REYNE- Reyne, a barda

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Existe uma grande verdade na vida

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Existe uma grande verdade na vida.
O povo está pouco se fudendo para quem está no poder.
Um rei vai, um rei vem. 
Uma rainha é acusada de incesto aqui, um homem perde a cabeça ali.
Ninguém se importa.
E por que deveria? 
Um nobre se zanga com outro nobre, e em vez de ambos resolverem o assunto entre si, mandam seus exércitos que não tem nada a ver com as merdas da nobreza para lutar e talvez morrer.
Essa é simplesmente a lei da vida. As pessoas comuns dão a nobreza a mesma importância que ela dá a eles: nenhuma. Tanto faz que nobre morreu injustiçado, que nobre morreu culpado, quem casou com quem e quem traiu quem. Enquanto não tivessem suas vidas atingidas diretamente, eles não iriam se importar.
Reyne era uma das pessoas desse povo, que ia levando a vida como podia.
Ela lutava para sobreviver.
Se prostituindo, roubando, dando golpes ou usando a bela voz que tinha. Se desse dinheiro, ela fazia.
Afinal, uma mulher tinha que sobreviver. Ou isso ou ser rapidamente engolida pelo mundo.
E se tem uma coisa que Reyne Sem Sobrenome não admitiria era ser engolida.
Ah não. Ela era uma sobrevivente, e vai continuar sobrevivendo.
–E então rapazes, cadê minhas moedas? -ela disse, apontando para o saco que já estava com uma soma considerável. -Se eu receber mais 20 moedas de prata canto de novo A Filha Do Peixeiro.
As moedas foram lançadas.
–Preparados para cantar comigo, rapazes?
–Sim! -gritaram alegremente, levantando suas canecas cheias.
Ela preparou seu alaúde.
–Peixeiro, ó peixeiro, sua filha tem um desejo
Trepar sem parar até o dia clarear!
Pois vai ser muito azar, se um duende a pegar!
É bem melhor ser avô de um fauno cantor
Que só quer berrar ahôô!
A filha do peixeiro paa da!
A filha do peixeiro paa da!
A filha do peixeiro paa da!
A filha do peixeiro paa da!
Enquanto cantava fazia uns passos de dança bem sensuais, o que levava os homens a loucura, fazendo com que jogassem mais moedas.
–Cantem comigo rapazes!
Peixeiro, ó peixeiro, sua filha tem um desejo
Trepar sem parar até o dia clarear!
Pois vai ser muito azar, se um duende a pegar!
É bem melhor ser avô de um fauno cantor
Que só quer berrar ahôô!
A filha do peixeiro paa da!
A filha do peixeiro paa da!
A filha do peixeiro paa da!
A filha do peixeiro paa da!
 Os homens bateram palmas e ela se curvou em agradecimento ao público.
Recolheu todas as moedas que ganhou e ficou satisfeita ao ouvir o barulho do dinheiro quando sacudiu sua sacola.
Daria para um lugar para dormir e se escolhesse bem, uma refeição completa.
Animada, saiu da taverna.
E seu destino mudou para sempre.
–É ela! Prendam essa mulher!
Quando menos percebeu foi agarrada pelos braços por homens da guarda real.
–Ei! O que é isso? Uma mulher relativamente honesta não pode ganhar o seu dinheiro? Cantar não é crime! Não sou a única barda na cidade!
Foi ignorada e arrastada do mesmo jeito!
–Ei, me soltem! Eu não cometi nenhum crime pra que me prendam!
Quando deu por si, foi jogada no calabouço.
Surpreso, seu companheiro de cela a analisou.
–Ué, um anão? Se estão querendo fazer um número é só me pagar, não precisavam me prender numa cela.
Ele entendeu por que ela estava presa.
–Cabelo loiro. Olhos verdes. Olá, meu nome é Tyrion Lannister.
–O duende acusado de matar o rei bostinha?
–Isso mesmo. Prazer em te conhecer.
–Bem olá. Meu nome é Reyne. Você sabe por que eu estou aqui?
–Sei. Mas você não vai gostar de saber.
–Pois fale, Pouca Sombra! Quero saber!
–Você está presa por que tem meu sangue. Você é minha irmã.

A Leoa RenegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora