🏩Doutora ruiva 🏩Embora o relógio que conta as horas tivesse dando a impressão que estava parado para nós naquele momento, não tinha como ficamos abraçados eternamente. As vozes da multidão foi o que nos despertou daquele congelamento e nos fez desfazer o abraço. Eu estou acanhado para encarar a platéia que assistia cena com aplausos e assobios , todavia era inadiável. Vou vagarosamente olhando para cada um como se meu olho fosse praticamente a ponta de um compasso, que realiza circunferência em torno do ponto fixo. No meu caso, meu ponto central é Jolie, pois foi aqueles olhos verdes que capturou minha atenção. Sua expressão singela transferi paz para minha pessoa.
A figura materna do moço socorrido se aproxima de nós com os seus olhos afogados por lágrimas e seu rosto banhado pelas mesmas. Acho que a possibilidade da perda do seu filho aterrorizou-la. Mas é muito compreensível , uma vez que, qual genitora quer sentir a dor da morte de seu fruto diante de seus olhos?Ela avança com suas mãos trêmulas, nos olha com um olhar de gratidão.
Sorrir ou chorar ? Bem ... Não é uma escolha. Em seu estado é impossível decretar uma única ação para seu coração obedecer-la. Logo, ela executa ambas reações a tudo que viveu. Vendo ela nessas circunstâncias faltam palavras para ampara-la.
_Está tudo bem agora. Já passou. _tento consola-la.
_Isso mesmo. Seu filho não corre mais risco de vida. _ Jolie ressalta minha afirmação.
_Mas tudo isso foi possível, primeiramente graças ao Senhor e segundo à você, doutora. Merci monsieur! (Agradecimento mais formal).
_Não foi nada demais. Eu somente fiz o que tinha que fazer para salvar o rapaz. Afinal, foi para isso que me formei em medicina. _ diz a ruiva empoderada da crença de seus ideais.
A mulher comovida a aperta em um abraço. Por eu ser um espectador deste episódio, sinto-me premiado pelo Senhor.
_Que Deus abençoe o casal. _ a senhora se despede com esta última frase.
Naquela situação eu somente desejava ser um avestruz para enfiar a cabeça de baixo da terra. Fiquei com as bochechas com a temperatura elevada. Jolie colocou uma mão na boca para encobrir o riso.
No intuito de esquivamos do contexto embaraçoso, o qual teve esse efeito colateral devido ao comentário não creditavel e um pouco inoportuno, fomos até o caixa pagar a conta.
_ Como posso ajuda-los? _ perguntou a atendente.
Expomos que o assunto é referente ao consumo feito no estabelecimento. A funcionária faz a nota do valor e nos informa a quantia._Certo. Eu irei efetuar o pagamento. _ anuncio tirando a carteira do bolso de minha calça jeans.
_Não. Eu pago. _protestou ela empatando-me de dá o dinheiro a moça do caixa.
_Eu te convidei , então a conta é minha. _contra-ataco e as duas observam, porém Jolie não se dá por vencida.
_Não vem com essa , Markus. A conta é minha, eu que determinei o local _refutou.
Uma característica que somente veio a tona agora, é como ela possui uma resistência à opinião do outro, isto é, como ela é cabeça dura._Esta teimosia por acaso é de hereditária?_ questiono concluindo que alguns aspectos são passados de geração para geração.
_E quem disse que sou teimosa? _ disse fingindo uma expressão de quem havia sido caluniada.
Por fim, após tanta relutância mútua chegamos em um consenso. Como nenhuma das partes quis abrir mão da conta, o jeito foi dividir a quantia a ser paga para os dois.
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Sweet Love : um romance em Paris
RomanceEsta obra literária contará a história de um jovem brasileiro e cristão chamado Markus, o qual desacredita na possibilidade de encontrar um amor de verdade. Devido as circunstâncias anteriores que o levaram a isso. Ele apenas vive com o foco nas sua...