𝐢𝐯. 𝐴𝑅𝑂𝑁𝐷𝐼𝐺𝐻𝑇

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PARTE 3 | CAPÍTULO 4
ARONDIGHT

𝐌𝐎𝐑𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀

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𝐌𝐎𝐑𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀

Passei dias procurando Esquilo e Marie. Nunca me desesperei tanto quando não vi nenhum rastro deles na toca do coelho, onde havia mandado irem.

Sei que estiveram, mas fazia tempo. Na rocha tinha sangue não uma quantia grande para ser algo fatal. Provavelmente era de um corte.

Lembro de correr pelos bosques até cair de exaustão na terra úmida pela serração. Por mais que eu quisesse me levantar e continuar a busca, meu corpo não me obedecia. Como se ele mesmo pedisse por um tempo para se recuperar.

Então, no raiar do dia, acordei numa cama. Um cômodo com camas enfileiradas uma ao lado da outra. Meu pescoço doeu quando me levantei, sinal das horas mal dormidas.

Mesmo assim, eu me sentia mais leve. Minhas roupas encharcadas por água não pesavam mais. Eu não as usava. Em meu corpo estava um longo vestido azul acinzentado. Meus cabelos eram cobertos por um longo pano grosso.

Eu parecia uma daquela garotinhas assustadas que recorriam a religião quando cometiam um crime. Aquilo me dava ânsia.

— A Espada Alma não estava com você quando te encontrei. — disse uma voz feminina atrás de mim.

— Quem é você? — perguntei. — Se quer me matar, saiba que posso te queimar dai mesmo.

— Estou tentando salvar sua vida, majestade.

— Como sabe sobre mim? — acusei.

— As paredes têm ouvidos. Está segura aqui, contando que siga as regras do jogo.

— Eu sou uma rainha — afirmei. — Não sigo regras.

— Sua amiga gosta de pensar do mesmo jeito.

A Irmã pediu para que eu a seguisse até a sala ao lado. Quando abriu a porta, uma feérica agitada e raivosa avançou em direção daquela que diz ter me salvado.

— Cadê Arthur? A onde ele foi com a minha espada? — Só então ela parecia ter me visto por baixo de todos os panos. — Morti?

A porta se escancarou pela Abadessa, ela gritando o nome da Irmã que agora eu sabia se chamar Igraine. A Abadessa encarou a mim e a Nimue, questionando quem éramos em uma voz ríspida.

— Elas chegaram ontem à noite.

— Está imunda — disse a Nimue. — Como se chama?

— Alice, senhora — respondeu.

A Abadessa tateou Nimue em busca de armas ou qualquer coisa que ali fosse condenada. Ficou satisfeita ao não encontrar nada.

— Eu estou...

Too Far Gone 𖣴 𝐂𝐔𝐑𝐒𝐄𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora