𝑴𝒐𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒂 era uma princesa quando escolheu unir sua vida com aquele que sempre jurou que a protegeria. Ela acreditou na mentira, e agora essa pessoa estava atrás de sua cabeça por ordem dos 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑑𝑖𝑛𝑜𝑠 𝑉𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜𝑠. Eles queriam a...
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MORTICIA
Do alto da fortaleza, eu observava a movimentação dos feéricos e humanos na cidade. Era notória a atmosfera pesada entre as duas espécies, e surpreendentemente a rixa entre eles me acalmava.
Aquela parte de mim que lutava pelo caos e a destruição pedia por mais, para que eu fosse lá embaixo e começasse uma guerra. Assim testaríamos o poder de comando da nova rainha.
— Finalmente alguém sensato com que posso conversar — disse, parado ao meu lado.
— Caso não lembre, Lorde Ector, ainda sou feérica.
— Me lembro perfeitamente, milady. Entretanto, é a única capaz de liderar seu povo com sabedoria.
— Não sou mais uma rainha — o lembrei.
— Títulos não podem ser alterados. Mesmo que parte de seu povo esteja contra você, lembre-se que apenas seguem a outra bruxa porque estão com medos, porque são fracos e não conseguem sobreviver sozinhos. Mas não está sozinha, nenhum povo esqueceu do que sacrificou para salvá-los
Sorri com o comentário, agradecida com o que falara. Eu queria que aquilo fosse verdade, mas pouquíssimos feéricos ainda acreditavam no que eu era capaz.
— Conheci seus pais, sabia? — perguntou ele. — Eram boas pessoas. Sinto muito pelo o que aconteceu a eles, estão em um lugar melhor agora.
Agradeci, ainda não entendendo por que ele tentava manter uma conversa.
— Vão morrer de fome — falei, subitamente. — Seu povo e os feéricos. A comida está acabando.
— Alguns dias no máximo — concordou. — Mais cedo se as criaturas continuarem roubando comida. Não me surpreenderei quando os gramairianos exigirem a cidade de volta.
— Eu queria ajudar, de verdade, mas não tenho poder nessa situação.
— A rainhazinha exigiu guardas no estoque de comida vinte quatro horas por dia.
Ao longe do corredor, passos corridos se aproximavam. Viramos para ver quem vinha, nos deparando com Arthur, apreensivo e alerta.
— Nimue pede sua presença — disse ele a mim. — Urgente.
— Ela não é a rainha, Arthur? — retruquei. — É claro que não precisa de mim.
— Merlin está aqui.
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Os guardas postos na porta da sala do trono foram rápidos ao abrir as portas desde que ouviram meus passos pesados e raivosos no piso de pedra.