"Você nunca chegará no próximo capítulo da sua vida se continuar relendo o anterior."
Como podia Bruno fazer isso diversas vezes e não se cansar de brincar com o meu coração? Depois de chegar na sua casa com Beatriz, lá estava ele no sofá da sua casa com aquela garota do restaurante Maria Luíza. Estavam agarrados como um casal, e fingi ignorar com toda minha força.
Beatriz insistiu que queria passar o dia com seu papai, e era difícil negar alguma coisa a ela. Bruno também insistiu para que ela ficasse e deixei a mesma lá e sai o mais rápido que pude. Só de imaginar as coisas que ele e aquela garota faziam, o meu sangue fervia, o pior é que não podia fazer nada.
Então todos aqueles dias que havia passado com angústia, medo de que algo pudesse ter acontecido com ele, Bruno estava lá com outra, desfrutando de seu amor. Estava cansada, não queria mais aquilo para a minha vida. Resolvi que daquele dia em diante, seria indiferente com ele. Não sentiria mais a sua falta, mesmo que isso doesse um pouco, quer dizer, muito, teria que esquece-lo e colocar um ponto final nessa nossa história.
- Você já pensou como vai ser o nome do nosso menininho? - Gustavo perguntou, passando a mão na minha barriga.
- Estou em dúvida, tenho que fazer umas pesquisas, me ajuda? - perguntei.
- Enzo é um nome legal. - Gustavo sugeriu.
- Eu gosto, é diferente. - respondi.
Estava escolhido o nome do meu segundo filho. Enzo. Significa "senhor do lar", "príncipe do lar", "o que vence", "vencedor". E era isso que ele era pra mim, meu príncipe, o homem da casa. Que me encheria de orgulho.
Dava para imaginar? Faltava apenas 2 semanas para meu menino nascer. Desde então não havia falado com Bruno. Normalmente eu e Gustavo levava Bia em sua casa, para passar o dia com ele, mas era Gustavo quem a deixava em casa. Beatriz me contava sempre o que fazia e o quanto Maria era legal com ela, o que me deixava calma a certo ponto.
- Mamãe, é hoje? - ela perguntou, entrando no carro, enquanto buscávamos ela da casa de Bruno.
- O que princesa? - perguntei.
- Que o Enzo vai chega? - ela continuou.
- Não filha, por que? - perguntei.
- O papai perguntou, mas falou que é segredo. - disse rindo.
Pelo menos era bom saber que ele se importava com o filho e queria saber ao menos quando ele iria nascer. Fiquei em dúvida se ele iria ou não aparecer no dia do nascimento, mas tendo Gustavo por perto, não fazia mais tanta diferença.
Estávamos em casa e Gustavo resolveu pedir pizza, como uma despedida até o dia de eu voltar da maternidade. Enquanto esperávamos, dei um banho na Beatriz que me contava os detalhes do seu dia. Contando que os três tomaram banho de piscina, e que Bruno fazia cara feia quando Maria se aproximava.
- Papai disse que tem saudade. - ela falou baixinho.
- Daqui de casa? - perguntei.
- Da mamãe. - ela falou com os olhinhos brilhando.
- Eu também tenho saudade do seu papai. - falei, sorrindo para ela.
Depois de arrumar ela com um pijama comprido, voltamos para sala onde, a pizza estava na mesa de centro, na frente da tv. Havia dois copos, e o copinho de plástico da Bia, nos sentamos em volta da pizza e começamos a comer.
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Quando O Imprevisto Acontece
RomanceNão é nada fácil ser a irmã caçula, muito menos quando seus pais nunca estão em casa para te dar atenção. Você passa a fazer coisas das quais não é experiente e alguma dessas coisas acaba dando errado. Essa é a vida que Manoela leva, 17 anos, quase...