Capítulo 7 - Illicit Affairs

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( No meio do capítulo vai ter um "***" e minha sugestão é para você começar a ouvir essa música enquanto lê :) )





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— Eu não esperava você aparecer por aqui. Sua sorte é que a sra. Pauline é uma mulher que está sempre preparada.

— Mas eu te mandei um recado. Ou será que ele não chegou? - Colin pegou mais um biscoito amanteigado do pratinho de porcelana sobre a mesa.

— Ah, o bilhete chegou sim. - Anthony comentou. — Mas pensei que você estava, não sei, brincando ou coisa do tipo.

— Por que eu brincaria com algo assim? Ainda sou filho de Violet Bridgerton, nunca brinco sobre fazer visitas.

— Porque desde que eu me mudei nunca veio me visitar. - disse de forma descontraída enquanto fingia estudar os desenhos na xícara.

— Você nunca me chamou. - Colin sorriu ao ver a porta se abrindo.

— Mais chá, senhor Bridgerton? - Pauline entrou na sala com uma nova bandeja de bolinhos e o bule de chá cheio novamente.

— Sim. - os dois responderam ao mesmo tempo e depois se entreolharam. A governanta riu e serviu os irmãos, que sentavam-se um de frente para o outro, depois fez uma mesura e saiu da sala.

— De qualquer forma, - Colin fez uma pausa. — Precisamos conversar.

— Sobre...?

— É sobre Simon. - falou sem rodeios.

Anthony sentiu seu corpo recobrar a atenção ao ouvi aquele nome. Não. Não era nada, pensou.

— Ahh...ele está viajando. Faz duas semanas que precisou ir aos arrendatários das terras do pai dele. Se você tem assuntos referentes a Basset, ele vai chegar daqui três dias. - o visconde tentou manter o tom mais calmo e indiferente possível.

— Eu sei, Anthony. Não precisa dizer nada, apenas me ouça. - ele caminhou até a porta para conferir se ele não seria ouvido. — Eu sei o que está acontecendo entre vocês dois. - voltou para seu lugar, falando baixo. — Você e Simon estão tendo um caso. Deixe-me terminar. Olha, eu realmente não me importo com o que você faz da sua vida e muito menos com quem você dorme. Sou seu irmão, e mesmo que eu te provoque na maioria do tempo, sempre vou te defender e te amar. Sempre. Por isso estou aqui. - ele fez uma pausa antes de continuar. — É meio difícil falar isso, mas.... - Colin sentia que seu peito estava sendo amassado. — ...mas depois que nosso pai morreu...você cuidou da gente, você cuidou de mim. Nós o perdemos e por Deus Anthony, não sei é pior te perder ou te ver sofrer, porque não quero nenhuma dessas coisas.

Era como estar na beira de um precipício. Em um momento estava no topo mais alto, de costas para o mundo e de frente para uma natureza grandiosa e sublime — a natureza dos sonhos. Sem aviso algum, alguém lhe empurra e você começa a cair em um abismo, mas isso não o desespera. A queda é silenciosa, calma. O problema não é ela. É quando você atinge o chão. E Anthony tinha acabado de atingir a realidade dura e fria.

— Alguém mais sabe? - foi a primeira coisa que disse.

— Não, só eu.

— Tudo bem.

Ele se levantou e foi até a janela. Necessitava de ar. Ficaram em silêncio por alguns segundos. Não era como se Anthony tentasse processar aquela informação, ele já tinha feito isso. Sua mente, assim como seu coração, estava vazia.

um caso ilícito {short fic}Onde histórias criam vida. Descubra agora