Diário de uma Paixão (Ponny)

07

Anahi

"Teve outro momento do qual Alfonso não se lembrou, eu esqueci de um detalhe ele era muito mulherengo todas as meninas do colégio queriam ficar com ele. Certo dia ele me viu chorando e me abraçou forte, ele não tinha noção de que o motivo das minhas lágrimas era ele, eu estava sofrendo por o amar demais. Eu preciso seguir em frente, mesmo que isso pareça difícil. Tem coisas que são difíceis de lidar,  eu não estava preparada pra enfrentar aquilo e muito menos viver com o coração machucado. Como dói lembrar de tudo o que passei e que agora se repete, a diferença é que estávamos namorando e ele me traiu.
E

u me pergunto, não dei algo suficiente? Entreguei não somente meu corpo, mas sim meu coração. Dizem que os homens nunca estão satisfeitos com o que tem, talvez esse fosse o caso dele."

─ Anahi? ─ ouvi Maite bater na porta com a voz preocupada.

─ Estou aqui. ─ falei enquanto enjugava as lágrimas que caiam.

─ Posso entrar? ─ ela disse me olhando por um pequeno espaço na porta.

─ Claro que pode.

─ O que aconteceu? Mamãe está preocupada.

─ Ele me traiu.

─ O Alfonso?

─ Sim... ─ eu disse e a as lágrimas voltaram a cair.

─ Não acredito irmã, sinto muito.

─ Eu não quero ver ele nunca mais e agora vou fazer o que deveria ter feito há muito tempo.

─ O que?

─ Tirar ele da minha vida e seguir em frente.

─ Vai pra aonde? Porque sinto muito avisar, vocês trabalham no mesmo lugar.

─ Eu vou pedir ao nosso tio férias, vou pra casa da vovó e ficarei por lá durante um tempo. Preciso colocar minha cabeça no lugar.

─ Você que sabe, mas antes fala pra mamãe.

─ Vou sim, mas se o Alfonso perguntar por mim, diz que eu não tô. Inventa qualquer coisa, só não quero que ele venha a trás de mim.

─ Tá bom, mas procura ficar bem tá.

- Tá certo.

Maite saiu do quarto e eu me peguei com uma vontade enorme de chorar.

─ Filha?

─ Oi mãe, desculpa não ter falado naquele momento.

─ O que aconteceu?

─ O Alfonso me traiu. - deixei as lágrimas tomarem conta de mim.

─ Meu Deus, logo ele que parecia um rapaz tão bom e amável com você.

- As aparências enganam né? É o que dizem.

─ Isso é verdade, o que você pretende fazer agora?

─ Vou pra casa da vovó, não quero ter que ver a cara dele no trabalho. Preciso falar pro tio.

─ Eu direi a ele, não se preocupa. Arruma suas coisas e fique ciente de que o tempo vai ter fazer bem!

─ Obrigada mãe! ─ a abracei.

Comecei a pegar algumas roupas para poder arrumar as malas, eu esperava do fundo do meu coração que o tempo iria ser o melhor remédio para superar toda essa dor.