XLVII

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POV TWILIGHT

Sunset e eu paramos em frente a uma porta semi aberta. Tentei empurrar para frente, mas de imediato senti alguma coisa impedir que a porta abrisse mais. Sunset tentou a mesma coisa que eu e ambas concluímos que alguma gambiarra deveria ser feita para que pudéssemos entrar no cômodo.

– O que acha? – Sunset perguntou, chamando a minha atenção.

– Talvez a gente devesse abrir apenas o suficiente para que uma possa passar, depois a outra puxa e conseguimos entrar – sugeri. Sunset assentiu com a cabeça, pondo-se à frente da porta e empurrando-a com o corpo.

– Primeiro a senhorita – brincou, dando um sorriso de lado. Retribui o sorriso e aproveitei a brecha da porta para entrar no quarto.

Procurei não pisar em nada – por mais que fosse uma missão impossível – e, com muita dificuldade, encontrei um ponto no qual eu tinha certeza que não estragaria nada. Puxei a maçaneta da porta o máximo que pude, empurrei algumas das caixas que estavam bloqueando a porta (o que resultou em praticamente nada) e esperei que Sunset conseguisse passar pelo pequeno espaço.

A ruiva ajudou, empurrando a porta, e, por fim, conseguiu passar para dentro do cômodo. Suas mãos tatearam as paredes procurando por apoio e, duma maneira meio desengonçada, Sunset conseguiu ficar de pé, sem quebrar nada.

– Meu Deus, como a Pinkie consegue entrar nesse lugar? – reclamei, dando uma boa olhada para as paredes, procurando um interruptor.

– Sabe como é a Pinkie, ela deve até estar mais feliz com a bagunça – Sunset riu fraco e deu de ombros – o que tá procurando?

– Qualquer espécie de interruptor – expliquei – não é possível que a gente ache algo sem luz.

– Sinceramente, acho que algumas das caixas acabaram escondendo qualquer um que tivesse – Sunset tentou arredar algumas caixas da prateleira ao seu lado.

– Não suponho que tenha alguma lanterna com você, certo? – questionei.

– Eu até poderia ter, mas deixei o meu celular no quarto – levantou as mãos vazias na minha frente – não se preocupe, tem luz o suficiente para achar o detetive.

Olhei ao meu redor, reconhecendo perímetro. Havia uma pequena janela, de persiana fechada, que emitia um pouco de luz do fundo do quarto. Era um espaço consideravelmente pequeno para o amontoado de objetos que ali haviam. Caixas, itens de praia, brinquedos não usados, e várias outras tralhas estavam espalhadas por todo o cômodo, era quase impossível pisar ali. Haviam duas prateleiras, uma ao lado da outra, também cheias de objetos.

– Onde eu estaria se fosse um jogo de investigação? – falei sozinha enquanto observava o ambiente. Sunset levantou uma sobrancelha.

– Tem certeza que é assim a forma mais efetiva de achar ele? – perguntou.

– Tenho certeza de que não é, mas não custa tentar – dei de ombros e suspirei – o que acha?

– Procura nessa prateleira que eu vou dar uma olhada na outra – Sunset sorriu gentilmente.

– Tudo bem – concordei.

Virei e remexi uma grande parte das coisas que haviam lá. Encontrei coisas comuns como extensões elétricas, ferramentas, tecidos, uma caixa de fantasias coloridas (provavelmente de Pinkie), inclusive algumas aranhas domésticas que resolviam fazer teia naqueles lugares. Bati freneticamente na minha mão quando, sem querer, passei a mão por uma das teias. Sunset primeiramente reagiu de forma preocupada, mas logo soltou uma gargalhada.

– Não vai me dizer que tem medo de aranhas pequenas como essas? – caçoou, suas mãos pousaram na cintura.

– Para a sua informação – semicerrei os olhos na sua direção – aranhas domésticas podem ser desde seres pequenos até gigantes colossais, e eu não gosto da ideia de ter as patinhas delas sobre a minha pele.

Detenção (Sunset Shimmer X Twilight Sparkle)Onde histórias criam vida. Descubra agora