Bárbara cap 13●

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Esgotada, e a palavra que me define, emocionalmente e fisicamente no meu limite, até quando vou ter que conviver com esse tipo de gente e lutar pra defender a mim mesma, de situações que eu não precisaria me defender se existisse um pingo de bom senso.

Após colocar o Dess pra dormi, abreviação de desconhecido, não da pra ele não ter pelo menos um apelido. estou de baixo do chuveiro tirando qualquer resquício do cheiro da quele nojento do meu corpo. Já me esfreguei tanto que posso sentir minha pele arder, chorei um pouco a alguns momentos, tudo foi um susto e tanto, imaginei que ele pudesse tentar algo mas não em público, Matheus não tem escrúpulos, e não tem medo de passar dos limites afinal o dinheiro dos pais cobre todas as cagadas que esse filho da mãe faz. Terminei meu banho a pouco, ainda sinto minha pele arder, estou sentada no sofá olhando pro nada Só de roupão, pensando em oque mais falta pra acontecer? Não que eu esteja lhe desafiando Deus, juro juradinho que é só uma pergunta.

Me arrasto pro meu quarto com Toda a dificuldade do mundo afinal já é bem tarde e meu corpo pede cama.

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Não me lembro em que momento da noite eu apaguei, mas da pra saber que já é tarde pelos flash de luz que passam pelas cortinas e o calor que está, olho meu relógio de cabeceira onze e quarenta da manhã. A casa ainda esta silenciosa significa que o Dess ainda não acordou, vou saindo do meu quarto mexendo em meu celular verificando algumas mensagens no WhatsApp e notificações do Facebook.
Quando esbarro com algo bem alto e duro e caio de bunda no chão, começo olhando pelos pés e vou subindo, até que vejo o algo duro que eu bati, e bota duro nisso, qui qui isso meu povo bom dia.

- bom dia.
Acho que encarei de mas, o Homem está tapando os documentos com ambas as mãos me sorrindo sem graças.

- bom dia dess.
Ele me estende a mão me ajudando a levantar, puta merda minha bunda.

-Dess?
Ele pergunta, arqueando uma sobrancelha pra mim.

- é, sabe Dess de desconhecido.
Dou risada da minha própria ideia de apelido, ele fica me encarando até que por fim da um meio sorriso.

-então, oque vamos fazer hoje?
Ele me pergunta sentado na banqueta da cozinha enquanto eu preparo um café.

-procurar sua cara na internet, não é possível que você não esteja por lá, alguém deve estar te procurando.
Falo tentando domar meu cabelo no alto da minha cabeça com um coque, e der repente o silêncio estranho pairou sobre nós.
Decidir não falar mais nada, deixo a cafeteira fazer o trabalho, e fui em busca do resto das coisas pra tomar um café da manhã
Terminamos o café, me sentei na mesa da cozinha com meu notebook.

- vamos lá, deve haver alguma matéria falando sobre alguém desaparecido, da um sorriso.
Aponto a câmera do notebook para ele, que permanece sério olhando pro computador, credo sabe nem brinca.
Uso o aplicativo de busca com a foto dele, é estranhamente não acho nada, NADA. Mas como assim? Alguém tinha que pelo menos dar falta dele, pelas roupas que vestia não parecia ser um Zé ninguém, ou alguém sem família.
Continuo fuçando, procurando matérias que falam sobre Homens por volta dos 30 anos desaparecidos, acho várias matéria e nenhuma das fotos e ele, começo a me sentir frustrada, afinal ele está do meu lado olhando com tanta esperança pelo computador, o mais estranho é não achar nenhum vestígio dele, pessoas sempre tem qualquer foto que seja jogada na rede e o Google acha, ele parece não ter vida social, ou parece ter sido apagado do sistema, sei lá.

-Nada Dess não encontrei nada, você parece ter sido apagado da internet, sem fotos ou artigos de procurado falando sobre você.
Falo chateada, já que mais uma vez eu não pude ajudar em nada.

- tudo bem, barbara, vamos achar minha família em algum momento.
Tão fofineos, da vontade de aperta.

- nós vamos pensar em alguma coisa.
Me levanto da mesa indo pro sofá.. Passo vários minutos olhando pra tela da TV desligada, quando por fim decido por música e ir limpa tudo, organizar minha casa e minhas ideias... e estranho mas colocando minhas coisas no lugar eu consigo pensar melhor no que fazer.

você tirou a minha pazOnde histórias criam vida. Descubra agora