nota: tentar fazer uma conexão python-mysql é coisa do diabo, não recomendo mexerem com essas coisas. fiquei um mes pra fazer o codigo rodar - se capitulos demorarem, imaginem que é provavelmente isso que eu estou fazendo
eu achei que fosse melhor dar alguns times skips, pulando algumas partes mais irrelevantes; quero dar foco em algumas ideias mais importantes que venho pensando sobre ultimamente. não necessariamente isso acontece nesse capítulo (talvez um pouco), mas é mais um aviso geral mesmo
o Hitoshi ficou muito lindo nos últimos episódios que focaram nele!!!!!!!!!!!!! eu tirei print das cenas :))
O treinamento com seu pai continuou, mesmo com seus pequenos obstáculos – não era fácil ocultar de sua mãe o que você estava a fazer todo santo dia, mas seu cérebro empurrou isso para o fundo da sua lista de prioridades: pela sua própria sanidade.
Mentir para Ayane não estava te fazendo bem. Vocês duas compartilhavam um trauma em comum: crescer sem seu pai – envelhecer sem o marido. E embora ela raramente demonstrasse algum sentimento relacionado a isso, você observava no âmago de suas írises uma tristeza fria, mórbida, de comodidade. Uma angústia parcialmente digerida e regurgitada, engolida à força; uma ressaca de quem passou a noite em claro, sem se permitir vomitar uma singela vez.
Você não estava muito melhor. Seus cabelos caíam durante o banho, e independentemente da quantidade de vezes que repetisse para si mesma que era somente uma troca natural dada a mudança brusca de clima – aquecimento global é realmente uma coisa – você sabia. Sabia muito bem, quando olhava para o seu bento recheado de amor e carinho feito pela sua mãe, o gosto amargo que suas inverdades tinham, entaladas na sua garganta como um pomo-de-adão fúnebre, uma espinha esperando o momento certo de estourar, uma panela de pressão prestes a explodir, uma bolha de queimadura cutucada, uma, uma,,
Ar entrou dentro dos seus pulmões, a luz fria da lua de alguma maneira esquentando seu corpo trêmulo. Você hesitou, por um momento, antes de continuar sua perseguição furtiva – era a primeira vez, desde Hosu, que você saía com um herói profissional, à procura de pessoas mal-intencionadas, vilões, para impedir. Os seus pés seguiam no cimento mal feito e no pedregulho das calçadas, os palmos suscetivelmente encalçando, paralelamente retos, a claridade da lua e a escuridão das sombras intercaladas sob seu corpo enquanto você se escondia atrás de pilastras e escalava prédios.
– Como vamos pegá-lo? – você sussurrou, sua voz inaudível para qualquer um mais distante de que pelo menos dois metros.
Não era necessário falar mais alto do que isso. Seu pai estava do seu lado, te guiando na sua primeira perseguição como uma heroína profissional.
– Ele não parece ser grande coisa. Você quer tentar sozinha?
Seus pés pararam momentariamente no parapeito do edifício, a ponta dos dedos perigosamente balançando no ar da noite.
– O que?
– Ele não parece ser grande coisa. – seu pai se repetiu, acreditando que tivesse murmurado baixo demais para que o ouvisse.
Você deu dois passos para trás. O vilão virava a esquina.
– Não é esse o problema–
– Eu não vou deixar que você se machuque de novo, [Y –[XXX].
Hesitante, você pesou os prós e contras: ele realmente não parecia tão perigoso assim, e seu pai estava perto para lhe ajudar caso qualquer coisa acontecesse. Além disso, seria uma boa experiência para se ter como aprendiz de herói.
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𝑰𝑵𝑺𝑶𝑵𝑰𝑪𝑶 | Shinso Hitoshi
Romance[insônico: aquele está sem sono, que possui insônia; in-so-ni-co]. 𝙰𝙾 𝙴𝙽𝙲𝙰𝚁𝙰𝚁 𝙵𝚄𝙽𝙳𝙾 𝙴𝙼 𝚂𝙴𝚄𝚂 𝙾𝙻𝙷𝙾𝚂, foi a primeira vez que percebeu suas profundas olheiras. E também seus tristes e vazios olhos púrpura. Como não havia reparad...