03

352 25 0
                                    

Anahi


Fiz toda minha rotinal matinal, acordei cedo tomei banho e me arrumei.

─ Bom dia filha! ─ mamãe disse.

─ Bom dia mãe. ─ sorri.

Sentei com ela na mesa e começamos a comer, tudo ficou em silêncio.

─ Cadê o papai? ─ perguntei.

─ Ele saiu mais cedo.

─ Mãe, eu tô com muito medo do que pode acontecer hoje.

─ O que foi amor?

─ Eu encontrei um garoto que sou apaixonada, lembra o tal ajudando do meu tio? ─ ela assentiu. ─ É ele mãe, Alfonso Herrera.

─ Meu Deus filha, imagino como você tenha ficado.

─ Totalmente sem reação, a Dulce me aconselhou a falar com ele sobre os meus sentimentos. Eu devo?

─ Sinceramente meu amor, se você acha que é o melhor. Por que não fazer? Faça o que seu coração mandar.

─ Meu coração me manda ficar quieta, mas ao mesmo tempo me pede pra tentar.

─ Tente.

─ Eu vou mãe! Espero que dê certo.

─ Vai dar. Escuta, cadê sua irmã?

─ Já estou aqui. ─ Maite disse sentando conosco a mesa.

Tomamos nosso café e em seguida fui com Maite até o colégio, então estacionei para que ela pudesse descer.

─ Eu ouvi o que você e mamãe conversavam.

─ É feio escutar a conversa dos outros.

─ Eu sei, mas eu lembro desse tal Alfonso que você é apaixonada.

─ Isso não importa. ─ olhei para os adolescentes lá fora.

─ Importa sim, posso não ser a melhor irmã do mundo. Mas eu tenho certeza que você precisa tentar, custe o que custar.

─ Por que você me diria isso? Afinal me odeia não é?

─ Eu não te odeio, só acho que a mamãe prefere mais a você do que a mim.

─ Está enganada, ela ama nós duas com a mesma intensidade. O papai também!

─ Eu me sinto totalmente diferente, não é fácil.

─ Você sabe que quando quiser conversar tem uma irmã pra isso, eu jamais vou te julgar. Só quero o seu bem! ─ coloquei a mão sobre seu rosto e ela sorriu.

─ Obrigada, fez eu me sentir mais tranquila.

─ Essa é a intenção. Agora vai lá, eu tenho que ir!

─ Boa sorte com sua declaração de amor. ─ dei risada.

─ Eu nem sei se vou fazer isso.

─ Você irá fazer. ─ ela piscou e saiu do carro.

Por alguns minutos eu fiquei sorrindo sozinha dentro do carro, então decidi voltar e ir para a empresa.

[...]

─ Bom dia! ─ ouvi a voz de Alfonso e gelei.

─ Alfonso? Chegou cedo. ─ falei indo até minha sala e ele veio atrás de mim.

─ Sim, seu tio me pediu. Ele precisa resolver algumas coisas.

─ Ata, podemos conversar?

─ Claro, afinal também quero falar com você. ─ ele disse retirando sua mochila das costas.

Diário de uma Paixão (Ponny) Onde histórias criam vida. Descubra agora