Bônus - Sobre As Águas do Amor

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Essa fanfic é o resultado de um projeto que fizemos no meu grupo de Whatsapp, que era um desafio de criar uma história com base nas lendas do nosso país, em comemoração ao dia nacional do Folclore Brasileiro (22/08)

Espero que Gostem.

Eu não sabia de onde ele havia chegado

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Eu não sabia de onde ele havia chegado. Não sabia seu nome, sua idade, e muito menos quem era. Só sabia que conversamos há quase um mês na ponte onde ficavam os barcos da minha cidade, sempre a noite, quando estava tudo escuro e as estrelas brilhavam no céu.

Na maioria das vezes ele mostrava sua insatisfação com o óleo poluente que era despejado nos rios da floresta, e do desmatamento. Eu concordava, afinal, como Universitário e voluntário de uma ONG que visava reflorestar áreas desmatadas, eu conhecia de perto a situação.

Talvez fosse por isso que aquele homem gostava de conversar comigo. E talvez por isso ele parecia tão atrativo pra mim. Nossos ideais tão parecidos, sua forma de falar tão cordial. Era difícil as vezes me manter concentrado em suas palavras, pois meus olhos se moviam de forma automática para seu olhos verdes brilhantes, seu maxilar barbado e seu sorriso com covinhas de canto.

E ele percebia é claro, pois ria e me retribuía o olhar. Era evidente que existia uma atração mútua, mas por alguma razão nenhum de nós nunca avançou. Eu com certeza por vergonha. Já os motivos dele eram desconhecidos por mim.

Então tive que me contentar com nossas conversas até tarde da noite, logo após sair da faculdade. Era meio perigoso chegar tão tarde em casa, mas eu meio que não me importava. Valia pena o risco, e ele sempre caminhava comigo até a minha casa. Então não tinha tanto o que temer.

Quando recebi a notícia de que iria viajar para outro estado para uma convenção, não perdi tempo e contei a meu amigo a novidade. E eu estava tão animado com isso que só percebi que ele estava quieto quando o olhei com atenção.

— Voltará em quanto tempo? - Perguntou ele.

Engoli em seco. Ele estava claramente chateado, e não parecia querer esconder. 

— Será por apenas uma semana. - Falei. — É importante pra mim.

— Entendo. - Ele falou, mexendo no chapéu branco. Então levantou. — Você é jovem, deve abraçar as oportunidades. 

— Aonde vai? - Perguntei.

— Levar você para casa. - Respondeu.

Olhei o celular e me assustei em constatar que já passava da uma da manhã. As ruas do porto estavam desertas, com exceção dos barqueiros e das prostitutas, que riam bebendo nos bares de beira rio.

Como a universidade ficava no centro da cidade e eu morava em uma comunidade bem longe, meus pais acharam melhor alugar uma pequena casa próximos às dependências da faculdade, pois assim ficaria melhor para mim.

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