The worst day of my life

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POV Melanie

-Melanie! Eu vou às compras e o teu irmão vem comigo para me ajudar, ficas aqui?

-Sim mãe, não te preocupes!

-Ok-Disse ela dando um beijo ao Jorge, seu namorado, e soltando um enorme sorriso no final do mesmo, saindo em seguida com o Justin.

Assim que eles saíram fui para o meu quarto ouvir música, pois é o que eu costumo fazer quando estou entediada. Liguei a televisão, sem som mesmo, só para ter uma luz de presença, pois eu não gosto de ficar totalmente às escuras.

Passado algum tempo, bateram à porta. Sentei-me na cama e retirei os fones para dar atenção a quem quer que fosse, mas também, só podia ser o Jorge, pois não estava mais ninguém em casa.

-Posso entrar?- Disse o namorado da minha mãe entrando de seguida no meu quarto, sem ao menos me dar tempo para responder.

-Já entraste, mas aconteceu alguma coisa?- Disse, achando estranho, pois ele não costumava vir ao meu quarto.

-Nada, apenas não consigo mais resistir- Disse ele com um olhar malicioso a cair sobre o meu corpo.

-O que queres dizer com isso?- Disse com uma voz amedrontada, sabendo exatamente ao que ele se estava a referir.

Senti as suas mãos agarrarem-me com força, atirando-me para cima da cama com brutalidade. Não queria acreditar no que estava a acontecer, achei que aquele homem fosse boa pessoas, que amasse a minha mãe, mas afinal não passa de uma mentira pegada. Ele ilude a minha mãe, como é que ele é capaz de fazer isto? Ela está tão apaixonada! Senti lágrimas caírem sobre o meu rosto, com os meus pensamentos.

As suas mãos sujas passavam por todo o meu corpo, fazendo-me arrepiar, não de prazer, mas sim de medo. Eu tinha medo do que poderia acontecer comigo, eu estava paralisada, não conseguia reagir.

Estava vestida apenas com uma t-shirt comprida e umas cuecas, até que essa mesma t-shirt me foi retirada do corpo. Foi aí que o meu cérebro reagiu, isto não pode e não vai acontecer. Ganhei forças, pois ele é muito mais forte que eu, e atirei-o para longe de mim, dando-me tempo para correr até a sala, numa tentativa vã de apanhar o telefone para pedir ajuda. Tentei chegar ao telefone, mas ele foi mais rápido, apanhando-me pelos cabelos e atirando-me para cima do sofá. Os meus olhos já não viam bem, devido às lágrimas acumuladas que desciam pelo meu rosto. A sua boca foi em direção aos meus seios, que estavam totalmente descobertos, mordiscando cada um, enquanto os seus dedos desciam pelo meu corpo até chegar à barra da minha cueca, fazendo-me engasgar com o choro que se tornava compulsivo.

-Cala-te vadia! Vais fazer o que eu quiser aí calada, ou a tua querida mãe morre assim que entrar pela aquela porta- Disse apontando para a mesma, e dito isto foi depositada uma estalada na minha bochecha, fazendo-me parar o choro, com medo de receber outra.

-Não, não eras capaz!- Disse incrédula com as suas palavras.

-Não me tentes vagabunda, agora para de chorar que nem uma criancinha- Disse ele agarrando o meu rosto para mais perto do seu e encarando, assim, os meus olhos, e segurando logo em seguida os meus pulsos por cima da minha cabeça, para eu não poder escapar.

Nesse preciso momento, ouviu-se o trinco da porta da entrada a abrir, e eu vi passar por ela a minha mãe, fazendo-me ter esperança de aquele pesadelo acabar, com a sua ajudar.

-Filha! Vem também ajudar com as compras que...- assim que olhou para nós ali, deixou cair tudo no chão. Os seus olhos deixaram cair lágrimas e agarrou-se ao Justin a chorar.

-Mãe! O que que se passa?- e assim que o Justin olhou para nós, a sua expressão mudou de preocupado com a nossa mãe, para irritado e desapontado comigo. Via-se perfeitamente que ele estava com nojo de mim, e eu chorei mais ainda com este pensamento.

-Mãe, ajuda-me!- Sai a correr dos braços do Jorge, para ir ter aos braços da minha mãe, sendo surpreendida com uma chapada- Porque fizeste isso?- disse com a mão sobre o local.

-Cala essa boca suja Melanie. Eu não te criei para seres uma vagabunda, por isso não me voltes a chamar de mãe- Disse ela com ódio e tristeza na voz.

-Patrícia, a tua filha está descontrolada! Despiu-se a minha frente! Eu fiquei completamente... sem saber o que fazer, tive que lhe bater para ela não fazer nenhuma asneira, desculpa- Disse o Jorge fazendo-se de vítima, agarrando na mão da minha mãe.

-Mãe o que ele está a dizer é mentira, ele ia violar-me, se não fossem vocês a aparecer eu não sei o que poderia ter acontecido- Disse deixando escapar mais uma quantidade de lágrimas.

-Já disse para não me chamares de mãe. Agora apanha as tuas coisas e sai da minha vista, eu não vou ter nenhuma vadia a viver as minhas custas, como foste capaz?!- disse olhando-me com desprezo, não estando a espera que eu respondesse, mas sim que eu sai-se dali.

Assim que ouvi as suas palavras fui a correr em direção ao meu quarto para me vestir e fazer uma mala, depois daquilo que ouvi, nem eu queria estar a viver com ela. Fui muito rápida e assim que cheguei novamente a sala, ainda se encontravam todos nas mesmas posições.

-Justin, por favor acredita em mim, eu não fiz nada, foi ele quem fez- apontei para Jorge que se encontrava com a maior cara de pau ali sentado, ainda com esperança que ele me ajuda-se.

O Justin encarou-me por um tempo, e virou a cara, não me dando resposta alguma. Eu levei isso como um "não te vou ajudar, vadia!". E olhei mais uma vez para a minha mãe.

-Agora sai e não voltes mais a por aqui os pés- Disse ela, abrindo-me a porta e quando eu sai fechou-a com raiva.

O Justin apenas tinha visto aquilo tudo sem fazer nada, sem me ajudar, apenas sentia nojo de mim, eu sabia que o meu irmão não demonstrava os sentimentos, mas não sabia que ele era tão frio assim a ponto de nem me defender. Pensei também que fosse mais esperto, como é possível o Justin Bieber ser enganado e iludido por um canalha qualquer? A nossa mãe está apaixonada e sega de amor, mas porque é que ele não acreditaria em mim? Não passa de um burro, um insensível e um sem coração, por não acreditar na sua irmã. Não quero voltar a olhar para nenhum deles. Odeio-os! Este foi o pior dia da minha vida, o dia em que eu perdi a minha única família para sempre.

Bad boy Good lipsOnde histórias criam vida. Descubra agora