REYNE- Reyne, e a ida a Porto Real

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 De todas as coisas que ela esperava na vida, ficar gripada a essa altura não era uma delas

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 De todas as coisas que ela esperava na vida, ficar gripada a essa altura não era uma delas.
Decidiram até adiar a ida a capital para cuidarem dela até se recuperar.
Enquanto ela convalescia na cama, Jon pôs a mão na testa dela.
–Sua febre ainda está alta.
Pegou o copo e a ajudou a se sentar.
–Essa coisa tem um gosto horroroso.
–É pro seu bem. Bebe tudo.
Conformada, bebeu tudo o mais rápido que pode e fez uma careta, o gosto da coisa é realmente ruim.
–Vou trazer sua comida, espero que coma tudo ouviu?
Quando Jon saiu, Daenerys entrou.
–Se sente melhor?
–Sim, estou melhorando. O remédio tem gosto de mijo mas funciona rápido. 
–Fico feliz. Eu quero muito que melhore Reyne. Eu... Eu pensei estar sozinha no mundo e ser a última... A última de tudo. Eu não quero me sentir sozinha novamente.
–Eu sei como é me sentir sozinha. Por anos só contei comigo mesma.
–Eu sei que essa situação não é a ideal, e que vai demorar pra ficar tudo bem. Mas quando tudo acabar... Eu gostaria que você, seu irmão e eu nos conhecêssemos melhor. Se um dia vocês dois poderiam me ver como família.
–Eu... Eu gostaria de tentar.
–Okay. Seu amante já está voltando com a comida.
–Daenerys!
–Ué, era segredo? Vocês não são lá as pessoas mais discretas. É tão bonitinho ver ele todo preocupado com a sua saúde! Não se vê muitos homens assim hoje em dia.
Reyne não pode evitar ficar vermelha.
Jon apareceu com a refeição dela.
–Pronto. Vou ficar aqui até você comer tudo isso. Não vou deixar você desperdiçar nenhum pedaço hein!
Daenerys deu uma piscada cúmplice e saiu de lá, os deixando sozinhos.

(...)

Quando finalmente se recuperou, foi até o pátio, onde estavam treinando.

Reyne, você tá bem! -gritou Tarbeck, a levantando do chão e girando no ar, feliz.
–Eu tô, mas se ficar me balançando assim meu estômago pode não aguentar!
Ele a pôs no chão.
–Er... Aquela coisa está comendo neve.
Reyne olhou para Chiony, que realmente comia alegremente a neve acumulada.
–Não é a toa que existia um monte de dragões de gelo para esse lugar no passado. Aqui é realmente o hábitat deles.
Com saudade de Chiony, Reyne chegou mais perto.
–Ei garota, como vai?
–Espera, é uma fêmea?
–Sim, é uma dragonesa. Pensei que fosse óbvio. Assim como Drogon.
Daenerys, que estava por perto, ficou chocada com a constatação de Reyne.
–Pensei que só eu tivesse percebido que Drogon e Chiony são fêmeas.
Reyne realmente achou isso engraçado.
–Pensei que fosse óbvio.
–Me desculpe, mas por que seria tão óbvio assim? -perguntou Tyrion.
–Ora. São muito mais perigosos que os outros. Então é lógico que são fêmeas, o sexo feminino pode ser muito mais perigoso na hora de proteger a si e a sua prole. Logicamente isso se aplica aos dragões e dragonesas.
–Interessante. - disse Tyrion, olhando intrigado para os dragões. -Assim como acho interessante esse dragão comer tanto gelo e tanta neve.
–Pelo o que li, embora Chiony possa se alimentar de outras coisas, mas a preferência dela sempre será por qualquer coisa gelada. Por isso ela pode comer os vagantes, eles são zumbis de gelo.
–Como eu queria ter tempo de estudar os dragões mais a fundo! É tão fascinante! -falou Tyrion, animado.
–Talvez depois que tudo acabar você tenha mais tempo.
–Eu gostaria muito disso.

(...)

Finalmente, chegara o dia.
T

inha certeza que a história do grande encontro do dia seria contada pelas gerações seguintes. Ainda mais com o presente surpresa que dariam a rainha.
Cersei estava lá, se achando a poderosa e intocável, com sua cara de deboche.
–O que é isso? A bastardinha teve essa coragem de dar as caras por aqui?
–Lave a boca pra falar da minha irmã sua puta arrombada! - disse Tarbeck, furioso.
Cersei ficou chocada ao reparar nele.
–Ah não! Outro não! Meu pai pensou que era o Walder Frey e decidiu se reproduzir igual coelho?
–Nós não pedimos pra nascer! Você pensa o que? Que se a gente pudesse escolher não iria preferir qualquer outro homem para ter nos gerado do que o asqueroso do seu pai?
Jon interrompeu a conversa para mostrar logo o zumbi.
A reação das pessoas foi inesquecível, mas a de Cersei impagável. O pânico dela foi o melhor, sua expressão aterrorizada faria Reyne rir por dias.
Cersei concordou em mandar alguns homens para ajudar, mas Reyne sentia, sabia, que era balela e Cersei mais do que nunca se prenderia ao poder frágil que tinha sobre todos os reinos. Ela era a típica estúpida obcecada por poder, que não enxergava um palmo a frente do nariz e se destruiria com a própria ganância mais dia, menos dia.
Quando tudo acabou, Cersei resolveu provocar Reyne.
–O Montanha sentiu sua falta, sabia?
Reyne sorriu para ela. 
–Eu poderia facilmente te matar. E eu seria discreta, ninguém saberia que fui eu. Mas eu quero ver você sofrer primeiro. Quero que sente, e assista enquanto tudo o que você quer tanto desesperadamente manter se desfaz bem na sua frente. E quando isso acontecer, eu vou estar lá.
Reyne levantou as mãos.
–Está vendo essas mãos? Elas logo irão agir. Eu vou enrolar as duas no seu pescoço. Eu vou ver a vida saindo de você, enquanto luta para respirar. E enquanto isso, você verá meu rosto quando for embora desse mundo. O meu sorriso será sua última visão, Cersei Lannister.
Cersei se arrepiou.
"Eu sempre pensei no meu irmão mais novo! Mas ela é ainda mais nova que o Tyrion! E o irmão dela também! Será um deles esse meu valonqar?"
–Não se esqueça dessas palavras, sua puta suja de bordel disfarçada de projeto de rainha.

A Leoa RenegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora