"O mundo não é bom mas você não precisa ser igual a ele"
Quarta- 7:30 pm- Rio de Janeiro
Beatriz narrando:
Passamos a tarde inteira na piscina, conversando, brincando com as crianças, comendo e fazendo outras coisas.
Conheci a mãe do menor, ela é um amor de pessoa, ela também passou a tarde toda com a gente, ela contou sobre a filha perdida dela, contou histórias engraçadas e combinamos de levar ela na viagem com a gente.
Agora estamos aqui no quintal, todo mundo de banho tomado, conversando e esperando os meninos chegarem com o açaí que eles foram comprar pra gente.
PK: Chegamos
Beatriz: Por que demoraram tanto?
Grego: Porque fica longe
Cabeça: Ao invés de agradecer critica, nunca mais compro também
Sentamos no chão junto com as crianças, comemos o açaí e de repente o radinho dos meninos começa a tocar
Grego: Passa a visão- Diz para a pessoa do outro lado
-Chefe tão invadindo- Assim que ele avisa começa barulho de tiros
Grego: Conta dez
-Já é- Diz e desliga
Grego: Cabeça, leva todas as mulheres e crianças para o cofre agora!- Grita
O cabeça acompanha a gente até o quarto do grego, ele entra no closet e abre uma porta que nunca na vida eu ia ver. Entramos.
Cabeça: Só saí daqui quando a gente abrir!- Diz e sai
Beatriz: Gente o que está acontecendo?
Isabela: Você não é do morro?
Beatriz: Não
Larissa: Deixa que eu explico. Quase sempre tem invasão aqui no morro, onde ou os morros rivais ou os policiais invadem. Rola troca de tiro.- Diz na maior naturalidade
Mariana: Por que não estamos escutando os tiros?
Larissa: Aqui é a prova de som, e somente quem tá do lado de fora e tem a senha consegue abrir.
Olho em volta, e é uma sala grande, tem um banheiro, frigobar com água e refrigerante, um armário com comida, uma cama de casal e três sofás com uma televisão.
Isabela: É muito melhor quando a gente não escuta os tiros
Beatriz: E os meninos vão ficar bem?
Lorena: Eles sempre ficam bem
Beatriz: Crianças deitam na cama, tá na hora de dormir- Tento não demonstrar o medo que eu estava sentindo
Eles deitam e logo dormem, pois estão cansados.
Mariana: Gente eu tô com medo
Larissa: Fica tranquila, já já eles voltam- Pego meu celular e vejo que tá sem sinal
Beatriz: Por que aqui não tem sinal?
Larissa: É para as outras pessoas não conseguirem a nossa localização
Lorena: Agora conta a história da menina Alice
Beatriz: A mãe dela morreu em um acidente de carro, e eu adotei ela e por coincidência o ficante da Mari, no caso o menor, era o pai dela que não tinha contato com ela.
Isabela: Uou que história de filmes
Lorena: E você não tem família fora do morro?
Beatriz: Eu até tenho, mas meu pai me mandou embora de casa por não aceitar a Alice e eu conheço a minha família.
Lorena: E você mari?
Mari: A minha família é do sul e eu não tenho contato com eles
Lorena: Meninas vocês sabem que a vida no morro não é nada tranquila né? sempre vai ter invasão, muitas mortes, sequestros, ameaças
Beatriz: Eu não tinha parado pra pensar nisso
Isabela: Mas vale a pena
Larissa: Sim, mesmo com as coisas ruins tem muitas coisas boas
Mariana: Demora quanto tempo?
Larissa: Depende de quem tá invadindo
Isabela: E como não sabemos quem é, não temos nem uma noção básica
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No alto do morro
Teen FictionApós pegar seu namorado a traindo com sua amiga, ela decide se dedicar a menininha Alice. Ela acaba fazendo novas amizades, depois de uma briga feia com o seu pai ela decide se mudar para o morro. Ele dono do morro, perdeu sua mulher durante uma inv...