Dia 02 - Adega

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Estava sentada em seu colo, totalmente nua e com os olhos vendados. Ela me estimulava a rebolar sobre seus dedos, não havia penetração, apenas o roçar de minha intimidade e seus dedos molhados pelo meu prazer.

- Continue rebolando, querida... isso... devagar, você não precisa ver nada, sinta isso, sim? Eu vou te fazer viver algo totalmente novo - dizia enquanto arranhava levemente minha cintura, me arrancando arfares de prazer.








Como me meti nessa situação um tanto quanto inusitada? Bem, era apenas o nosso segundo dia em Paris e Soojin tinha um jantar de negócios com os representantes da matriz, infelizmente eu tinha de estar presente para assessorá-la. Eles falavam qualquer coisa em francês sobre como as vendas no Brasil quadruplicaram desde que Soojin assumiu o comando da filial e eu só conseguia me concentrar no típico coq au vin francês preparado por um dos maiores chefes do mundo.

A cena do dia anterior não me saía da cabeça e eu procurava não encarar Soojin desde então. Ela, ao contrário de mim, agia como se nada tivesse acontecido. Logo depois daquela loucura, ela saiu para uma reunião da matriz, a qual eu mesma havia marcado, e à noite retornou com aquele rosto sereno me convidando para jantar. Logicamente eu não aceitei, eu ainda não tinha entendido nada do que havia acontecido e embora aquela tinha sido a melhor transa da minha vida, eu não conseguia encara-la e nem perdoa-la por ter me usado e jogado fora como uma boneca de plástico. Logo eu, que sempre tinha sido tão dona de mim, tinha me deixado dominar por aquela imbecil! Gostosa, mas imbecil. O fato é que eu não conseguia aceitar que tivesse cedido daquela forma, mas aquilo jamais iria se repetir, eu nunca, nunca, nunca mais deixaria que aquela cafajeste me tocasse.

Depois de algumas horas de puro tédio ouvido aquelas conversas de acionistas e oscilação da bolsa de valores, os homens velhos e gordos que Soojin se reunia foram embora. Inclusive, Soojin era a única mulher jovem e presente na mesa de acionistas. Ela exalava uma feminilidade encantadora, e eu diria que esses velhos estariam realmente puxando saco dela por ser uma mulher extremamente sexy se ela também não fosse extremamente competente.

- Nós não vamos embora também? - perguntei

- Não... você foi uma má secretaria quando recusou meu convite de ontem, então eu irei ter meu jantar com você essa noite - disse autoritária e eu desviei o olhar irritada. O pior de tudo é que a safada era minha chefe... Ah se eu não precisasse desse maldito emprego!

- Escute, eu não quero que haja mal entendidos entre nós, aquilo que aconteceu ontem, é... bem... - comecei a falar na intenção de colocar um basta e deixar claro que aquilo não se repetiria - embora ela fosse um tremendo pecado naquele terno branco italiano, os cabelos ondulados e o batom vermelho pregado nos lábios - mas ela me interrompeu.

- Não me peça para esquecer, porque eu não vou. Também não pedirei que esqueça, porque pelos seus gritos ensandecidos eu sei que você também não irá - riu de canto e eu não pude deixar de me arrepiar.

- Mas o que?! Como você é pretensiosa! - respondi fervilhando de raiva.

- Quando foi que eu lhe dei permissão para deixar de me tratar por senhora, s/n?

30Tons Rubros - Imagine Seo SoojinOnde histórias criam vida. Descubra agora