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Anahi

Estavamos de férias e não havia muito o que fazer, eu havia ido para a casa da minha tia com Maite.

Mamãe estava junto, passamos três dias lá curtindo e aproveitando bastante.

─ Vai pra casa filha? ─ minha mãe perguntou assim que me viu arrumando a bolsa.

─ Vou sim mãe, o Alfonso não me atende. ─ falei impaciente.

─ Então vá, depois a gente conversa. ─ eu assenti.

Peguei um taxi e no caminho eu tentava entender por que Alfonso não me atendia e nem respondia minhas mensagens, estávamos bem nesses últimos dias.

Comecei a pensar em várias coisas, até que decidi ir para a casa dele.

[...]

A porta estava escorada, chamei por Alfonso mas ele não respondeu. Decidi entrar e procurar por ele, subi as escadas e ouvi barulhos estranhos.

Cheguei até o quarto dele e coloquei minha mão na fechadura, senti meu peito arder.

Eu tinha medo do que poderia ver naquele quarto, mas decidi abrir à porta mesmo assim.

─ Alfonso? ─ falei com os olhos cheios de lágrimas.

─ Anahi? ─ ele disse se afastando da garota com quem estava.

─ SEU CANALHA! ─ gritei e pude sentir uma lágrima descer pelo meu rosto e rapidamente limpei.

─ Eu posso explicar... ─ ele disse vindo em minha direção.

─ Não precisa me explicar nada seu estúpido, você me traiu e isso não tem perdão! ─ sai rapidamente do quarto e bati a porta, ouvi ele gritar meu nome três vezes.

Eu estava com muita raiva e triste ao mesmo tempo, não conseguia acreditar no que acabei de ver.

Alfonso quase nu ao lado de uma garota que o beijava, ele era meu namorado e havia me traído.

Peguei um taxi na esquina, chegando em casa deixei algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

─ Filha? Por que está chorando? ─ disse minha mãe assim que me viu limpar o rosto e subir correndo pelas escadas.

Entrei no meu quarto, fechei a porta e chorei muito. Meu coração estava despedaçado e eu tentava livrar minha mente da cena horrível que tinha acabado de ver.

Meu primeiro amor, me traiu mesmo depois de ter me entregado de coração para ele.

Ninguém merecia sentir isso que estou sentindo agora, eu estava muito triste e sem forças para encarar o fato.

Fui até minha escrivaninha, peguei uma caneta e um caderno e decidi escrever o que eu estava sentindo nesse momento. O choro foi inevitável, mas escrever iria me fazer bem.

"Querido diário, oito anos depois e volto a escrever aqui. Hoje eu senti a espada adentrar o meu coração e mudar completamente a forma como eu enxergava as coisas dias atrás... eu precisava escrever aqui tudo o que estou sentindo nesse momento, estou pensando em tomar uma decisão que por mais dolorosa que seja, irei tomar."

Diário de uma Paixão (Ponny) Onde histórias criam vida. Descubra agora