Aquele Que Evitei Encontrar

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E mais uma vez o verão estava chegando ao fim e eu estava aproveitando até os últimos segundos na incrível casa do meu Melhor amigo Lee Flynn como fazíamos desde... Sempre. Mas as coisas eram diferentes agora, pois Rachel estava lá, assim como Noah, era fantástico a forma como nossos relacionamentos haviam amadurecido, aprendi de uma forma muito difícil no ano passado, que quando seu melhor amigo está namorando ele precisa de seu espaço, ou você acaba se tornando "Um empaca foda", como Rachel enfatizou, mesmo quando Noah estava fora da cidade eu sabia o momento de deixá-los sozinhos. Eu senti falta da escola na segunda semana após as aulas acabarem, era estranho pensar que não iria voltar para lá quando o verão acabasse, eu teria que entrar para a vida adulta, e puta merda eu não tinha ideia de como isso seria. Troquei muitas mensagens com Noah, algumas mais quentes se é que me entendem e finalmente enviei uma foto Sexy para ele, apaguei antes que ele visse. Após ganhar o concurso de DDM, sempre que Lee e eu íamos para nosso lugar favorito, aparecia alguém pedindo para tirar uma foto comigo, foi estranho no começo, mas me acostumei, só não me acostumaria nunca com um sentimento estranho que sentia toda vez que pisava em uma DDM, mesmo com Lee ao meu lado, faltava algo, sabia que em algum momento eu teria que lidar com isso. Percebi que a Chloe é muito legal e faz bem á Noah, acho que podemos ser amigas, bom pelo menos na maior parte do tempo. Após toda a insegurança que me rondou por meses Noah e eu finalmente estávamos em perfeita sintonia quando ele chegou no inicio das férias quase não saímos do quarto, não havia mais nada que pudesse estar entre nós, sem mais segredos, ciumes, ou coisas que preferimos ocultar, claro que esse pensamento de paz e tranquilidade era ilusório para mim.

- Ei pessoal olha o que eu trouxe! - Rachel estava trazendo uma bandeja com drinks, me distraindo dos meus pensamentos.

- Oba, eu quero. - Logo me prontifiquei sabia que Rachel fazia os melhores Drinks da nossa turma. - Obrigada. - Agradeci quando ela entregou um copo á Noah e a mim. Meu celular tocou, e me trouxe á realidade, era o escritório de admissões de Harvard, é eu sei que você deve estar me julgando, e você tem razão, mas mesmo durante todo o verão eu ainda não consegui decidir por Berkeley, ou Harvard, ou melhor dizendo Lee ou Noah, e quanto mais eu postergava essa decisão mais suspeitas eu despertava em Noah e sobretudo em Lee, eu precisava decidir, mas qual é a melhor forma de decidir entre seu melhor amigo ou o amor de sua vida? Vou te deixar com essa reflexão. Recusei a chamada rapidamente.

- Está tudo bem? - Questionou Noah me encarando curioso.

- Sim... Na verdade... - Pra minha sorte eu sabia muito bem como enrolar Noah Flynn. Sussurrei em seu ouvido para que apenas ele pudesse ouvir "Vamos para o quarto".

- É eu gostaria muito disso. - Concordou meu lindo namorado com aquele sorriso que era capaz de me derreter, fazendo com que sua covinha oculta aparecesse.

- É eu já sabia. - Provoquei. - Até logo. - Me despedi de Lee e Rachel com bom humor.

- Onde vocês vão? - Indagou Lee sorrindo, enquanto Noah me arrastava desajeitado em direção aos quartos.

- O Noah quer ler minhas poesias. E me dizer qual acha melhor... - Ainda bem que não precisava mentir para Lee nisso, eu sou péssima em inventar coisas, Noah ainda me puxava cantarolando algo.

- É isso que vocês estão indo fazer? - Lee alfinetou descrente, no mesmo momento que Noah todo desajeitado esbarrou na porta.

- Vocês são terríveis. - Brincou Lee, caindo na risada com Rachel.

Se eu precisasse saberia o caminho para o quarto de Noah até no escuro, claro que isso também valia para o quarto do Lee, mas por motivos completamente diferentes, passava tanto tempo com Noah que metade do meu guarda roupa estava por lá, tinham duas mochilas cheias de coisas, fora os sapatos, perfumes, ele até me deu uma prateleira em seu banheiro para eu colocar minhas coisas, e duas gavetas do seu closet, era um pequeno gesto, mas que significava muito, nada no mundo podia me abalar quando eu estava nos braços de Noah Flynn, podemos ser pessoas extremamente diferentes, mas na cama falamos exatamente a mesma língua, ele sabia exatamente como amar uma mulher e a fazer se sentir unica, nos conectávamos de tantas formas, e mesmo com meses de ausência quando minha pele encostava na dele meu corpo ainda arrepiava como na primeira vez que ele me tocou. Nos amamos, e eu continuei deitada em seu peito, adorava ouvir os batimentos acelerados depois do nosso amor.

A Barraca do Beijo - IndependênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora