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Os pés são exalados


Na batida que sonda as cavernas


Das trevas mais sombrias


A música é tocada


Da doçura que vem chegando aos ouvidos


As turbulências se rompem


Das gritarias dos mortos


A farsa se expande


No velcro que foi rasgado


Para a liberdade das sombras


Na caçada do anoitecer


Onde todos dormem


A seara é roubada


Em um pensamento vago

De um simples desalento


A folha murcha


E o sol para de brilhar


Dos corpos escravizados


No labor dos zumbis


O descanso padece


E a coroa é chegada


Nesse tormento


Da depressão ao suicídio


O riso escarnece


Nas garras das cinzas


A dança é composta


E alma se alegra


Como uma simples


Noite de verão...

Gotas de lágrimasOnde histórias criam vida. Descubra agora