REYNE E TARBECK- O reencontro

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Jon, com constrangimento, ficou quieto diante da ousadia de Reyne

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Jon, com constrangimento, ficou quieto diante da ousadia de Reyne. 
Nunca pensou que levaria um tapa tão estalado no traseiro. A mão de Reyne fez até um barulho alto. Jon apostava que sua bunda tinha uma marca vermelha em formato de mão bem desenhada.
–Eu vou te apresentar a minha irmã Sansa e explicar para ela o que aconteceu com Arya.
–Tudo bem.
"Por que eu fiz isso? Tá bom que a bunda dele é bonita mas nunca bati no traseiro de alguém antes!", ela pensou.
Depois de se reunir com a irmã ruiva de Arya, Jon saiu para se reunir com alguns de seus soldados.
Reyne percebeu que ela estava triste e olhando para o horizonte e largou o copo de cerveja que bebia.
–O que houve?
–Eu posso ter cometido um erro. Mas eu também posso ter salvado todos nós.
–Se me contar o que houve não vou sair espalhando.
–Eu mandei uma carta para Petyr Baelish, e pedi sua ajuda na batalha. Eles devem chegar bem na hora da luta.
–Mas isso não é bom?
–Ele vai querer algo em troca. -Sansa disse, arrepiando-se, enojada.
–E teme que esse algo seja você?
–Baelish era... Obcecado pela minha mãe e eu sou praticamente igual a ela quando era mais nova.
Dessa vez Reyne foi quem se arrepiou.
–O sujeito é obcecado por você por que é parecida com a mulher que ele queria? Que coisa esquisita e assustadora! É uma coisa quase tão estranha quanto... Sei lá, é quase um incesto! Que nojo!
–Me entende agora?
–Você é minha aliada. Vou pensar em alguma coisa. Se ele passar da linha mato ele.
Sansa ficou assustada.
–Ele é um Lord! Você é plebéia! Se você for pega...
–Eu tenho meus truques. Não tema por mim.
Reyne se lembrou do treinamento quase mortal que recebeu dos Homens Sem Rosto.
–Eu posso dar meu jeito.
Uma dúvida passou pela sua mente.
–Sansa, qual a diferença entre ser plebeu e bastardo de um nobre?
–Bem, embora um bastardo não tenha direito de herdar nada ele está bem acima se um plebeu, pois ainda tem sangue nobre. A lei o coloca acima de qualquer pessoa sem nome ou sangue azul.
"Então o que eu sou? Reyne Waters?"
–Com licença, o Jon pediu para chamar a nova convidada e...
Tarbeck olhou para ela atordoado.
Reyne paralisou, sem acreditar no que via.
–Tarbeck? -ela conseguiu pronunciar depois de alguns segundos.
–Reyne? É você Reyne?
Ela sentiu os olhos arderem, como se queimassem de dentro para fora. Sabia que não aguentaria segurar as lágrimas desta vez.
Ela nunca chorava. Nem mesmo quando foi maltratada, machucada, ou presa. As únicas vezes em que chorava era nas crises de choro histérico que vinham em momentos aleatórios, o que a constrangia em público.
Mas agora sentia que as suas emoções por tanto tempo represadas ameaçavam transbordar de vez para fora do seu peito.
As lágrimas se formavam, incontroláveis.
Tarbeck estava em estado igual.
Sem pensar, puxou do bolso a boneca velha que sempre trazia consigo.
–A minha boneca... Você... Você guardou, você realmente guardou.
–Sempre esteve comigo, não importa onde eu fosse.
Chorando, ela correu até ele e o abraçou com força.
–É realmente você. Você tá aqui.
–Minha irmã... Eu realmente estou com a minha irmã de novo.
Os sentimentos se misturavam em ambos os gêmeos.
Alegria pelo reencontro, a velha ferida da dor da separação, a angústia pelo tempo que demoraram para se reencontrar, a surpresa de ter sido tão de repente.
Eles choravam, sorriam, e não tinham coragem de se separar do abraço.
Finalmente, depois de tantos anos, eles podiam abraçar um ao outro novamente.

A Leoa RenegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora