CAPÍTULO SEIS - KATRINA WOODS

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Uma semana depois.

Uma semana. Uma semana. Olívia sanderss acabou de entrar para minha lista negra, não é possível, eu não aguentaria mais um dia.

Uma semana antes.

Abro a porta de casa  encontrando Olívia com Ian no colo, enquanto estava sentada no braço do sofá de frente para a porta com sua bolsa nos braços - provavelmente esperando - me chegar em casa.

— Antes de começar uma longa discussão já te avisarei: O meu pai é um dos cara mais importantes dos EUA uma ligação e nenhuma babá cuidará do seu filho. Você pode ser conhecida, ter dinheiro, mas não chega aos pés dos meus pais, eu sinto muito ter que fazer isso, porém você precisa de um shock de realidade. O tempo de mulher das cavernas, depressiva, amargurada, acabou! - Avisa, ando devagar até o canto da sala tirando os meus sapatos com cuidados.

Olívia levanta duas buchas de cocaína, enquanto segura Ian com uma mão. Travo o meu maxilar por saber que ela mexeu nas minhas gavetas.

— Quem te deu o direito de mexer em minhas coisas? - Pergunto antipática.

Olívia põe Ian no chão dando a ele um chocalho azul.

— Não é sobre isso nossa discussão. - Diz. Respiro fundo jogando minha bolsa no sofá indo para o quarto ao passo que Olívia me siga logo atrás, aparentando estar brava.

— Vou ser direta e reta, você tem duas opções ser presa por drogas  com um menor de idade em sua casa. E perder tudo o que você mais ama fazer na vida, que é falar que: Deus não existe. Ou ir para o retiro da igreja comigo! - Paro no meio do corredor olhando profundamente em seus olhos tentando a intimidar. Olívia cruza os braços não temendo com meu olhar.

— Então quer dizer que cristãos podem ameaçar? Isso não é errado? - Quiz saber irritada, enquanto voltava andar depois de a olhar mais uma vez.

— Errado é usar drogas com uma criança em casa! - Gritou.

— Eu falei para ele ficar com você, mas Olívia, você não quiz! A ideia de não dar ele para. O Ryan foi sua! - Gritei ainda mais alto.

— Mais o filho não é meu ou só de Ryan é sua responsabilidade! - Retrucou brava. Entro no meu closet arrancando com raiva as minhas roupas não importantando com a presença de Olívia.

— Vai a merda! O leve daqui! Eu não vou na sua maldita igreja! - Nego veaamente. Olívia joga cabelos pra trás depois volta agarrar o corpo encarando - me.

— Então está bem, eu não tenho coragem de te denunciar Katrina. Mas eu não vou cuidar do Ian, mesmo que isso doa - me. Chega de se fazer de vítima, chega de viver presa no passado ou de odiar tudo e todos. Eu não vou ser cúmplice das suas tolices! Eu não vou deixar nenhuma babá se quer pisar aqui. E nem pense em falar dele para o Ryan, você vai cuidar dele ou ir no retiro da igreja é três dias vai ser na sexta -  feira  ás seis e meia da tarde todos iram com o mesmo ônibus, esteja na igreja neste horário se não desista de dar suas aulas. Vai ser interessante ver Katrina Woods dar uma bosta de aula: Deus não existe e cuidar de uma criança de dez meses e meio! - Terminou  de falar e saiu posando duro.

Bufo, tomo um leve susto pulando quando ouço o som da porta batendo e Ian começar a armar um escândalo.

Eu não irei ceder.

Como se faz um mamar?

                       •••

Uma semana se passou e eu não consegui corrigir relatórios, dar minhas aulas, ir para academia ou qualquer coisa sem ser limpar cocô de uma criança. Como alguém tão pequeno faz tanta merda? Eu seria incapaz de levar isto adiante.

E outra não seria tão difícil participar de um culto por três dias pensando bem eu precisava rir um pouco, e porque não rir de uns otários que acreditam em um Deus. Eu não posso temer algo que não existe, então passarmos três dias com Olívia e sua igrejinha sardenta não colocaria a ciência a prova, até porque sabemos que a ciência é o que se pode explicar tudo e todos.

E caso viesse a ver algo de muito ridículo meus dois doutorados seriam esfregado em qualquer um naquele local. 

Olho para o relógio e vejo que são 18h:15min. Ponho mais uma razoável quantidade de fraldas nas bolsas verde de bebê de Ian.

                   — Que o senhor tenha misericórdia!

                         •••

Higienizo o local em que irei sentar com meu álcool se tenta de mãos em seguida jogo álcool nas minhas mãos. Olho pra Olívia que ria de mim, faço uma careta e jogo álcool nas mãos de Ian.

— Katrina tudo aqui é limpo. Está com medo de sentar e pegar o espírito santo? - Brincou. Revirei os olhos com sua piada de quinta categoria.

— Não, vocês crentes confiam tanto em Deus, só que esquecem que o mesmo diz em sua palavra: Orai e vigiai, ou seja o seu Deus te protege, mas não é por isso que deve ser irresponsável. - Explico sática estendo os meus braços para pegar Ian.

Ela olha - me e então dar  Ian.

— Ah, qual foi! Eu conheço esse olhar, é só hora dele mamar. _ Digo revirando os olhos mais uma vez sem paciência.

Ela não me responde, pois alguém manda as pessoas fazerem silêncio.

— Pessoal por favor silêncio para orar! - O falatório chega ao fim e quando dou uma chegada para o lado direito para ver quem é o dono da voz encontro Josh Palmer.

Viro o rosto rapidamente para Olívia que já estava com os olhos fechados.

— Porque não disse que essa é a mesma igreja dos pais de Ryan? - Pergunto burrecida.

— Você nunca perguntou... Feche os olhos! - Devolveu sussurrando.

— Senhor entramos na sua presença pedindo perdão pelos nossos erros e falhas. Obrigado pelas nossas vidas, nosso fôlego e nossas famílias. Peço que o senhor venha abençoar essa viagem e que não voltemos da mesma forma, não permita que iremos e saímos do mesmo jeito. Livra - nos de todo o mal, homem sanguinário e a raiva do mal sobre nossas vidas. Põe os teus anjos nessa viagem, leva- nos e nos traga em nome do seu filho amado Jesus Cristo, amém graças a Deus! - Josh finalmente termina o falatório e povo começa a cantar ou tentar cantar alto.

— Eu não suportarei uma noite!

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