Nothing happened

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POV Justin

Sai do meu quarto pronto para descer as escadas e notei que aquele choro já não se ouvia. Fui para a cozinha, pois já eram horas de almoço, e vi a Melanie a ajudar a Ana. Não gostei do que vi, se nós temos empregados supostamente é para eles fazerem as coisas e não nós, ela é tão boazinha.

Depois do almoço a Melanie, como era de esperar, ajudou a Ana com a loiça enquanto eu e os rapazes fomos ver um jogo para a sala. Até agora não lhe dirigi a palavra, nem ela a mim. Mas quero lá saber, ela é chata mesmo.

POV Melanie

Fui ter com eles, pois eu tinha que mostrar ao Justin que ele não me pode tratar como trata as suas vadias. Vou parar de choramingar e vou ser mais forte, para isso tenho que o enfrentar. Ele não manda em mim, não é por eu ter vindo para cá que o pode fazer. Não sou nenhuma coitadinha que precisa de abrigo, posso sair desta casa a qualquer momento e desenrascar-me, ou não... Mas quero lá saber, nada é pior que isto.

-Justin vamos falar- Tentei manter a minha voz firme, não demonstrando fraqueza. Mas ele simplesmente me ignorou- Vamos falar já- Disse pondo-me a frente da televisão.

-Sai dai caralho!- Disse num tom de voz irritado.

-Ah afinal não sou transparente!- Disse com ironia na voz- Tu não me podes tratar como uma puta das tuas e me bater. Eu não sou uma qualquer e exijo respeito, és um bipolar e eu estou farta das tuas atitudes, estou farta de ti- Disse tudo de uma vez, sem medo na voz e com convicção.

- Ouve lá sua puta... Mas quem pensas que és? Ninguém fala assim para mim, tu não vais ser a primeira- O seu ódio era visível.

-O que vais fazer? Bater-me? Não seria a primeira vez... Não passas de um porco, que não sabe tratar as mulheres. Tens a mania que és grande, mas não prestas para nada.

Veio na minha direção e agarrou-me no braço com força, aquilo iria deixar marca, mas nem por um momento desfiz a minha atitude durona. Ele tem que aprender que não se pode achar o rei do mundo, nem o dono da razão, sim... Porque essa ele não tem.

-Vadia, agora vais ver para o que é que eu sirvo- Dito isto, arrastou-me escadas a cima puxando-me para o seu quarto, enquanto o Josh e o Cameron gritavam coisas como "Drew vê lá o que fazes!" ou "Tem calma Bieber", mas ele não ligou e continuou trancando a porta logo atrás de nós, confesso que um arrepio me percorreu, mas não desfiz a minha pose- Agora decidiste ser forte? De onde veio tanta confiança? Comigo não funciona assim, quem manda sou eu.

- Tu não sabes lidar com as pessoas. Não sei o que fazes, nem no que andas metido, mas ages como se fosses o rei. Tu és igual a todos nós, não te aches superior, seu mandão!

-Ficas a saber que eu não só ajo como se fosse o rei, como sou. Eu mando nisto tudo, sou o chefe. Agora vamos aproveitar essa raiva toda para coisas melhores, não achas?- Olhou maliciosamente para mim. Eu sempre soube que ele era assim, bruto, sarcástico, rude, mandão, mas o seu olhar agora estava indecifrável, e eu não sabia o que estava a passar pela aquela mente perversa, e qual atitude ele estava a crer assumir. O medo já corria pelo meu sangue, deixando-me incapaz de reagir.

Aproximou-se de mim, mostrando-me a chave e atirando-a o mais longe possível de nós. Agarrou-me com força na cintura e começou a distribuir beijos pelo meu pescoço, e desceu até aos ombros. Sem dúvida este Justin eu não conhecia!! O meu corpo arrepiava-se a cada toque seu, mas isto não está correto, isto é um absurdo e tem que parar! Tentei correr para apanhar a chave, mas ele foi mais rápido atirando-me para o chão e prensando-me contra o mesmo, segurando fortemente os meus pulsos por cima da minha cabeça. Era incrível quanta força aquele homem tinha, com certeza iria ficar com os pulsos roxos.

Bad boy Good lipsOnde histórias criam vida. Descubra agora