Marcinha passou a manhã toa inquieta e preocupada com a ausência de Helena. Não teria aulas com ela, mas o fato de não poder vê-la a deixara chateada. Pensou mil coisas que pudesse ter acontecido, sendo tranquilizada por Santana que comentou que os horários de Helena eram flexíveis e que nem todas as manhãs teriam a presença da tão adorável professora.
Como tinha o contato de Helena ficou pensando se deveria ligar ou mandar uma mensagem, porém temia ser invasiva. Não tinham intimidade o suficiente para trocarem mensagens feito duas comadres. O jeito era se conformar e esperar para encontrá-la no dia seguinte, durante a aula.
Rodrigo vendo a irmã quieta a convidou para darem uma volta de moto pela orla e se sentar na praia para conversar, o que ela aceitou de imediato.
Mesmo com temperamentos tão diferentes, os dois se davam muito bem, aconselhavam um ao outro sempre e ele não media esforços em querer proteger sua irmãzinha. Sempre dizia se algum rapaz a fizesse sofrer, deveria também aguentar as consequências e que não hesitaria em dar uns bons sopapos no sujeito.
Durante toda a conversa Rodrigo percebera que a irmã tocava muito no nome da professora e que seus olhos brilhavam, a expressão ficava diferente. Ele fora percebendo que talvez sua irmã pudesse estar apaixonada e sabia que tanto o pai como a avó eram conservadores demais e jamais aprovariam o fato dela se envolver com uma mulher, ao contrário dele que só desejava que fosse feliz e que estaria pronto para ouvi-la.
RODRIGO -Do jeito que fala dessa tal Helena, ela deve ser um máximo mesmo. Gostaria muito de conhecê-la.
MARCINHA -Maninho, você iria amá-la, alias é impossível alguém não gostar daquela professora. Ela e sempre carinhosa, tem as palavras certas, fora que é divertida, inteligente, muito bonita.
RODRIGO -Má, estive pensando, depois que a mamãe morreu, não sei se quero continuar morando em São Paulo, só que não quero morar com o papai, nossa convivência é complicada, somos extremamente incompatíveis, ele não me entende e não consigo perdoá-lo do que fez, sem contar que em pouco tempo ele vai querer levar aquela mulherzinha pra casa e isso não vou aceitar.
MARCINHA -Oh meu irmão, seria tão importante se você e o papai se entendessem! Os dois são muito orgulhosos e cabeças-duras, mas me diz o que tem em mente?
RODRIGO -Estive pensando em alugar um flat só para mim, com a herança da mamãe posso viver muito bem, não uma vida de luxo, mas também não passarei fome. Só que pensei que de repente poderia trabalhar lá como professor de teatro o que acha?
MARCINHA -Nossa maninho vou amar! Que orgulho, meu irmão professor da Ribeiro Alves, mas olha só, fique o senhor sabendo que mesmo sendo muito boazinha, quietinha não facilitarei se alguma garota assanhada ficar dando em cima de você ouviu!
RODRIGO -Meu Deus, que maninha mais ciumenta! – debochou, fazendo-lhe cócegas e então ela se levantou e correu dele, que foi em seu encalço. Para recuperarem o fôlego, foram de mãos dadas até o mar, se deixando levar pela massagem gostosa que as ondas faziam nos pés e de repente alguém puxa Marcinha pela camiseta.
LUCAS -Oi amiga, lembra de mim? – perguntou o garoto todo sorridente,
RODRIGO -Quem é esse garotão bonito Marcinha? – perguntou curioso, ao mesmo tempo simpático com o menino
MARCINHA -Esse é o Lucas, filho da professora Helena. Oi Lu, tudo bem? Cadê a mamãe? Não está sozinho aqui não né? – Perguntou num misto de preocupação e ansiedade em ver Helena.
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UMA NOVA PAIXÃO
FanfictionSerá que pode dar certo um amor jovem e um amor maduro? Quantas barreiras são preciso atravessar para se viver um grande amor? Marcinha, aos 18 anos nunca encontrara alguém que ocupasse um lugar especial em seu coração, que fosse digno de sua atençã...