20 - O sentimento é mútuo.

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— Vamos manter contato pelos celulares. Qualquer coisa que você descubra, ou que eu descubra, deve ser compartilhado para que tenhamos uma chance melhor em deter o que quer que exista nesta cidade. — Midnight assente, virando-se de costas e começando a caminhar com [HERÓI].

Meu coração finalmente começa a se acalmar, minhas mãos suando frio e meus vários pensamentos centrados em [XXX]. Tinha finalmente conseguido esquecer o jeito estranho que agi com ela, e agora a ver de novo trouxe tudo de volta em minha mente. Meus dentes rangem e eu aperto minhas mãos, com as memórias. Aizawa me olha com o canto de seu olho, suspeitosamente.

— Hitoshi, poderia me explicar por que ficou tão tenso ao ver [XXX]? Não gostaria de me meter normalmente, mas é uma questão onde essas duas são nossas parceiras enquanto vigiamos esse homem misterioso. Deveríamos evitar confusões. — eu o olho, acalmando meus sentimentos e voltando com a mesma expressão de sempre. Ele coloca uma mão em meu ombro, esperando que eu me explicasse. Tiro sua mão de lá de modo hostil não intencional, e suspiro. Coçando meu pescoço como de costume, o respondo:

— Está tudo bem, eu só não esperava a ver aqui. Não queria exatamente vê-la agora, tivemos uma pequena briga. — admito, meu olhar focando em qualquer coisa que não fosse o mentor em minha frente. Ele arqueia uma sobrancelha, começando a voltar comigo para nosso hotel.

— Gostaria de te lembrar de deixar quaisquer emoções de lado. Se a liga dos vilões realmente planeja alguma coisa, essa é nossa prioridade. Então, não aja de modo hostil com ela. Seja gentil, pois ela não parecia estar tão furiosa quanto você. — eu franzo o cenho, mordendo meu lábio inferior. — Se possível, me explique com o mínimo — destacou — de detalhes possível o que aconteceu. Quero saber com o que vou lidar.

— Basicamente, algumas pessoas da UA estavam julgando minha individualidade. Me senti péssimo e percebi que há pessoas ruins em todos os lugares, até mesmo pessoas com os mesmos objetivos que eu tenho. Então, como saber se uma pessoa é realmente minha amiga, ou secretamente pensa isso de mim? — Aizawa faz um pequeno "hum", compreendendo a situação. — Então, quando ela veio conversar comigo sobre, acabei explodindo e falando mais do que deveria.

— Então... Você estava chateado, sua amiga foi te ajudar, e você... A afastou? — mordo meu lábio mais forte, irritado. Ele continua caminhando, sem notar o quanto suas palavras são duras. Acho que ele está acostumado a ser desse jeito.

É EU SEI! VOCÊ NÃO PRECISA ME DIZER. EU NÃO SOU IDIOTA. — grito, como um sussurro. Ele finalmente me olha, vendo um pouco de sangue descer dos meus lábios, e suspira. — Eu sei que o que eu fiz não foi certo, não foi digno de um herói, chama do jeito que quiser. Mas não sei como consertar, e se devo concertar. Afinal eu posso estar certo sobre isso.

— Isso? — ele coloca as mãos nos bolsos.

— Sobre maioria das pessoas realmente só ser legal comigo, por medo de terem a mente lavada. Talvez ela fosse desse jeito. — Aizawa nega com a cabeça, fechando os olhos. Nós começamos a entrar no hotel, subindo diretamente para o quarto. Ele fica em silêncio, até que estivéssemos sozinhos no elevador.

— Você tem noção de que você está fazendo exatamente o que eles fizeram? Está apontando dedos para os outros, dizendo que são pessoas ruins, sem nem mesmo saber suas intenções ou o tipo de pessoa que são. Muitas vezes, você está errado. Você está repetindo o mesmo comportamento tóxico que todas as pessoas tiveram com você, quando era mais novo. Isso me desaponta, Hitoshi. Eu esperava mais de você. — suas palavras perfuravam-me como pequenas agulhas, meu corpo se arrepiando. Sem como rebater seus argumentos, começo a olhar para o chão, repensando. — Quebre esse ciclo de ódio. Mande uma mensagem para ela, ou você vai morrer com essa culpa de afastar tudo e todos de você. Que é realmente, uma atitude digna de vilão.

𝑰𝑵𝑺𝑶𝑵𝑰𝑪𝑶 | Shinso HitoshiOnde histórias criam vida. Descubra agora