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Anahi

─ Está tudo bem Annie? ─ meu tio perguntou e eu assenti nervosa.

─ Tenho a impressão de que te conheço. ─ Alfonso disse e eu congelei.

─ Talvez do ensino médio, você era jogador do time de futebol do colégio.

─ Como sabe tanto?

─ E-e... eu costumava assistir aos jogos e lembro de você. ─ falei e ele assentiu.

─ Então você está certa, eu realmente joguei no time de futebol.

─ Ótimo! Já se conhecem. ─ meu tio comemorou.

Depois daquele encontro inesperado eu fui para minha sala, tentei evitar Alfonso o resto do dia todo.

Até alguém bater na porta e eu autorizar a entrada.

─ Você! ─ fiquei de pé.

─ Não esperava que eu aparecesse? Seu tio me pediu pra ficar aqui.

─ Aqui comigo?

─ Sim, pelo menos até ele voltar.

─ Tá bom, senta. Fica à vontade. ─ falei nervosa.

─ Então, o que você faz?

─ Eu costumo resolver assuntos importantes para o meu tio.

─ Interessante, agora que sou ajudante dele também vou ficar com essa parte. ─ sorriu.

─ Que legal.

─ Você parece nervosa, tá tudo bem?

─ Claro, por que não estaria?

─ Você me via jogar futebol, provavelmente já andava me observando.

─ Minhas amigas adoravam ver, eu ia com elas pra fazer companhia.

─ Não gosta de futebol? ─ neguei com a cabeça.

─ Uma pena, é bem maneiro.

Aparentemente eu estava nervosa, me sentia da mesma forma de quando eu o via no colégio.

No final da tarde eu já estava com as minhas coisas prontas, já iria voltar pra casa até vê-lo de novo.

─ Você já vai pra casa? ─ ele perguntou.

─ Sim, meu tio te mandou aqui?

─ Não, eu vim por vontade própria. ─ aquilo fez meu coração acelerar.

─ Eu não estou entendendo.

─ Te achei muito engraçada e simpática, seremos bons parceiros.

─ Acredito que sim, mas agora eu tenho que ir. ─ fiz menção de sair e ele veio para minha frente.

─ Até amanhã. ─ ele disse indo embora logo em seguida.

Eu me perguntei várias vezes se era verdade aquilo que estava acontecendo, ele foi tão fofo.

Entrei em meu carro e demorei alguns minutos para ir, fiquei me lembrando a todo instante o exato momento em que nos conhecemos.

Dei um longo suspiro acompanhado de um sorriso e fui para casa.

[...]


Subi para o meu quarto e peguei meu celular, para falar com Dulce Maria minha melhor amiga da vida toda.

─ Amiga, você não sabe o que aconteceu comigo hoje. ─ falei enquanto estávamos em ligação.

─ Tô indo ai, você precisa me contar tudo. ─ ela disse desligando.

Dulce morava bem perto de mim, éramos amigas desde de criança e estudamos juntas durante o ensino médio desde de então nunca mais nos separamos.

─ Cheguei, já pode ir contanto o que aconteceu. ─ sentou ao meu lado.

─ Ok, lembra do meu crush do ensino médio?

─ Sim, aquele que jogava no time de futebol? ─ eu assenti.

─ Ele tá trabalhando na empresa do meu tio, a gente se viu hoje.

─ Meu Deus amiga! Ele continua gato?

─ Mais do que nunca! Ver ele novamente só me deu a certeza de que o que eu sinto por ele ainda não acabou.

─ Então o que você tá esperando amiga? Ele merece conhecer a mulher incrível que você é.

─ Não acho que eu tenha chance.

─ Você nunca vai saber se não tentar, o importante é não criar expectativas.

─ Acha que devo tentar Dul?

─ Óbvio que sim.

Abracei Dulce com força, eu estava alimentando em meu coração a coragem de perguntar sobre os sentimentos dele e ser clara com os meus.

Se o universo conspirar as coisas poderão dar certo!

Diário de uma Paixão (Ponny) Onde histórias criam vida. Descubra agora