ℭ𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 15: 𝔄 𝔇𝔢𝔰𝔭𝔢𝔡𝔦𝔡𝔞

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Evanora

Ozes havia voltado depois de dois dias fora, e era bom tê-lo por perto novamente. Me fazia lembrar de quem eu realmente era. Ele havia ido em algum tipo de supervisão qual Azaroth o havia mandado em Salariah. E a cada vez que eu ouvia sobre este lugar, me parecia cada vez mais interessante e incrível também. Mas, assim como a sede de Alderland, o lar dos anjos, eu provavelmente não estaria indo até lá tão cedo.

Fico feliz que você não tenha colocado fogo na casa enquanto eu estive fora.

Seria um ótimo modo de rebelião, não acha? — Zombo, tomando um gole de café, lendo o livro sobre a mesa. Eu havia passado grande parte da noite fazendo algumas pesquisas sobre algumas das descobertas que eu tive, principalmente sobre Dan. Eu ainda não sabia se havia veracidade no que eu buscava, mas algo me dizia que era o caminho certo. — Mas não quero chamar a atenção para mim ainda. Vamos guardar o estrelismo para depois.

Embora eu tivesse algumas evidências, tudo me parecia tão enigmático ainda. Eu estaca tentando descobrir as coisas por mim mesma e não esperar que alguém viesse soprar as respostas em meu ouvido. Ao menos, eu teria algo para manter-me ocupada e retirar o foco do restante, pelo menos um pouco. E se Dan falava sério em contar a Azaroth sobre minha tentativa falha de assustar ele ao atacá-lo, eu teria uma carta na manga se conseguisse provar algo. Se fosse em outra época, eu certamente deixaria passar, mas não era sobre bondade. Era sobrevivência. Afinal, não acho que multidões me ajudariam ao descobrirem que eu realmente sou. Me sentia como uma praga para todos, sendo honesta. Sendo chutada de um lado para o outro, constantemente sendo ameaçada de morte apenas por ter nascido, e com um maníaco que havia pego meu pai e meu melhor amigo. Ele não teria o que queria sem me matar antes, era uma promessa. Depois de ter arrancado a cabeça de alguém que eu considerava um amigo, não facilitaria para meu maior inimigo. Eu apenas estava tentando reunir minhas ideias.

— A cereja do bolo é você, até onde eu sei. — Ele sorri. — Como foram esses dias em que estive fora? Dan enlouqueceu você como eu penso?

— Bem, foram exatamente o que você esperaria. Ele me dá nos nervos, mas não levo tão a sério quanto ele gostaria, acredito eu. E não saí muito de casa, e quando o fiz pela primeira vez, Azaroth veio até aqui atrás de você. — Bebo outro gole do café.

— Atrás de mim? — Ozes franze o cenho. — Quando?

— Há um dia e meio, eu acho. Por que isso é importante?

— Ah, não é nada. — Ele balança a cabeça ao responder. — E o que aconteceu?

— Graças ao bom Deus, nada. Ele me fez algumas naturais sobre adaptação e etc, nada diferente do que os outros estavam perguntando.

— Ele não é de bater papo. — Denota, erguendo as sobrancelhas, encarando o prato vazio à sua frente antes de olhar para mim. — Bem, e se eu fosse você, eu me prepararia. Logo fará um mês que você está aqui, e será avaliada por ele.

O encaro por alguns instantes.

— Avaliação?

— Não se lembra? No dia em que fomos vê-lo, ele disse que dali a três semanas você seria avaliada junto com outros novatos, e então será designada para uma função. Eu sei que é difícil e assustador no início, mas isso será uma ótima coisa para você, Eva. Desse jeito, você estará em menor evidência e irá se misturar.

As Peças Celestiais: Condenação (Livro ll)Onde histórias criam vida. Descubra agora