48: Tortura

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Ela só queria que tudo isso terminasse, que o tormento que habitava na vida de sua princesa acabasse e a pequena princesa indefesa pudesse enfim viver em paz.
Mas a cada dia que passava, para a pobrezinha era mais torturante, ver alguém que ela amava incondicionalmente se afundando no poço do desespero por motivos que nem ela mesma conhecia.
A bela princesa já estava esgotada, tudo o que ela queria era se ver livre de tudo isso por apenas um minuto e nesse único minuto que ela tinha, ela corria em direção a proteção do abraço de sua salvadora, que apesar de estar sempre ao seu lado, se sentia totalmente inútil, por não conseguir oferecer a paz que princesa tanto desejava.
A cada ida, uma decepção, a cada volta uma certeza. Certeza tal que, a inocente princesa tinha de que nada mais ela sabia.
Torturas de uma vida solitária, trancada dentro de uma torre. Vivendo perdida se si mesma, a princesa já não via mais esperança para um dia melhor. Mas sua salvadora, com as poucas forças que lhe restavam, deixava suas dores de lado para ser o abrigo que a princesa precisava.
A cada beijo, a cada carícia, uma promessa concreta. A cada troca de olhares, um pedido de socorro. E as lágrimas escorria em seu rosto, machucando como se a cada queda fossem milhões de giletes dilacerando seu rosto.
Secaram as lágrimas, a princesa tentava fingir que estava tudo bem, mas não, não estava. Ela sabia disso, mas para não preocupar aquela que por alguns momentos era sua salvação, tentava ser forte e se convencer que tudo iria passar, e ela viveria em paz.
Até que, vendo o sofrimento da princesa, a salvadora a levou daquela torre maldita e mostrou-lhe que nada do que acontecia era sua culpa e que a partir daquele momento nada mais te torturaria, nem tiraria sua paz.

A garota que suspirava poemasOnde histórias criam vida. Descubra agora