♡ﾟ･｡｡･ﾟ♡ﾟ 𝓐𝓶𝓸𝓻 𝓹𝓻𝓸𝓲𝓫𝓲𝓭𝓸 ♡ﾟ･｡｡･ﾟ♡

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POV JK

Vendo ele sair pela porta jogo-me em minha cama e permaneço aos prantos, lidar com essa situação não era fácil para mim. Taehyung a muito tempo me conhecia, porém nunca se abriu verdadeiramente para mim e aquilo me preocupava, sabia e podia ver em seus olhos que ele não estava bem, mas sem saber a razão, não poderia ajuda-lo nem se desejasse. Meu pai sempre ousou dizer que para salteadores não deveríamos ter piedade, porém, ele me enche de amargura ao repelir essas palavras, todos merecem uma segunda chance, não importa o motivo. Infelizmente o futuro de Taeh já estava decidido a partir do momento em que se rebelou, meu pai iria mata-lo de uma forma ou de outra, o julgamento estaria finalizado.

Balanço minha cabeça em busca de afastar os pensamentos ruins, aperto meu travesseiro que me serve de consolo momentaneamente.

- Deveria ter avisado ele antes... – digo com a voz rouca, quase como se me repelisse.

Olho instintivamente pela janela da varanda pensando em como era bom as épocas em que nós dois trocávamos olhares e brincávamos um com o outro, Taehyung sempre foi mais inseguro que eu, mas não é surpresa que tenha amadurecido rápido e se tornado confiante do jeito que é, ele é bem avançado e isso me surpreende.

- Taehyung já foi? – assusto-me com a porta que abre enquanto estava alucinado em meus pensamentos.

- Já... – era sua mãe, sempre preocupada e extremamente sistemática quando o assunto era seu filho, ter crescido sem pai foi realmente um pesadelo para Taehyung e ela sabia muito bem disso, por isso o tratava como se fosse único.

- Certo, obrigada JungKook, é bom que vocês tenham voltado a se falar, Tae sempre gostou muito de você. – ela sorri tão simpaticamente que me aperta o coração, uma mulher tão esforçada como essa não merecia passar por essa situação.

- Eu também senti falta dele. – sorrio de volta como gesto um carinhoso.

Ela sai extremamente animada da sala, espero ela passar pelo corredor e saio de fininho para que ninguém possa me ver, estava na hora de eu conversar com meu pai.

- Pai? – grito-o alto para que possa me escutar, sabendo que tem problemas no tímpano.

- JungKook? – Ele aparece atrás de mim, seu rosto neutralizado e assustador como sempre. – Quantas vezes já te falei pra não deixar aquele menino entrar aqui? – sua expressão muda completamente, ele fecha o rosto como se me espreitasse com os olhos.

- P – Pai, eu não achei que seria má ideia, nos conhecemos desde a infância, por mais que eu saiba que Taehyung não é boa influência sei que ele é boa pessoa e nunca me machucaria.

- Não o defenda só por que o conhece, agir mimado como você só trás más índoles – ele coloca a mão em meu ombro como se implorasse. – JungKook... ele vai ser condenado... a última pessoa que eu quero que se envolva nisso é você filho.

- Mas pai, isso não é certo, ele mudou, faz tempo que não rouba e quando roubou era por que estava em situação precária... e por sua causa. – respiro fundo, meu coração acelera, nunca desafiei meu pai assim antes e o medo de ele me castigar nunca foi tão grande.

- Pessoas não mudam de um dia pro outro... isso já foi decidido! – ele grita comigo, mesmo sentindo que não deveríamos entrar em discussão no momento a minha raiva era maior.

- Pai... ouça, ele é a coisa mais importante que apareceu na minha vida... ele foi o meu primeiro amigo e a única pessoa que permaneceu do meu lado mesmo quando eu errei... eu não vou deixa-lo tirar ele de mim. – e com essas palavras que calo meu pai, viro-me de costas e volto para o meu quarto, desabo no chão e imploro para que Deus me tenha piedade, perder o Taehyung faria de mim a pessoa mais infeliz do mundo e tudo teria sido culpa minha....

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