Novos sentimentos

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Edu- Bom dia!

-Bom dia.. — saio do quarto e caminho sonolenta até a cozinha.

Abro a geladeira e pego uma garrafa de água, pego um copo e despejo o líquido no mesmo. Olho para o Eduardo que estava no sofá enquanto mexia no celular, provavelmente não deve ter comido nada ainda. — tá com uma cara de quem acabou de acordar também —.

-Edu, você já comeu alguma coisa?

Edu- ah, não. Acabei de acordar também.

-Usou aquela escova de dentes que te mostrei ontem?

Edu- usei sim, valeu!

-Então vem logo me ajudar, vamos fazer nosso café.

Edu- Claro, pedindo com carinho assim né...

-Engraçadinho.

Edu- mas eai, você está melhor?

-Estou sim. Muito obrigada por ontem, você foi um anjo!

Edu- não foi nada.

-Pega a farinha de trigo e os ovos, por favor?

Edu- Claro.

-Mas e o seu carro, como você vai voltar pra casa? — pergunto em quanto coloco os ingredientes no liquidificador.

Edu- tá querendo que eu vá embora, dona Laura?

-Ah, claro — reviro os olhos — Fala logo, criatura.

Edu- eu tô com ele aí embaixo, o que ficou no estacionamento foi o do Ricardo, eu te disse isso ontem.

-Puts, foi mesmo. Esqueci totalmente.

Edu- mas o Bruno vai trazer a Renata e o Ricardo, porque o carro do Ric ainda está lá no estacionamento da balada.

-Ah, entendi. E esse seu amigo... é um cara legal ou é um babaca com mulheres?

Edu- não, ele é legal sim. A Renata tá em boas mãos, fica tranquila.

-Que ótimo, é bom que me poupa de arrancar os dedos dele.

Edu- completamente agressiva.

-Você ainda não viu nada!

Edu- tá bom, malévola. Tem pó de café aqui?

-Dentro do armário, na prateleira de cima.

Edu- achei. Você tá fazendo o quê aí? — ele pergunta ao me ver colocando alguns ingredientes dentro do
liquidificador.

-Tô fazendo umas panquecas.

Edu- nem comi ainda, mas sei que as minhas panquecas são as melhores! — ele me provoca.

-Vai começar... — reviro os olhos e coloco a tampa no liquidificador.

Edu- tô te falando. As minhas panquecas são extremamente macias, o sabor então, nem se fala. Mas claro que eu fiz um treinamento pra ser tão bom assim, pra ser mais específico em Havard.

-Treinamento? — franzi o cenho.

Edu- exato! — ele cruza os braços e acena com a cabeça, com uma falsa expressão de superioridade.

-Pra fazer panqueca?

Edu- isso mesmo. Sou conhecido lá como o "Mr Panqueca". — e foi nessa parte que eu não consegui mais controlar a minha risada.

-Você é doido! — digo enquanto dou risada.

Edu- eu posso provar, tá legal?

-Ata, tá bom, "Mr Panqueca". Fica na sua aí. — ele iria dizer algo, mas eu o interrompi ligando o liquidificador fazendo com que o barulho abafa-se as suas palavras.

Cloudy Weather {HIATUS}Onde histórias criam vida. Descubra agora