25 - Admire-me enquanto durmo.

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A ida até a casa de Yaoyorozu vinha sendo tranquila para você, observando o céu ficar cada vez mais escuro enquanto andava calmamente com Fumikage. De vez em quando vocês trocavam algumas poucas palavras, mas na maioria do tempo, ficaram em silêncio, apenas admirando a rua.

Era impossível de se confundir com o local: era uma grande mansão, um pouco mais afastada do centro da cidade. As luzes cintilavam em um belo âmbar, as paredes cinzas contrastando o telhado negro, o quintal com aqueles genéricos borrifadores de água e um grande portão a sua frente.

Apenas apertando um pequeno botão perto do portão, Tokoyami já avisou de suas presenças, e rapidamente a porta abriu-se. Você se sentiu aquelas garotas de filme clichê, que por algum motivo são convidadas para ir na casa de uma pessoa rica, e ficava surpresa com tudo. Não que você fosse pobre, você só não é acostumada com esse tipo de coisa/por toda a sua vida você foi muito pobre e apenas recentemente sua condição melhorou, então coisas assim realmente tinham um impacto.

– [YYY]? Vamos entrando? – Fumikage coloca uma mão em seu ombro, te despertando de seu transe. Você assente, começando a caminhar pelo belo pavio, de pedras acizentadas sortidas e um pequeno riacho passando em baixo.

– É um lugar muito bonito. – Você diz, ainda olhando em volta, admirando a casa de sua amiga. – Deve ser legal morar aqui: dá pra ficar admirando.

– É realmente muito bonito – Tokoyami se junta a você – Mas eu não acho que alguém que more aqui mais de um mês vá admirar tanto assim. Já vai se acostumar com a visão. – assentindo ao seu pensamento lógico, você coloca uma mão no bolso enquanto lentamente bate na porta da frente.

Yaoyorozu é rápida em abrir a porta, sorrindo gentilmente assim que vê os dois amigos. Tirando seus sapatos, ambos entram na bela mansão, e se você estava admirada com a parte de fora, você estava mais ainda com a de dentro. Tudo combinava e parecia extremamente limpo, credo, você tinha vontade até de comer naquelas mesas sem nenhum prato.

"Caralho, se vontade matasse, eu já tinha morrido. Provavelmente de alguma doença né, comer diretamente na mesa, 'tô ficando doida".

Vocês rapidamente se juntaram ao resto da sala, passando por vários corredores e entrando em um cômodo – ENORME. Como o resto da casa. Cada cômodo era tão grande quanto sua sala de aula. Que também era gigante.

– Tokoyami! [XXX]! Vocês finalmente chegaram! – Mina sorri, estendendo os braços para cima. – Já estamos todos aqui, então. Que ótimo!

– De fato. – Yaoyorozu sorriu – Agora podemos dar iniciação às atividades!

– Atividades...? – Kaminari coloca uma mão no queixo, seu tom de voz emanando curiosidade. Yaoyorozu pega uma xícara de chá, começando a encher.

– Sim, pensei em algumas coisas que poderiam ser divertidas para todos, mas é claro, vocês podem optar por não as fazer. – lentamente começou a distribuir xícaras para todos – Eu só achei que pular direto nos estudos poderia ser um pouco estressante. Principalmente agora, tão tarde.

– Se esse é o caso, vamos jogar verdade ou desafio! Sem desistir! – Mineta até bufava, suas bochechas ruborizadas.

– HÃ? TÁ ACHANDO QUE A GENTE É CRIANÇA, ANÃOZINHO? – Bakugo coloca sua mão nas costas de Mineta, usando o impacto do ar para impulsionar seu corpo um pouco para frente. Ninguém iria falar nada, mas até que ficaram aliviados com a intromissão de Bakugo.

Você já estava cansada do treino, e as atividades te deixaram pior ainda. Descartando a opção de Mineta, Kaminari muito animadamente sugeriu um jogo de truco, que embora muito famoso, você não fazia idéia de como jogar – o que não te incomodou muito no começo, já que você aprendia rápido. Só que o jogo era muito exaltante, e você estava sempre gritando truco, suas pernas cansadas mal aguentando seu próprio peso quando você levantava.

𝑰𝑵𝑺𝑶𝑵𝑰𝑪𝑶 | Shinso HitoshiOnde histórias criam vida. Descubra agora