imagens do grande irmão, e hinos da Oceania, eu fecho os olhos, na tentativa de resistir.

- Não adianta roger, uma hora você vai amar ele...- Prenter sussurava.

- Guerra é paz! Liberdade é escravidão! Ignorancia é força!- aquelas palavras eram gritadas no video, de uma forma tão alta que causava dor aos timpanos.

- Não!- grito, tentado me soltar.

- Vamos lá roger, abra os olhos!- prenter abre minhas palpebras por tras de mim, me fazendo olhar para a tela.

- ... Liberdade é escravidão! Ignorancia é força!

- Não! Isso é mentira!- grito.

- Roger, vamos, ame o partido!- Prenter dizia em meu ouvido.

- Não, não, não!

- Criatura estúpida!- prenter me xinga.

Ele me força a olhar fixamente para as fotos, e lemas do partido. Aquilo estava começando a fazer sentido para mim, mas eu sabia que era só a injeção fazendo efeito.

- Eu sigo a Goldstein! Eu acredito em liberdade!- eu gritava ao ponto de machucar garganta,até que- Eu Amo o partido!- falo baixo - Guerra é paz! Liberdade é escravidão! Ignorancia é força!- Aquilo tudo se encaixou na minha cabeça.

- Isso Roger! -prenter comemora- Diga-me, quanto é 2+2?

- Quatro- falo.

- 2+2 é igual a 5 - ele diz - Quanto é 2+2 Roger?

- Cinco- falo automaticamente, prenter sorri.

- Bem vindo ao Partido.

***

(Narradora POV's)

Depois de todas as torturas e lavagens cerebrais, Roger tinha se tormado um deles. O rebelde defensor de Goldstein foi totalmente eliminado de seu corpo. O mesmo aconteceu com Kenna.

Nesse momento ele estava indo em direção a um bar barato de Oceania, tinha virado sua rotina desde que se convertera ao grande irmão. No meio do caminho encontra Kenna, mas passam um pelo o outro como completos estranhos.

Não eram mais os mesmos. Não eram os mesmo idealistas por quem se apaixonaram. O ódio ao partido que os unia antes, já não existia mais.

Roger entra no bar escuro, e se senta no fundo, o garçom logo trás a bebida que ele sempre bebia. Uma vodka ruim e barata, que parecia óleo.

- .. Produção de trigo aumenta 300% comparado ao ano passado!- as teletelas anunciavam, mas era mentira.

- Viva o partido!- roger brinda sem vontade, virando o copo e sentindo o liquido descer sua garganta.

Naquele momento lagrimas caíram de seus olhos, foi naquele momento que ele percebeu que estava tudo bem. Ele saira vitorioso sobre si mesmo. Roger amava o grande irmão.