TARBECK E JON- Bastardos da Muralha

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O homem que acompanhava o "Lord" Snow teve toda a sua incredulidade destruída, cercado pelas criaturas, lutando desesperado pela sua vida

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O homem que acompanhava o "Lord" Snow teve toda a sua incredulidade destruída, cercado pelas criaturas, lutando desesperado pela sua vida.
Aquelas coisas eram fortes, resistentes e incansáveis para seu azar.

Aquelas coisas eram fortes, resistentes e incansáveis para seu azar

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-Vamos! -gritou Jon.
Ele enfiou sua espada no peito de um dos Caminhantes e correu atrás dele, pulando no barco que o levou a outra margem.
Por algum motivo eles não atravessavam a água.
Os dois se afastavam, olhando com terror para os corpos sem vida.
Eles viram a criatura assustadora, o Rei Da Noite, levantando os mortos, transformados em seus iguais.
E a cena atormentaria suas mentes por um bom tempo.
Aqueles que morreram ficando de pé, os olhando, com olhos da morte.
O caminho para a Patrulha foi feito em silêncio por quase toda a jornada.
Chegando perto, finalmente de seus irmãos de juramento, Jon sentiu curiosidade sobre aquele que sobreviveu junto com ele.
-Qual é o seu nome?
-Meu nome é Tarbeck.
-Tarbeck? Esse nome não me é estranho. Não foi uma das casas que foi destruída por Tywin Lannister junto com a casa Reyne originando As Chuvas de Castamere?
-Parece que sim. Nunca ouvi muito dessa história para saber se é ou não.
-Por que seus pais te dariam um nome desses?
-Eu sinceramente não sei.
Era uma curiosidade que ele sempre teve.
Por que sua mãe o chamou dessa forma? Tyanna, a mulher que o criou, nunca explicou para ele.
-Finalmente em casa!
-Você se sente em casa aqui?
-Eu moro aqui desde criança, então não conheci outro lugar para chamar de lar.
Tyanna vivia se mudando, dizendo que seu pai era rico e perigoso e que eles corriam risco.
-Eu achei que aqui pudesse ser o meu lar algum dia. Mas tem dias que sinto saudades de Winterfell e da minha família. De meu pai, dos meus irmãos, às vezes até de Lady Catelyn acredita?
-Eu sei que dói, ainda mais com todas as notícias que chegaram até aqui. Mas pense não no que perdeu, mas no que você teve. Esse tempo que passou com todos eles... Muitos queriam ter esse tempo com um lar, uma cama quente só sua, pai e irmãos por perto... Dê o valor que isso merece, Jon Snow. Lembranças não podem ser arrancadas de você.
Os dois chegaram a muralha e contaram o ataque que sofreram dos temíveis Caminhantes Brancos.
Alguns acreditaram. Outros não.
Tarbeck achava o segundo grupo um bando de idiotas. Ele e Jon não eram loucos, e não tinham motivos para mentir. É claro, ser um cético certamente era uma proteção para suas mentes não pensarem nos horrores que se aproximavam.
Mas ele considerava estúpido ignorar as evidências e se fingir de cego e surdo em vez de se prepararem para o ataque.
O que vai ser se um belo dia forem pegos de surpresa?
Vai que um dia a Muralha é derrubada?
Não era melhor alertar todo mundo e já irem montando um exército para lutar contra os mortos? Por que os homens são tão burros e presos a suas visões limitadas?
-Eu não acredito que estou na cozinha lavando pratos de novo! -falou Olly, o tirando de seus pensamentos.
-Você reclama demais. Agradeça por não estar esvaziando os pinicos de novo.
-Argh! - disse o menino, bufando.
Enquanto Tarbeck lavava a outra parte da louça algo caiu de seu bolso.
-Ei! Isso é uma boneca? -Olly começou a rir -Não vai me dizer que você brinca com isso igual uma mulherzinha.
Ele a pegou do chão, olhando bem para a boneca de pano velha e surrada.
-Eu nunca brinquei de boneca seu idiota.
-Então como tem uma boneca?
-Era de alguém. - Ele disse com tristeza.
Olly ficou em silêncio ao notar o tom desolado de Tarbeck.
Ele se lembrava de quando Tyanna o mandou para a Patrulha Da Noite.
Ele era novo, bem menor que Olly.
-Eu não quero ir, eu quero ficar com vocês! - Ele chorou.
-Meu querido, eu já te expliquei, já sabem o meu nome e que fugi com vocês de Porto Real, estão procurando uma mulher chamada Tyanna com duas crianças loiras em todos os lugares. A Patrulha vai deixar você inalcançável para o poder daquele homem maligno. Você acha que se sua irmã fosse um homem eu não a mandaria também?
Tyanna o abraçou.
-Meu menino, você sabe a sorte que tem por ter nascido homem? As coisas vão ser extremamente piores para a sua irmã. Você vai sofrer bem menos do que ela.
-Eu vou crescer, eu vou proteger vocês!
-Não da riqueza daquele homem, meu querido. Nós não temos como nos defender.
-Por que o nosso pai quer nos matar?
-Por que sua mãe... Sua mãe era uma mulher muito... Única... E ele não podia deixar os filhos dela por aí. Vocês são... Especiais.
-Tomara que esse homem mal morra! - falou ele, com revolta.
-Felizmente ele não é eterno.
Ela chamou seu cliente, que aceitou uma noite entre suas pernas de graça em troca de levar Tarbeck em segurança até a Muralha.
Antes que ele fosse, sua irmã lhe deu sua única boneca de presente.
-Não se esqueça de mim.
-Nunca, eu juro!
O homem, impaciente para fazer a sua viagem, o puxou.
Tyanna e sua irmã o olhavam se afastar, com lágrimas nos olhos.
E foi assim que ele chegou ali.
Tarbeck olhou para a boneca mais uma vez.
Sua irmã estaria bem? Estaria viva? Como ela deve estar agora? Será que passa fome? Ou frio? Tyanna está com ela?
-Como eu queria te ver de novo!

A Leoa RenegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora