Camila Cabello Pov
Sai do meu antigo trabalho com uma caixa em mãos onde continha minhas coisas. Caminhei em direção ao meu carro até o outro lado da avenida e coloquei minhas coisas no banco de trás após destrava-lo. Eu estava acabada, essa era a palavra que me definia durante esses longos quatro meses, tinha olheiras debaixo dos meus olhos e mesmo que eu tentasse esconder as mesmas se mantinham ali, fundas e visível.
Me sentei no banco de motorista e suspirei fundo ligando o carro, seguindo caminho para o hospital. Eu não entendia o porque dessa necessidade de ir lá, Ross estava morto, eu deveria seguir minha vida como eu sei que ele gostaria que eu fizesse, mas todos os dias da semana eu vou visita-la apenas para vê-la em um sono calmo e profundo. Mesmo que ela não saiba quem eu sou e eu muito menos a conheço, o pouco que sei dela é oque Mike, o pai dela me contava sempre que nos esbarravamos no hospital e agora Lauren está com uma parte de Ross dentro dela, Ross a mantém viva e de alguma forma me sinto grata à ela.
Paro em um sinal vermelho batucando meus dedos no volante enquanto observava as pessoas caminhando na calçada, um menino de aparentemente 12 anos segurava várias rosas e cartões em sua mão e batia contra a janela do carro parado a minha frente, oferecendo as rosas para o motorista. O homem negou da forma mais rude possível oque me deixou extremamente irritada, abrir a janela do meu carro e coloquei a cabeça para fora chamando o garoto com um aceno.
- Oi moça, a senhora vai querer compra alguma rosa?.- Perguntou gentilmente de forma tímida. Sorri para o garoto e peguei minha carteira no banco de trás.
- Quantos são cada uma?.- Perguntei, o sinal ja estava aberto mas pouco me importei com os carros que buzinavam atrás de mim, alguns desviavam e lançavam xingamentos nada gentis.
- Cada uma é 5 dólares moça e junto vem um cartão.- O menino sorriu. Aceno com a cabeça e pego algumas notas dentro da minha carteira, estendendo uma nota de 100 dolares para o garoto que me lança um olhar assustado.
- Moça você está me dando 100 dólares e-eu não tenho troco.- Começa a coçar a nuca de forma nervosa. Sorrio para o mesmo e aponto para a esquina a poucos metros, pedindo para que ele vá até lá para que eu pudesse estacionar o carro.
O menino afirma com a cabeça repetidamente me fazendo rir do seu nervosismo, ligo o carro e sigo até a esquina ali que ficava ao lado de algumas lojas e um pequeno parque. Após desliga o veículo desço do mesmo esperando o garoto que corria afobado tentando proteger as rosas do vento com as mãos, era adorável vê aquela situação.
- O-oi moça me desculpa as rosas elas...- Da uma pausa para respirar fundo e continua.- Algumas perderam pétalas.- Sorri para ele e nego com a cabeça o estendendo novamente a nota de 100 dólares, ele me olha confuso e quando estava pronto para rebater eu o interrompo.
- Não príncipe você pode ficar com a nota e também com as rosas, eu comprei todas as rosas que você tem ai e estou lhe dando as de presente, assim você pode as revender e ganhar mais dinheiro.- Digo lhe dando um meio sorriso, seus olhos brilham e sua boca se abre várias vezes mas som algum saia, seu lábios se formam em um biquinho tímido.
Ele me encara por alguns segundos e me surpreende se jogando nos meus braços me apertando forte, fico sem reação mas logo relaxo e o abraço de volta. Quando nos soltamos do abraço consigo vê seus olhos cheios de lágrimas, respiro fundo para não me deixar levar pela emoção do momento também.
- Você pode me dá um cartão desse?.- Pergunto apontando para os envelopes que estavam em sua mão. Ele afirma com a cabeça me entregando alguns cartãozinhos, lhe agradeço com um meio sorriso e passo a mão em seus cabelos. Deixo o garoto parado ali e caminho de volta ao meu carro e antes de entra no mesmo encaro a loja do outro lado da rua, sorrindo, espero que ela goste.
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Our heart G¡P
FanfictionHá quatro substâncias químicas naturais em nossos corpos geralmente definidas como o "quarteto da felicidade": endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina que são liberadas pelo nosso querido e sábio cérebro, mas e se eu disser que talvez a ciência...