Como o objetivo era pegar todos, nos dividimos em duas duplas. Heitor e Élio ficam na base protegendo a bandeira e preparando alguma armadilha, enquanto Lucas e eu tentamos pegar a bandeira do outro time.
Já espero que não vai dá certo, mas como o importante é a diversão, corremos um pouco e depois caminhamos até chegar a uma pedra enorme onde resolvemos descansar.
- Tudo bem com você? – Lucas pergunta.
- Sim – respondo cansado. – Só preciso descansar um pouco.
Sento na grama e ele fica reversando, olha para o caminho e para mim. Algum tempo depois, já estou melhor e levanto. Lucas avista nossos "inimigos" e me puxa para o chão.
- Estão os três juntos. Não vai dar para enfrentar – ele fala baixo para não ser ouvido. – Joseph tá protegendo a bandeira. Eu vou distraí-los e você vai até o quartel deles e rouba a bandeira do Joseph.
- E como eu vou fazer isso?
- Sei lá, enrola ele – Lucas fala olhando em direção à mata.
- Tá certo!
- Toma cuidado – ele diz, depois levanta, respira fundo e sai correndo.
Ouço o barulho dos outros correndo atrás dele. Espero alguns minutos e saio em direção ao quartel deles pensando em como vou distrair o Joseph.
Estou próximo ao quartel quando alguém me puxa pelo braço e tapa minha boca com a mão. Tento me soltar, mas fico com medo de machucar o outro braço então desisto. Sinto as mãos me prendendo relaxarem e soltarem aos poucos. Quando me viro, reconheço João Pedro.
- É você seu... – falo dando pequenos murros em seu peito. Ele apenas ri.
Ele me empurra na árvore e me beija, tão rápido que não tive reação. Seu beijo é forte, intenso. Sinto sua boca explorar a minha com vigor e energia. Minha mão está no seu peito, mas não tem força para empurrar. Sua mão acaricia minha cintura levemente. Fecho os olhos e aproveito o momento. Ele termina o beijo e se afasta devagar.
- Seu amigo oriental está daquele lado – ele aponta. – encontre ele e vá, meu time tá voltando.
Me afasto na direção indicada. Ouço Joseph gritar meu nome e começo a correr. Passo por Lucas tentando subir em uma árvore.
- Vem, eles estão atrás da gente. – digo e continuo correndo, ouço seus passos me seguindo, entramos mata a dentro e paramos sob árvores tão densas que não dá para ver o céu.
Cansados, o peito ardendo, a respiração ofegante, coloco a mão no joelho e busco ar. Lucas deita na grama com um braço sobre os olhos e outro na barriga.
- Acho que despistamos eles... – ele fala arfando. – mas você sabe como voltar?
- É só voltar pelo mesmo caminho que viemos – digo e sento também. – O que acha que ia fazer subindo naquela árvore?
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Renascer De Páris
Romance➡️ Sinopse: Páris é um garoto de 15 anos cheios de problemas e traumas. Ele já tinha passado por tanto sofrimento que nem ao menos vivia, apenas se deixava levar de um sofrimento a outro. Mas o ingresso no ensino médio de uma nova escola...