Penélope olhou o relógio e sentiu seu estômago revirar, a hora se aproximava, esticou-se pegando o brinco que havia separado, aproveitou e colocou as pulseiras que faziam par assim como o colar, lindos fios de ouros que tinham apenas um ponto de luz dependurado, ajeitou-os enquanto buscava forças.
Pegou um grande pincel e com ele tirou o excesso de pó que tinha em seu rosto, com outro pincel, pegou um pouco de iluminador e passou sobre a maça do rosto, não muito, apenas o suficiente, ajeitou os curtos cabelos e o colarinho do conjunto que havia escolhido para o jantar com seu pai.
Quando deu seu look por finalizado, passou um gloss sob os lábios para destaca-los e levantou-se, deixando a penteadeira para trás, pegou a pequena bolsa de mão que mal cabia seu celular e preparou-se para sair de casa, deu uma última olhada nas notificações antes de trancar a porta e guardar as chaves no bolso lateral.
Escutou o barulho do salto batendo contra o piso e não teve certeza se o que sentia era bom ou ruim, se aquele encontro geraria melhora ou piora naquela relação, desde muito tempo ela e o pai não se davam bem, era como em todas as famílias mas Tom tinha o dom de irritar um pouco mais, sempre fazer tudo errado.
Ele tinha alguns ideais fora de perspectiva, tanto que, lhe custaram sua esposa e sua filha, tudo pela empresa, se tinha válido a pena só o Sr. Park poderia responder. Penélope ajeitou o cabelo mais uma vez enquanto esperava o elevador vazio chegar ao térreo, como se tivesse como melhorar aquela imagem.
Encarou o celular, era sua última chance, poderia ligar cancelando, algum imprevisto do trabalho, ou de saúde, poderia falar que tinha marcado outra coisa com os amigos ou com Mia, ele não falaria nada, mas que merda, a quem queria enganar? Não poderia fugir para sempre de seu pai, era um hábito muito corriqueiro para alguém tão corajosa.
Empinou a cabeça enquanto saia do prédio e entrava no sedã preto, seu pai havia mandado para buscá-la, previsível, ele sempre se preocupou com isso, um homem estava ao volante, cabelos castanhos com alguns fios brancos, não falou mais do que cordialidades e Penélope não pode notar seus traços porque ele não virou uma única vez.
O manobrista abriu a porta do carro e de lá a menina saiu, alisou o macacão preto, apertou sua bolsa com força e sorriu como gentileza, rumou para dentro do lugar, tudo tão chique, o que era um pouco estúpido, arrumado demais, era apenas um jantar, só uma comida. Olhou em volta e inflou o peito com sua prepotência, ela sempre se fazia útil nas melhores horas.
- Com licença- Abordou a linda mulher que fazia o papel de hostess.
- Sim?- Encarou-a, esperando.
- Vim jantar com o meu pai- Sorriu e piscou algumas vezes.
- Qual seria o nome?- Ela encarou o papel a sua frente e começou a folhear pelas diversas páginas.
- Tom Park- Percebeu a mudança de postura da mulher, aquele nome tinha poder, seu pai havia construído um belo império.
- Mesa 12- Levantou o olhar- Sr. Park ainda não chegou mas um dos nossos garçons pode te acompanhar até a mesa- Sorriu, mostrando os dentes brancos que contrastavam com o batom rosa vinho.
- Obrigada- Seguiu o jovem rapaz até a mesa e não mostrou nenhuma ruptura de postura, por mais que estivesse se perguntando o que havia acontecido, Tom não atrasava.
Acenou com a cabeça enquanto o jovem rapaz lhe entregava uma grande brochura que contia apenas o menu de bebidas, ele saiu deixando-a a sós, olhou em volta, era uma mesa mais afastada, o que era bom, privacidade nunca é demais, toalhas brancas com lindas cestinhas de baquetes italianas no centro.
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Conhecidas, apenas - Posie -
FanfictionAnos se passaram mas como todos sabemos o passado é um pouco difícil de ser esquecido, ainda mais quando uma carta misteriosa com um "M" chamativo chega na casa de Penélope Park. Com sua vida atarefada e complicada, a morena dos olhos verdes passa p...