Capítulo nove

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"Quem te faz rir sabendo que você tá chorando, merece o mudo"

Beatriz narrando:

Assim que eu vi Mari eu desabei, eu não conseguia mais guardar a dor que eu estava sentindo dentro de mim. Eu estava me segurando pra não chorar na frente da Alice, não quero que ela veja que eu sou fraca.

Sinto a Mari se aproximando de mim, ela me abraça e fica fazendo cafuné no meu cabelo. Eu não consigo parar de chorar, aquela dor parecia que iria me esmagar. Eu não estou conseguindo ser forte, mas eu preciso ser forte.

A Mari vai até o carro e pega a Alice no colo, ela entra na casa com ela e pouco tempo depois ela volta e continua me abraçando.

Mariana: Princesa vamos entrar, você precisa tomar um banho

Beatriz: Mari eu não consigo, eu sou fraca

Mariana: Nunca mais diga isso, tá me ouvindo?- Ela levanta meu rosto fazendo eu olhar pra ela- Você é a pessoa mais forte que eu conheço!

Beatriz: Amiga eu não tô aguentando mais

Mariana: Vamos entrar, você toma banho, descansa e a gente conversa ok?- Concordo com a cabeça e entro com ela- Vai para o banho e eu vou escolher uma roupa pra você vestir

Tiro minha roupa, entro no box e ligo o chuveiro. É muito assustador a forma como a nossa vida muda da noite pro dia né? ontem eu fui dormir com a vida no eixo, acordei feliz achando que meu dia ia ser perfeito, mas não foi.

Termino meu banho e vou até o quarto. 

Mariana: Bea, eu separei essa roupa aqui pra você

Mariana: Bea, eu separei essa roupa aqui pra você

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Beatriz: Obrigada Mari

Mariana: Se troca e desce pra gente conversar

Beatriz: Ok- Ela saí do quarto assim que eu termino de falar

Termino de me trocar e olho pra ver se a Alice ainda está dormindo. Ela está dormindo igual um anjo. Desço pra cozinha e encontro a Mari lá.

Mariana: Fiz seu prato favorito! Lasanha

Beatriz: Tá vendo, é por isso que eu te amo

Mariana: Você me ama só por que eu te dou comida?- Ela finge estar magoada 

Beatriz: Claro- Ela força um choro- Tô brincando tonta

Mariana: Eu sei, eu sou perfeita não tem como não me amar

Comemos fazendo brincadeiras, parecendo duas criancinhas, terminamos de comer e eu lavo a louça já que ela odeia lavar a louça.

Mariana: Vamos lá pra sala- Sigo ela- Quer conversar sobre o que aconteceu?

Beatriz: De manhã eu estava indo para o escritório do meu pai, e aconteceu um acidente na estrada. Eu olhei e tinha uma menininha indefesa lá, a mãe e o padrasto dela sofreram um acidente e só ela sobreviveu. Eu conversei com os bombeiros e eles disseram que eu podia levar ela comigo, era só eu deixar meu número e amanhã ir no conselho tutelar para ver se ela tem algum familiar ou se eu vou poder ficar com ela.

Mariana: Tadinha dela, qual é o nome dela?

Beatriz: É a Alice

Mariana: Ela não tem pai?

Beatriz: Eu perguntei pra ela, ela falou que não tem 

Mariana: Continua a história

Beatriz: Ela veio comigo, mas deu pra perceber que ela achava que a mãe dela ia voltar em pouco tempo. Quando eu fui falar com o meu pai, ele me chamou de irresponsável, disse que entenderia se o  Gabriel me largasse e depois me expulsou de casa

Mariana: Amiga eu vou mudar para o morro, quer morar  comigo?

Beatriz: Não é perigoso?

Mariana: Em qualquer lugar vamos correr perigo, mas a gente não pode viver a vida com medo!

Beatriz: Eu vou conversar com o Gabriel e depois te falo 

Mariana: Não é hoje o aniversário de vocês?

Beatriz: É amiga, mas ele não está me respondendo!

Mariana: Ele deve estar ocupado!

Beatriz: Eu vou no apartamento dele, conversar com ele!

Mariana: Faz isso amiga, é o melhor a se fazer. 

Beatriz: E a Alice?

Mariana: Eu cuido dela, vai lá!

Beatriz: Quando ela acordar da almoço pra ela!

Mariana: Sim, e depois vou no shopping com ela pra comprar roupinhas pra ela!

Beatriz: Ok, te amo viu?

Mariana: Também te amo quenga.

No alto do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora