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PARTE 8 | CAPÍTULO 12
FALSOS DEUSES

MORTICIA

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MORTICIA

Mentalmente, eu explodia meus neurônios tentando lembrar de algo que eu já fiz contra meu povo, ou contra Nimue para ela ter tomado minha coroa. E depois de horas, eu não obtive uma resposta.

Aquele lugar ao trono era meu, sempre foi. E, de repente, uma bruxinha que mal sabe controlar os próprios poderes decide tomá-lo para si. Todos acharam aquilo incrível, até mesmo Esquilo e Marie preferiam passar as horas ao lado de Nimue.

Eu me sentia traída. Sentia vontade de queimar todos em carne viva para que sofressem dez vezes mais o que me fizeram.

Entretanto, o único que parecia concordar comigo era aquele a quem sempre nosso ódio foi mútuo. Arthur. O humano não entendi por que tomar minha coroa, nem concordava com aquilo. Mas ele precisava sobreviver, então obedecia.

— Está é Druna — apresentou. — Uma contrabandista de sedas, temperos e pessoas.

— Uma falsa rainha — sibilou Druna a Nimue, a bruxa se encolhendo um pouco. — Que toma um lugar sagrado sem saber como lidar. Tratarei de assuntos sérios com a verdadeira Rainha das Cinzas.

Eu sou a Rainha — afirmou Nimue, tentando parecer forte. — Meu povo diz isso.

Druna me encarou, esperando que eu fizesse algo. Mas o que eu poderia fazer? Xingar aos quatro ventos e amaldiçoar o nascimento de Nimue? Eu estava tão cansada do que a garota já tinha me causado, era como se minha vontade de guerrear e viver tivesse acabado. Então apenas assenti, pedindo silenciosamente para que nos ajudasse.

— São três navios — disse Druna. — Chegam em seis dias. Posso transportar seu povo até Bizândio.

— E os feéricos escondidos? As outras aldeias? — perguntou Gawain. — Não podemos ir agora.

— Não podemos alimentar todos — rebateu Arthur.

— Você tem a espada — disse Gawain a Nimue. — Já vimos o que pode fazer com ela.

— E ela me deixou esgotada — respondeu Nimue. — Meu poder tem limite.

— É por isso que não é uma rainha — disse Druna, com raiva. — O poder de uma rainha nunca acaba.

— Há dez clãs de feéricos aqui — se meteu Arthur, tanto como eu, querendo que aquela conversa acabasse logo. — Pense em quanto poderíamos salvar.

— Não está realmente considerando isso — exclamou Gawain.

— É meu povo, e eu prometi que os protegeria.

Aquela conversa continuou dentro do esconderijo, junto com os anciões e o povo feéricos. Muitos duvidavam, mas outros festejavam pela possibilidade de sobreviver. Que ridículo, nem sabiam se conseguiriam viver ou não.

Too Far Gone 𖣴 𝐂𝐔𝐑𝐒𝐄𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora