🗼 Capítulo VIII 🗼

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💌 Convite - parte I 💌

Em seguida da certeza de que não necessitavam de nenhum auxílio meu ,  sai do estúdio com minha energia abaixo de zero. Fui direto para um restaurante francês com uma espécie de cartão alimentício, a qual é entregado a todos os funcionários da "Christian Fashion". O item foi dado por Jenna para me compensar por ter ultrapassado da minha carga horária. O combinado para hoje seria apenas a metade de um dia. Bater algumas fotos para apresentar o andamento do projeto a diretoria executiva e aos investidores. Nunca ouvi dizer que as pessoas gostam ou tem o hábito de aplicar dinheiro em algo sem futuro. Sendo assim, o material adquirido seria utilizado para um breve exibição entre os líderes para avaliação de tudo.

Nas telinhas do cinema brasileiro há alguns anos atrás chegou animação norte-americana,"ratatouille". Um enredo era e é magnífico. Tanto que até os dias atuais crianças sentam no sofá da sala para embarcar na aventura com o ratinho Remi. Eu seria ré em primeiro grau e pegaria a pena máxima, se hipoteticamente,  assistir esta obra sensacional fosse crime. Mas como não é, eu posso repetir quantas vezes eu quiser para apreciar esta produção audiovisual maravilhosa.

No bistrô, degustei de uma deliciosa refeição. E não seria nada mais nem nada menos que é a estupenda criação de um ratatouille. Estando em Paris seria um desperdício não experimentar este prato a base de legumes , dentre eles a berinjela e o tomate. Como não era eu que estava a pagar a conta, ousei-me a pedir também a sobremesa. Petit gâteau uma obra de arte muito saborosa.

Apesar disso, foi impossível inibir a saudade de meu feijão com arroz. Visto que , não existe melhor comida do que aquela de nossa terra. Esta dupla atuando em conjunto é imbatível e sem comparação, além de ser muito nutritiva.

Saciado fiquei após comer e repetir duas vezes a sobremesa. O chefe tem sem sombra de dúvidas um dom de divino. 
Voltei para o hotel sem me aborrecer com o GPS, pois aos poucos eu já estou a mapear meu trajeto.

Enfim, no meu quarto desabei. Me joguei na cama como se estivesse a mergulhar em uma piscina. No momento a única coisa que desejo fazer é abraçar meu travesseiro. Com os olhos para teto observo o traço do artista, o qual criou o desenho de uma rosa à desabrochar. Ao contrário dela estou a murchar.  Os sentimentos presentes em sua arte são expostos de uma forma única.

Independente do meu estado de espírito, não posso por tal motivo ser displicente com este talento impressionante, que esse artista possui em suas mãos. Seus traços são finos e delicados, porém com bastante precisão. A flor se assemelha muito com a vitória-régia, uma planta aquática nativa da região da Amazônia. A mesma possui um flor branca, no entanto,  depois de um certo período torna-se rosada. Seja o que for, de algum modo tudo aqui me lembra minha terra natal. Faz tão pouco tempo que firmei meus pés neste território europeu, todavia dá a entender que há anos não retorno ao Brasil. O que está havendo é natural. Ainda não tive coragem de cortar o cordão umbilical.

Estou na situação que eu seria facilmente confundido com um menino que perdeu-se da mãe, e por infelicidade, em um metrô com uma enorme multidão de desconhecidos.

Meu corpo a fadigado da batalha foi tomado pelas correntes do sono. E eu não exprimi nenhuma resistência a respeito disso. Me permitir ser arrastado pelas ondas da sonolência , as quais foram comandas pelo relógio biológico.

4 horas depois...

Paulatinamente vou abrindo meus olhos. Dormi muito mais do que eu previa. Um cochilo já bastaria para recuperar a energia.
Passo a mão esquerda nos olhos e me apoio na cama com a outra. Eu deveria está desfrutando dos meus dias de folga concedidos pelas irmãs Delyon, ao invés disso , estou na cama e esquecendo do tempo.
A pausa de dois dias  foi o período estipulado que o agente de Darlene levará para dá o consentimento à sua agenciada de assinar o contrato.

Sweet Love : um romance em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora