O rei e a rainha do Norte

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A chegada ao Norte da agora família real foi surpreendida pelas árvores coloridas e cheias de frutos

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A chegada ao Norte da agora família real foi surpreendida pelas árvores coloridas e cheias de frutos.
–As sementes do inverno floresceram!
Sansa correu e pegou uma fruta. 
Animada, a mordeu.
–Isso é delicioso! Prove!
Jon e Reyne pegaram frutas e o sabor era realmente doce e diferente.
-É realmente muito bom.
Sansa caiu de joelhos, com lágrimas de felicidade.
–O Norte livre. E sem temer a fome que acontece no inverno. Isso é um sonho? Eu vou acordar no meu quarto e me decepcionar?
–Acabou a dor, Sansa. Está na hora de ser feliz depois de tudo o que passamos.
–Eu não posso acreditar que finalmente não há nada a temer!
Quando chegaram em Winterfell Chiony e Fantasma foram os primeiros a correr para o pátio, transmitindo a alegria de seus donos.
Para a surpresa de todos Chiony fez um barulho alto e começou a cuspir gelo no chão.
–O que ela está fazendo? -perguntou Jon confuso.
–Não sei, parece até um... Trono?
E realmente ela fez uma escultura em formato de trono.
Do lado deste, ela repetiu o mesmo processo.
–Tronos de gelo para os reis do inverno e da neve. Me soa apropriado.
Jon e Reyne sentaram nos dois.
O povo se ajoelhou e os soldados tiraram as espadas das bainhas.
–O rei e a rainha do Norte!
"O rei e a rainha do Norte" foi uma frase gritada por muito tempo.
Aquele dia seria contado com nostalgia por aqueles que estavam lá observando os jovens e belos rei e rainha para os seus filhos e netos.

(...)

A reconstrução do Norte foi lenta, mas bem efetiva.
Primeiro, Jon teve a ideia de reservar uma parte das frutas de inverno para vender para os outros reinos. E por incrível que pareça a ideia de Jon deu certo. O sabor exótico das frutas foi conquistando as pessoas e por fim até para o continente de Essos passaram a vender.
O

gelo de Chiony acabou sendo vendido por ideia de Reyne e também fez sucesso, já que era um gelo que nunca derretia.
Além de congelar bem qualquer alimento e manter a água fresca, as esculturas de gelo de Chiony também ficaram famosas, já que ela conseguia fazer belas figuras de gelo bem no formato que Reyne decidisse.
O "gelo de dragão" ficou famoso pelo mundo todo, junto das frutas que só cresciam no Norte e tinham um sabor único.
Com isso, o Norte foi fortalecendo sua economia. 
Já do lado sul, Daenerys, Bran e Tyrion também conseguiam recuperar o reino do amplo desastre que foi a guerra. Podia-se dizer que desde a morte de Ned Stark não havia paz nos Sete Reinos.
Em poucos meses graças a ajuda e muita cooperação entre o Norte e o Sul a dívida que Cersei fez com o Banco De Ferro foi negociada e uma parte foi paga. Na verdade, a dívida foi bem abatida no preço, graças ao rei Bran, O Quebrado, que depois de uma conversinha com os donos do Banco diminuiu quase a metade do que era devido. Supõe-se que Bran deixou os homens um pouco assustados com os seus poderes, mas ninguém dava certeza dessa história.
Mas seja como for, foi calculado que em cerca de dois anos Westeros se recuperaria dos prejuízos causados totalmente.
Uma notícia animadora.

(...)

–Vossa Graça, tudo bem? 
Reyne não conseguiu falar, a dor que se espalhou pelo seu corpo era excruciante.
S

