Capítulo 51

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OOOOOOOOOOOOOOIIIIIIIIIIIIIIIIEEEEE AMADAAAAAAAAAAAAAAAAASSS

QUANTO TEMPO NÉ!!!!!

GENTE LINDAAAAAAA QUE ESTAVA COM SAUDADES DESSA FIC É O SEGUINTE:

Escrevi o tão esperado, aguardado e desejado capítulo 53, porém em virtude do mesmo precisei fazer algumas alterações nos capítulos 51 e 52, então sugiro que releiam para entenderem o contexto dos capítulos seguintes e porque eles ficaram bem melhores.

Um beijo enorme no coraçãozinho de todos.

Encarar Helena após quase uma semana sem ter nenhum tipo de contato com a professora, não seria uma tarefa nada fácil para Marcinha. Ela apenas observava ao longe a diretora conversando com Santana e Raquel e pode notar, apesar da distância o quanto sua amada parecia abatida.

Segurando fortemente em sua mão, Rodrigo a encorajava a entrar no colégio e ser o mais sincera possível sobre o que de fato estava acontecendo e então juntas poderiam tomar a melhor decisão, reforçando que o que Marcinha vinha fazendo, se mantendo tão silente e omissa, não era correto com Helena.

Convencida por ele, a jovem desceu da moto e logo suas melhores amigas, Clara e Rafaela foram saudá-la e juntas caminhavam em direção a sala da direção, a passos lentos, enquanto as amigas ouviam Marcinha contar resumidamente o que havia acontecido e como vinha se sentindo e não perceberam que eram observadas por Paula, que tomada de cólera não perdeu a oportunidade de provocar.

PAULINHA - Então é isso mesmo Marcinha, agora você se bandeou de vez para o lado dessas duas sapatonas.

MARCINHA - Dá um tempo Paulinha, pois não estou com a menor paciência para as suas provocações! - reagiu, num tom de desânimo, por não se sentir em condições de responder à altura.

RAFAELA - Garota, você não se cansa de ser assim tão amarga? Será que não se deu conta que ninguém mais te tolera com esse seu preconceito ridículo?

CLARA - Vê se se enxerga garota, olha ao eu entorno e perceba o papel ridículo que está fazendo e que não tem ninguém ao seu lado, que está completamente só, já que a única amiga que realmente gosta de ti, você faz questão de magoar com esses seus delírios?

PAULINHA - Delírios? Ha...ha...ha... faz-me rir sua idiota. - debochou batendo palmas, se aproximando ainda mais das garotas - Você e a sua namoridinha tanto fizeram que acabaram arrastando a tonta da Marcinha, para o outro lado do arco-íris. Imagina que vergonha para um médico tão renomado quanto o Dr. César Andrade de Melo ter uma filha invertida, que cola velcro, que faz safadezas com outras mulheres e para estarem sempre juntas aposto que agora são um trisal. - Vociferou para que todos ouvissem, deixando a herdeira dos Andrade de Melo bastante constrangida e com uma raiva imensa

MARCINHA - PAULA CALA ESSA SUA BOCA, ANTES QUE EU ENFIE A MÃO NO MEIO DA SUA CARA

RAFAELA - Vamos embora amiga. Não vale a pena sujar suas mãos com esse tipo de gente de cabeça tão pequena.

PAULINHA - OLHA ELAAAAA...Bancando a machinho, me ameaçando em alto e bom som. É bem típico mesmo dessas pessoas que não aguentam ouvir a verdade e logo querem partir para a ignorância. Vem me bater fanchinha, não tenho medo de uma sapatãozinha em miniatura.

Em meio a tantos insultos e provocações, em meio ao caos que se transformou a sua vida, Marcinha não viu mais nada além de Paula em sua frente e sem que qualquer um pudesse esperar, tomada por uma força que nem ela sabia que tinha, deu um soco tão forte na cara da outra a ponto de fazer sua boca sangrar e antes que Paula tivesse a chance de revidar, Marcinha a segurou pela gola da camisa a empurrando contra a parede, demonstrando todo o seu ódio no olhar.

MARCINHA - Nunca mais em sua vida, se atreva a abrir essa sua boca imunda para dizer qualquer coisa contra mim ou contra as meninas. Se ousar destilar esse teu veneno contra qualquer uma de nós, dou um jeito pessoalmente para que seja expulsa do ERA e tenho certeza que não é o que gostaria, ter que se matricular em um colégio público, ainda mais quando estamos no final do ensino médio. Feliz foi a tua mãe de ter ido embora a tempo e não ter que conviver com uma filha tão odiosa como você. Sinto pena do Oswaldo, um homem tão legal, honesto, íntegro, ter que carregar uma cruz dessas nas costas.

Paula não conseguia acreditar que aquelas tão duras e cruéis palavras estivessem saindo da boca de Marcinha. Qualquer um poderia lhe dizer aquilo, menos ela por quem sentia tanto apresso. Márcia a feriu onde mais doía, cutucou a ferida que ainda tão latente e ouvir tudo aquilo foi muito mais devastador do que o soco que levou. Se sentia destruída, aniquilada, sem a menor condição de um revide. Mais do que sua boca, sua alma sangrava e para derrota-la de vez, olhou ao seu entorno, enquanto caia lentamente que ninguém, absolutamente ninguém foi tirá-la daquele cenário tão humilhante, nenhum colega a acolheu e então sentiu o impacto do chão, onde permaneceu por alguns minutos em posição fetal.

Todos olhavam para a cena atônitos. Ninguém poderia jamais imaginar que a frágil e dócil Marcinha fosse capaz de calar a boca de Paula e enfrentá-la daquela maneira. Os alunos firam estáticos por segundos, principalmente por notarem a derrota estampado na cara de Paulinha, que sempre demonstrou ser uma garota inatingível.

Márcia olhava para a colega naquela condição tão degradante, mas aquilo não foi o suficiente para comovê-la, uma vez que a sua dor também era imensa e num rompante, se afastou, lhe dando as costas pedindo para as amigas para que saíssem dali.

Juntas, Clara, Rafaela e Marcinha foram para o anfiteatro, mas Rafaela disse as amigas para irem na frente e então disfarçadamente, em um ato de compaixão, levantou Paulinha do chão e a encaminhou para a sala da Coordenação, onde a jovem fora atendida por Pilar, pois Santana estava em sala de aula, dizendo que depois daria detalhes do ocorrido, mas naquele momento precisava socorrer outra amiga, indo às pressas se juntas as outras meninas.

Longe de tantos olhares Marcinha, chorava copiosamente, transtornada com tudo o que vinha lhe acontecendo e para piorar, pouco tempo depois Helena fora ao seu encontro, querendo uma explicação sobre o ocorrido e para seu espanto ouviu o que nunca imaginou ouvir.

MARCINHA - EU QUERO DISTÂNCIA DE VOCÊ HELENA! TODA A TRAGÉDIA QUE ESTÁ ACONTECENDO EM MINHA VIDA É CULPA SUA.

Rafaela e Clara ao perceberem a gravidade da situação, deixaram as duas sozinhas, fechando a porta para que ninguém as incomodasse.

Mesmo machucada com aquela acusação tão dilacerante, Helena a envolveu em seus braços, o que em princípio a outra resistiu até se entregar, se render naquele abraço tão acolhedor, mas infelizmente não pode ficar por muito tempo, para não despertar a atenção de ninguém, combinando de se encontrarem na casa da professora para que pudessem então conversar.

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