CAPÍTULO 17

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Boa noite!!!

Ansiosas para saber como o Pedro vai ter a resposta da Isa???

Pedro

Minha mãe tinha o costume de brincar ao dizer que quando traço um plano na cabeça, nada e nem ninguém serão capazes de me fazer voltar atrás ou desviar do foco. Eu poderia até ajustar algumas coisas aqui e ali ao longo do caminho, mas uma vez que tinha um objetivo, nada me faria recuar.

E eu tracei um plano para conquistar a Isa. Pode me chamar de louco, precipitado, imprudente, inconsequente... nada disso me importa. Eu só quero aquela mulher para mim, e sei que ela também me quer. Eu posso ver, sentir que é recíproco, mesmo que ela tenha tentado me afastar no início.

Nunca estive tão feliz como quando ela aceitou pensar em nós, e logo tratei de contar a Ana que ela tinha fugido de mim porque achava que ela era minha mulher. Primeiro minha irmã ficou chocada, e depois começou a rir descontroladamente. No final ambos tivemos uma crise de risos de tão estapafúrdia a situação.

Ainda tenho vontade de rir ao pensar nisso. Tudo bem que a Ana não tem nada haver comigo fisicamente, mas de onde a Isa tirou que éramos um casal é algo que um dia ainda irei descobrir.

Tento me concentrar no trabalho, o que se tornou uma tarefa quase impossível, porque desde que deixei o bilhete para ela no Solar, com uma pequena ajudinha do Bené para entrar no instituto, que ainda se encontrava fechado, estou impaciente e aéreo. Queria ver sua reação ao descobrir que deixei algo para ela. Se ela sorriu ou suspirou ao ver a pétala de rosa que deixei dentro do envelope.

Quem diria que eu, Pedro, que até ontem nem sonhava em se amarrar a alguém, iria estar tão empenhado assim em conquistar uma mulher a ponto de enviar bilhetinhos e pétalas de rosas como se estivéssemos na adolescência.

Não sei o que é, mas ela realmente me faz sentir como se tivesse quinze anos de novo, com toda aquela euforia da puberdade que só quem viveu sabe do que estou falando.

Mas mais impaciente estou para saber se o Nico entregou a segunda parte do meu plano para ela.

Deus! Usei meu sobrinho para me ajudar a chegar em uma mulher.

A que ponto chegamos, meus amigos.

Se o Alex descobrir uma porra dessas vai tirar sarro da minha cara pelo resto da vida. Isso se o puto aparecer. Porque ele aparentemente sumiu do mapa desde o dia da briga na Lexus.

—Pedro, estou com uma ligação na linha. É a sua irmã. — Sou arrancado dos pensamentos com a voz da Suzana soando pelo viva-voz. Encaro o relógio e vejo que pelo horário ela pegou o Nico na escola e já me preparo para o bombardeio de perguntas.

—Pode passar. — Peço e puxo o gancho do telefone. Menos de dois segundos depois a ligação completa e mal consigo falar. —Al...

—Seu filho de uma puta! Usando meu filho... o meu filho Pedro? achando que ele é o que? Seu garoto de recados!? — Ela brada e chego a tirar o fone do ouvido com tamanha gritaria.

Eu imaginei que o Nico contaria para ela. Eu mesmo deixei claro para ele que era segredo, mas que a mamãe podia saber. Jamais irei incentivar que ele esconda qualquer coisa da minha irmã. Sabia também que ela me ligaria, mas não com tamanha revolta.

—Calma Ana. Foi só um recado, nada demais. — Tento amenizar a situação, mas parece que ela não me ouve.

—Por isso que ele estava esquisito de manhã quando eu o deixei na escola. Com aquela cara de quem estava escondendo alguma coisa e que ia fazer uma "traquinagem". Porra, Pedro! — Ela exclama, e apesar de achar que não fiz nada demais, começo a me sentir um pouco culpado.

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