POV JK
Caminhar pelos jardins já era habitual, a maior parte do tempo eu vivia por respirar o ar puro e suave das flores, aquele aroma adocicado me arrepiava e me trazia um aprazível sentimento. Qualquer um que me encontrasse sempre me olhara com desprezo e sem compaixão, pensavam que eu tinha uma vida fajuta e rígida por conta do meu trabalho despressível, mandar em todos e dominar um território obliquo e malfeitoso não era um trabalho opcional. Nascer filho do rei de uma enorme cidade-estado não era um acaso do destino. Minha vida nunca foi completa e até hoje imagino que nunca poderá ser, ás vezes passo horas sentado em um desconfortante toco de madeira olhando a paisagem e pressupondo se um dia poderei ser livre desse modo. Pintar sempre foi meu forte, por mais que só me servisse para passar o tempo, era algo que eu sempre estava disposto a desejar em dias tediosos.
Hoje estava prestes a ter mais um dia comum e sem vida em meu mundo sóbrio, até que vejo ele passar pelo muro do portão, era o filho da empregada... Kim Taehyung, ele era tão misterioso que quase não se enxergava o brilho em seus olhos, talvez porque não tivesse brilho algum, se alguém no mundo soubesse a interpretação de liberdade seria ele... rebelde e de algum modo desajeitado e largado, não se preocupa com as consequências dos seus devidos problemas e sempre sabe a resposta para tudo... o garoto me chama a atenção, mas meu pai sempre costumava dizer que esse tipo de rapaz tem má índole e eu não sou desvairado de tentar experimentar de um homem tão sedento.
Perco-me em meus pensamentos que se esvaríam-se assim que ouço a maçaneta da porta se abrir.
- Seu pai te espera. – uma voz rouca, quase irreconhecível, claramente cansada e sem um pingo de confiança, era a empregada, mãe do homem que observara a pouco, difícil distinguir os dois, ambos com as bochechas coradas pela timidez e olhos arregalados.
- Já estou descendo... e Taehyung? Como está? – pergunto mudando completamente o assunto pois já supunha aonde esse assunto iria levar, a uma mera discussão familiar.
- Continua a mesma coisa, não bebe, não dorme, ele se parece com você. – o olhar dela se enche de decepção e seu corpo parece que irá tombar a qualquer milésimo.
- Ele é diferente de mim... acredite. – tento desvairar o assunto
- Vocês tem idades parecidas, ambos são jovens trancafiados dentro de um presídio como esse. – ela senta-se em uma cadeira qualquer e olha no fundo dos meus olhos, ela parece falar friamente como se quisesse me transmitir algo. – Precisa conhece-lo JungKook, meu filho é doente, ele...
Ela não consegue terminar de falar, novamente as batidas na porta ecoam pela sala.
- Entre, está aberto. – digo em voz alta para quem está atrás possa ouvir.
- Mãe? – Taehyung entra cuidadosamente pela sala e observa o quarto como se nunca tivesse posto os pés ali.
- Taehyung...o que faz aqui? – ela pergunta olhando seriamente para Taehyung com um olhar vazio.
- Já é hora de ir mãe. – ele diz quase se como sussurrasse.
- Não querem ficar para jantar? – pergunto na maior boa educação mesmo já sabendo da possível resposta.
- É uma honra Jungkook, mas... – ela olha para Taehyung que a encara com puro ódio só de ter me respondido educadamente, ela abaixa a cabeça, típica relação em que o filho tem controle sobre a mãe. – Desculpe JungKook está tarde.
Ela sai da sala e nos deixa lá dentro.
- Então...? – olho para ele com a boca seca, não tinha ideia de como pestanejar com ele, ele me deixava extremamente calculista e nervoso apenas com o olhar.
- Não gosto muito de conversar... deveria saber disso já que minha mãe vive espalhando coisas sobre mim. – ele me olha com um olhar sanguinário.
- Você ouviu? – engulo em seco, quase sem ar tento me ajeitar na cadeira para demonstrar confiança.
- Não, mas pelo o seu olhar eu suponho que seja exatamente isso... não é Jungkook? – ele se levanta e coloca a mão sobre meu ombro. – Não entendo essa tara que você tem por mim... acha que não vi você me examinando na janela, o que tinha de tão importante pra você olhar ali hein? – ele se aproxima cada vez mais de mim, de modo iminente, consigo sentir o frescor de seus lábios, quase como se quisesse toca-los instantaneamente. – Eu sei o jeito que você me olha Jungkook, você é nojento. – ele vira-se de costas e deixa um clima tenso no ar, mas consigo ver o breve sorriso no canto de sua boca, pelo jeito ele gosta de se divertir com o acanhar das pessoas.
Gente, esse foi minha primeira fic ksksks espero que gostem
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♡゚・。。・゚♡゚ 𝓐𝓶𝓸𝓻 𝓹𝓻𝓸𝓲𝓫𝓲𝓭𝓸 ♡゚・。。・゚♡
Fanfiction𝐴 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑜 𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑐𝑖𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑑𝑖𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑠𝑒𝑟, 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎𝑠, 𝑑𝑒𝑠𝑔𝑟𝑎𝑐𝑎𝑠 𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑏𝑙𝑒𝑚𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒 𝑛𝑢𝑛𝑐𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑢𝑚 𝑑𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑔𝑎 𝑟𝑒...