𝐢. 𝑂𝑁𝐶𝐸 𝑈𝑃𝑂𝑁 𝐴 𝑇𝐼𝑀𝐸

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PARTE 1 | CAPÍTULO UM
ERA UMA VEZ

𝐌𝐎𝐑𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀

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𝐌𝐎𝐑𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀

— Era uma vez, em um reino muito distante, uma pequena princesa sonhadora, cujo destino era belo e temeroso. Todo o seu povo a amava e esperava ansiosamente para o dia em que eu subiria ao trono.

— Suas histórias sempre começam assim — reclamou o menino, a garotinha ao seu lado mandando-o não atrapalhar.

— Mas essa história é diferente — afirmei, sorrindo macabra. — Não é um conto de fadas. E eu acho que vocês já têm idade o bastante para saberem mais sobre o meu passado.

— Então você era uma princesa?

— Vai me deixar continuar? — seu silêncio foi resposta o bastante. — Toda rainha já foi uma princesa algum dia. E essa princesa era tão amada que seu poder monstruoso não era temido. O fogo que queimava em suas veias era visto como a salvação do reino. O fogo, as cinzas e a escuridão demoníaca.

— A Igreja caçou essa princesa? — perguntou Marie, a garotinha de poucos anos de idade envergonhada.

— É, ela caçou a princesa — afirmei. — Mas para se proteger, quando ela tinha idade o bastante, foi lhe dada uma espada. A temida Espada Alma, cuja lâmina dourada acabaria com o mal.

— Com os de capa vermelha também? — perguntou Esquilo, ansioso.

— Com eles e com todos que queriam machucar aqueles que ela amava. Mas a princesa não precisava se preocupar com o mal, porque ela tinha seu cavaleiro de armadura brilhante sempre ao seu lado. Eles se amavam bem mais do que amigos, tanto que a princesa foi tola em se casar com ele.

— O que aconteceu com ele? — perguntou Maria, as pequenas mãozinhas inquietas em seu colo.

— Ele se perdeu. Ele se tornou um deles. Mas antes, ele e a princesa precisaram fugir de algo que não me lembro o que foi. Entretanto, foi tempo o suficiente para que declarassem a princesa como rainha, a Rainha das Cinzas. Então ela, o cavalheiro e a irmã de poucos meses da rainha fugiram.

— O que estão fazendo? — perguntou Nimue, parando ao nosso lado com seu cavalo.

— Morti está nos contando a história de como ela se tornou uma rainha — disse Esquilo.

— Nem cheguei na melhor parte — ri. — As coroas de diamante.

Nimue foi comentar algo, sorrindo largamente para nós, mas antes que isso fosse possível uma mulher passou por nós, me reverenciando e chamando a Nimue de bruxa. Ri quando Esquilo a mandou seguir seu rumo.

— Por que te chamam de bruxa? — perguntou Marie a Nimue. — Morti é que nem você.

— Porque ela nunca usa seus poderes — respondeu. — Existe uma espécie de casca em torno dela que não permite que vejam sua verdadeira essência. Talvez Morticia seja uma bruxa de pele verde e nariz com verruga.

Too Far Gone 𖣴 𝐂𝐔𝐑𝐒𝐄𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora