Capítulo 2

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Nem tudo está perdido

— Estamos a ser atacados ! — Ouço a voz alta de Ellis que soa perto de mim mostrando seu desespero igual ao meu.

Meus abrandam sem direção e meus olhos tentam enxergar algo mas só vejo escuridão ao meu redor, os estrondos vão ficando mais fortes junto com os ataques.

A única luz que entra na grande sala é a do luar que passa pela janela nas paredes mas mesmo assim ela não é suficiente para me permitir ver com claridade suficiente.

Eu tenho que pensar rápido numa solução todos estão em perigo e gritam aflitos, eu podia talvez iluminar a sala com fogo, mas tem muita gente aqui e muitos deles poderiam se machucar se queimando.

Ou o pior, morrer...

Sinto minha respiração falhar, a medida que meu coração parece acelerar e bater com mais força ao ponto de suas batidas chegarem a me machucar e minha visão embaçar cada vez mais.

— Elizabeth precisamos tirar todos daqui — Ouço a voz de Lia perto de mim e sua mão tocar meu ombro.

—Lia eu...

— Mamãe me ajuda — ouço um grito que se destaca no meio dos outros.

Mesmo com sua voz embargada no meio do choro eu a reconheço bem, a reconheceria em qualquer situação reconheceria a voz sua voz doce e inocente dele cheia de vida.

— Isaac ! — Corro desesperada ouvindo outro grito de pedido de socorro e vou seguindo o som.

Esbarro com algumas pessoas mas mesmo assim prossigo firme e forte, não posso deixar nada acontecer, paro ao não conseguir ouvi-lo mais.

Sua voz se cala e o desespero me perturba de forma mais intensa me fazendo sentir uma tontotura acompanhada de pontada no peito.

Naquele momento só me senti cada vez mais perdia o controle de mim mesma e meu estado só piorou quando meu corpo bate forte no chão ao ser empurrada por alguém.

Meu corpo imóvel estendido perto da janela o único lugar onde tem luz mas só naquela área, me lembro também ao minha visão embaçar eu ver o rostinho lindo de Isaac cheio de vida e cor.

Mas dessa vez assustado e pálido, ele estava nos braços de alguém, com vestes pretas e olha para mim com toda tristeza que tinha, que dentro de mim se  juntava com a minha e se multiplicava me machucando.

E me lembro também da última coisa que vejo enquanto Isaac era carregado até a saída, seu sequestrador vira o rosto familiar para mim escondido na sua capa preta e não é possível...

— Cortney ? — É a última coisa que lembro antes de tudo se apagar.

...

Acordo sentindo uma leve dor de cabeça, meu corpo inteiro parece ter levado viárias pancadas a pouco tempo devido a dor insuportável que sentia.

Levo a mão lentamente a cabeça enquanto meus olhos vão se abrindo e fitam o teto pálido do quarto que permanece por cima de mim.

Um turbilhão de perguntas vem a minha mente ao mesmo tempo ao tentar me lembrar do que aconteceu ao certo na noite passada. Estreito os olhos e recebo alguns flashes em resposta a uma boa parte das perguntas que assolam minha mente confusa.

A Rainha sou eu Onde histórias criam vida. Descubra agora