ansa, vendo a poça aos pés de Reyne, se assusta e chama ajuda.
–Está nascendo! Vamos, me ajudem, e chamem a parteira, o meistre, qualquer um que faça o parto!
Reyne foi levada bem devagar até a cama e foi um alívio poder se deitar, pois a dor ficou ainda maior.
–Faça força, Vossa Graça!
O tempo parecia se arrastar lentamente.
Reyne gritava, chorava, empurrava, mas só depois de horas foi recompensada com o choro do bebê, que finalmente desgarrou de seu corpo.
–É uma princesa, Vossa Graça.
Exausta, ela sorriu.
–Tyanna.
Como a mulher que a criou e sacrificou tudo por ela.
Reyne começou a gritar novamente, a dor voltando com tudo.
–Tem mais um vindo!
O processo começou mais uma vez, ela se contorceu, gritou e por fim sentiu mais uma criança saindo de si.
–É um menino! Um príncipe!
A parteira, feliz, passou o menino para as ajudantes, mas olhou para Reyne preocupada.
–Senhora, tem mais um.
–É o que? Diga que está brincando!
– Tem mais um bebê, realmente.
–Eu vou cortar fora o brinquedo do Jon!
Ela já não tinha forças.
–Empurra senhora, por favor! É arriscado uma gravidez com tantas crianças juntas.
Quando finalmente o último bebê nasceu, ela tombou a cabeça para trás.
–Vossa Graça?
–Reyne! Reyne, acorde!
Jon entrou no quarto correndo ao ouvir o grito desesperado de Sansa.
Enquanto isso, Reyne, envolvida por uma luz, mal enxergava a sua frente.
–Você precisa voltar... Minha irmã.
A voz despertou suas lágrimas.
–Tarbeck?
–Eles precisam de você. Todos eles.
Ela o abraçou, chorando.
–Meu irmão, é tão difícil sem você!
–Eu estou em paz agora, sabendo que você tem uma família e um lar.
–Todos nós estamos em paz, querida.
Ela olhou em direção a voz feminina.
–Tyanna?
–Tenha a vida que merece, Reyne.
Uma menina de cabelos prateados foi até sua direção.
–Eu tudo o que podia para que vocês não sofressem, mas eu falhei.
–Você é... Shaena, nossa mãe?
A menina sorriu.
–Tudo o que queria era ver vocês dois seguros.
–Agora estamos seguros, mãe. Nada mais nos ameaça, seja a mim, ou a ela.
–E por isso agradeço.
–Seja feliz Reyne. Por mim, por Tyanna, pela nossa mãe e por você também. Sua dor tem que ficar para trás minha irmã.
Ela sentia que estava voltando.
–Nós te amamos e queremos ver você feliz, não se esqueça disso.
–Sempre estaremos com você, filha.
–Eu volto... Mas saibam que eu amo a todos vocês.
Ela abriu os olhos e ouviu Jon chorando.
–Jon?
Ele a apertou com alegria.
–Graças! Graças a todos os deuses!
–E os nossos filhos?
–Eles estão todos bem, meu amor.
Ela virou a cabeça, vendo três bebês chorosos no berço ao lado dela.
–Eu quero segurar eles!
–Não se force, eu te ajudo.
Mesmo exausta e com o corpo mole, ela queria ver a carinha deles.
–Essa é a primeira. Tyanna. Como você queria.
A bebê abriu os olhos. Eram verdes, como os dela, embora o cabelo fosse da cor de Jon.
–Esse é o Eddard. O pequeno Ned.
Ela sorriu. Claro que ele jamais deixaria de homenagear o pai de coração, ainda mais quando ela fez o mesmo com a primogênita.
O menino tinha os olhos de Jon, mas o cabelo com certeza era o dela.
–E por fim, a mais nova.
Reyne ficou espantada ao ver um bebê tão marcadamente valiriano.
–Hein?
–Como meu pai era Targaryen e sua mãe também acabamos passando essa aparência para ela.
–Que nome vamos dar para ela?
–Ela é muito Targaryen, por que não um nome Targaryen? Um que seja bom exemplo?
–Como rainha Alyssane, a Boa? 
–Alyssane... Eu gostei.
–Então será esse o nome.
Os sinos tocaram alto aquele dia.
Todo o Norte comentou que nunca foram tão abençoados, e ter duas princesas e um príncipe de uma vez só foi considerado sinal de boa sorte, como se finalmente os deuses estivessem compensando aquele povo tão sofrido por todos os horrores enfrentados.
Festas, banquetes e comemorações pelo nascimento real se espalharam.
A alegria, felicidade e contentamento só aumentavam.
Finalmente, depois de tanta luta, tristeza e sacrifício, havia paz.
A paz que Reyne sempre quis e foi tão difícil de alcançar.
E ela, tão sozinha na vida, agora tinha para si Jon, e Tyanna, e Eddard, e Alyssane.

A Leoa RenegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora